9 de fev. de 2022

Família de grávida morta em Santo Estevão faz protesto e pede prisão preventiva de ex-vereador suspeito

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Após a morte da grávida Jessica Regina Macedo Carmo, na cidade de Santo Estevão, familiares e amigos da vítima realizaram um ato, nesta quarta-feira (9), na frente do fórum da cidade. Eles pedem que seja decretada a prisão preventiva do suspeito, o ex-vereador George Breu.

"Primeiro ele [promotor] me disse que já estava no caso, que entrou em contato com delegado de Feira de Santana e que tem muita gente empenhada em solucionar o caso da minha irmã. Só que a gente quer uma resposta sobre a prisão preventiva e isso não aconteceu", afirmou Vitória Régis, irmã de Jessica, em entrevista.


Segundo a irmã da vítima, o promotor do Ministério Público afirmou que a Polícia Civil não tem elementos suficientes para solicitar a prisão preventiva do suspeito à Justiça. "A gente está com medo, a gente tem medo e a gente quer a prisão preventiva dele para já. A gente quer justiça e para a gente ficar satisfeito, ele tem que estar preso, tem que responder", declarou Vitória.

A mulher, grávida de oito meses, foi morta no último sábado (5). Ela era esposa do ex-vereador e chefe de gabinete da prefeitura do município, George Breu, que teria sido o autor do disparo. 

Os familiares, que seguravam cartazes e balões durante o protesto, dizem que não vão desistir de cobrar resposta sobre o caso. "Ele está solto, ele está se respaldando e a gente fica como? O que a gente quer é uma resposta da Justiça, do Ministério Público e a gente vai atrás", disse a irmã de Jessica.


George alegou que o disparo foi acidental, mas a família da vítima rebateu a informação, argumentando que o relacionamento dos dois era abusivo e Jéssica já apareceu com manchas roxas no olho e no braço.

Depois do tiro, George socorreu Jéssica para o Hospital Municipal, mas ela já chegou morta. Os médicos também não conseguiram salvar a criança, que nasceria em 20 dias. O suspeito procurou a delegacia depois do crime, contando sua versão dos fatos. Ele foi ouvido e liberado -  segundo o delegado Roberto Leal, coordenador da 1ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coopin/Feira), não havia elementos suficientes para um flagrante.

O laudo pericial leva 30 dias para ficar pronto. Outras testemunhas também serão ouvidas pela polícia.

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