Redação Portal Cleriston Silva PCS
O homem que confessou ter ateado fogo e matado um empresário em Feira de Santana, a 109 km de Salvador, foi preso nesta quarta-feira (29) em Santo Estêvão. Segundo o delegado Ricardo Brito, da 1ª Coordenadoria de Polícia Regional do Interior (Coorpin), Gerônimo Navarro da Silva Filho, 29 anos, foi preso escondido em uma casa na cidade, de onde se preparava para fugir.
"Esperamos passar o prazo eleitoral e o prendemos. Ele não resistiu", explica o delegado. Gerônimo chegou a se apresentar para a polícia no último dia 22, quando confessou a morte do empresário Manoel Carlos Santana, 61 anos, mas não pôde ser preso na ocasião por conta da Lei Eleitoral que impede prisões preventivas ou temporárias na época das eleições.
"Já estamos concluindo o inquérito ele vai ser encaminhado para o sistema prisional amanhã", acrescenta o delegado. Gerônimo foi autuado por homicídio qualificado.
No depoimento que deu à polícia, o criminoso explicou que algemou as mãos e as pernas de Manoel antes de jogar álcool e atear fogo na vítima. O empresário ainda conseguiu se levantar e pedir socorro na rua. Testemunhas filmaram o momento em que o fogo era apagado do corpo.
O acusado também explicou que cometeu o crime por vingança. Ele morava com a mãe em uma casa no bairro de Feira IX, mas uma decisão judicial o obrigou a deixar o local. "O imóvel foi comprado há cerca de 20 anos pela companheira de Manoel, Vera Lúcia Falcão Paim, e não poderia ser vendido, mas desde então varias pessoas passaram por ele através de contratos particulares de venda e compra", disse na ocasião o delegado João Uzzum, da Delegacia de Homicídios.
Gerônimo e a mãe dele moravam na casa da companheira de Manoel desde 2006, mas uma empresa no nome de Vera Lúcia veio à falência e em decorrência de dívidas trabalhistas o imóvel foi leiloado há cerca de um mês. "Em 2013 souberam que a casa estava em processo de penhora e ainda tentaram evitar isso, mas não conseguiram", disse do delegado de Feira de Santana.
Em uma tentativa de se vingar de Vera Lúcia, Gerônimo foi ao comércio de Manoel com as algemas de plástico e o álcool, mas como não encontrou a mulher ele cometeu o crime contra o empresário. Em depoimento, o criminoso disse que foi o único participante do crime, mas a Polícia Civil analisou câmeras de segurança de locais próximos e confirma que uma segunda pessoa estava envolvida.
30 de out. de 2014
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