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28 de out. de 2014

PM exonera capitão suspeito de envolvimento em mortes em Santo Antônio de Jesus

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Suspeito de envolvimento na morte de três pessoas da mesma família em Santo Antônio de Jesus, o capitão da PM Luís Fernando de Almeida Braga foi exonerado do cargo que ocupava no 14º Batalhão da Polícia Militar, em Santo Antônio de Jesus. A exoneração foi publicada no Diário Oficial do Estado da Bahia no último sábado (25).

O capitão da PM e outro seis policiais do 14º Batalhão se encontram presos na Coordenadoria de Custódia Provisória, em Lauro de Freitas, desde o último dia 15 de outubro. De acordo com a Polícia Militar, o "oficial foi exonerado em razão da necessidade de ter um comandante que exerça as atividades efetivamente, pois a prisão cautelar a que foi submetido o capitão Luis Braga, o impossibilita de responder pela companhia".

Ainda de acordo com a corporação, a exoneração do capitão é decorrente de uma necessidade administrativa da unidade policial e não implica em culpabilidade no caso apurado, uma vez que as apurações não foram encerradas.

O crime no qual os policiais são suspeitos de envolvimento aconteceu no dia 4 de outubro, quando dois homens foram mortos em uma suposta troca de tiros durante ação da PM no bairro do Amparo. De acordo com a delegacia da cidade, Crispim de Jesus Santos, 23 anos, e Fábio José dos Santos, 33 anos, foram socorridos para o Hospital Regional, mas já chegaram sem vida.

A mãe de Crispim e companheira de Fábio, Maria de Lourdes de Jesus Santos, 47 anos, desapareceu e só foi localizada dias depois, também morta. Ela tinha problemas mentais e era bastante conhecida como ambulante na região. Segundo relatos, os três estavam juntos no dia do crime, mas a ocorrência inicial relatada pelos PMs não incluía o nome dela.

O corpo de Maria de Lourdes foi achado em um lixão de Gandu no último dia 9. Ele tinha marcas de queimaduras e o corpo foi reconhecido um dia depois por parentes no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Valença.

Um inquérito militar foi instaurado pela Corregedoria Geral da PM para averiguar o caso, que também é investigado pela Polícia Civil. Em nota, a PM informa que uma comissão formada por dois oficiais já ouviu os policiais envolvidos, testemunhas, parentes e vizinhos das vítimas, além de requisitar e coletar provas para a apuração dos fatos.

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