Os eleitores que optaram nas urnas por não votar nem em Dilma nem em Aécio seguiram a tendência verificada em todas as eleições presidenciais desde 1989. Com a opção de escolher entre apenas dois candidatos, o percentual de votos brancos e nulos sempre caiu no segundo turno quando comparado com o primeiro.
Neste domingo (26), votaram em branco ou anularam 6% dos eleitores, enquanto no último dia 5 foram 10%.
Esse padrão se repetiu em todas as disputas pela Presidência decididas no segundo turno: em 1989, quando Collor foi eleito; em 2002 e 2006, quando Lula foi levado ao Planalto; e em 2010, quando Dilma ganhou a disputa. Em 1994 e 1998, Fernando Henrique foi eleito já no primeiro turno das eleições.
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Abstenções - Já as ausências de eleitores têm padrão inverso ao dos votos brancos e nulos. O número de pessoas que não vai votar costuma aumentar do primeiro para o segundo turno das eleições.
Neste ano, entre a primeira e a decisiva votação, o número de abstenções passou de 19% para 21%. Quando comparado com as eleições passadas, o número ficou praticamente estável.
No segundo turno das três últimas eleições, o nível de abstenção ficou em torno de 20%, sendo que em 2010 houve um número recorde de não comparecimento: 22%.
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Desde a redemocratização, o número mais baixo de ausência na segunda rodada das eleições presidenciais foi registrado em 1989: 14%. Foi a primeira eleição direta para presidente em 29 anos.
Segundo o TSE, a abstenção causa prejuízos econômicos ao país. Isto porque o tribunal organiza a estrutura eleitoral com base no número de eleitores aptos a votar.
Uma medida que pode ajudar na diminuição da abstenção é o recadastramento de eleitores, que está sendo feito gradativamente no país.
Nas eleições municipais de 2012, as capitais que haviam passado por recadastramento biométrico tiveram abstenção menor do que a média. Uma das razões pelo qual o recadastramento pode diminuir as abstenções é a exclusão de eleitores mortos da base de votantes.
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