10 de jun. de 2010

Serrinha: coronel confirma perseguição política

O coronel Manoel Amâncio de Souza Neto, que foi exonerado do comando da Polícia Militar de Serrinha nesta terça-feira (8), confirmou ao Bahia Notícias que acredita ter sido vítima de perseguição de políticos do nordeste do estado.

O oficial confessa ter implementado ações na região que desagradava gestores e parlamentares, como ter mandado recolher viaturas doadas pelo governo às prefeituras para que fossem entregues nos batalhões. “Muitos prefeitos e deputados do interior faziam carnaval com as viaturas e a polícia não pode ser partidarizada. As ações têm que ser imparciais. Também houve transferência de policiais que tinham excelente conduta para outras cidades. Eu me chateei com isso.

A Operação Sertão Legal, que nós fizemos no interior, também deixava muitos políticos incomodados”, relatou. Para ele, o referido incômodo foi fundamental para a sua transferência para a Corregedoria da PM em Salvador. “Eu acredito que foi isso, apesar de o governador elogiar e reconhecer o nosso trabalho. Havia uma minoria de deputados e prefeitos que estavam insatisfeitos com a minha atuação. Acho mesmo que foi por isso”, opinou.

Em nota, o Comando da Polícia Militar nega o fato e atribui a nomeação do coronel para o novo posto à “necessidade do emprego, naquele órgão, de servidores capacitados e com o perfil específico”.

O tenente coronel José Clovis Santana Vitor já foi designado para assumir o 16º Batalhão de Serrinha nesta quinta (9).

Um comentário:

  1. Os políticos da nossa região não gostam de policiais sérios, cumpridores dos seus deveres. Esses políticos despresíveis só gostam e só apoiam "policiais" iguais a eles, ou seja, corruptos. Quando o policial é honesto,sério, imparcial, eles se sentem incomodados e logo tratam de entrar em contato com os seus comparsas em Salvador e/ou Brasília e exigem a transferência do policial.
    Triste Bahia!

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