23 de jul. de 2020

Cerca de 200 baianos já foram testados com a vacina de Oxford contra Covid-19

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Cerca de 200 baianos foram testados com a vacina contra a Covid-19 idealizada pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca. A informação foi divulgada pela pesquisadora-chefe dos testes clínicos da vacina no Brasil, Suen Ann Costa Clemmens.

"Já temos cerca de 200 vacinados, incluindo o dia de hoje [quinta-feira], na Bahia, mais de 1.700 no Brasil. As pessoas são voluntárias e tem que ser soronegativas, ou seja, não ter exposição ao vírus, não ter tido a doença. [Tem que ter] entre 18 e 55 anos, adultos, com alta exposição ao vírus", explicou a pesquisadora sobre o perfil dos voluntários.

A nutricionista Thiana Paiva, uma da voluntárias que já foram testadas, afirma que antes da vacinação ela foi atendida por um médico, que explicou que ela não poderia doar sangue por um ano e nem engravidar.

"No primeiro dia, a gente passa pelo médico ele explica todo o processo que vai ser feito com a gente, quantas vezes a gente vai ter que voltar lá, quais os exames que a gente vai ter que fazer, explica também que a gente não pode doar sangue durante um ano e explica que a gente não pode engravidar", contou a nutricionista.

O teste da vacina no Brasil foi autorizado pela Anvisa no dia 2 de junho. Dos 5 mil voluntários brasileiros, 1.500 são baianos, principalmente profissionais de saúde, que não tiveram a covid-19.

Essa é a terceira e última fase da testagem, e nela os pesquisadores querem saber o grau de eficácia e segurança da vacina. "A gente espera que a gente consiga provar isso antes do final do ano. Daí tem a parte do registro, o registro deve ser feito primariamente no país de origem e acredita que se provar esse ano o registro deva ser feito rapidamente e que em seguida o registro do Brasil, em paralelo, seja feito, para que a gente tenha acesso a essa vacina", explicou Suen Ann Costa Clemmens.

Além da vacina de Oxford, uma vacina produzida por uma empresa de biotecnologia alemã e uma indústria farmacêutica norte-americana vai ser testada no país. Cerca de mil voluntários vão ser testados. Uma parte em São Paulo e outra em Salvador, nas Obras Sociais Irmã Dulce.

De acordo com a diretora médica responsável, a Bahia foi escolhida por causa das pesquisas desenvolvidas aqui e porque o vírus está ativo na capital baiana.

"Nós vamos receber nessa vacina um RRA, que é uma receita, um código, uma instrução e a partir do momento que está na nossa corrente sanguínea, nós somos capazes de criar imunidade contra ele", explicou a diretora médica da Pfizer Brasil, Márjori Dulcini.

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