27 de dez. de 2020

Doméstica é esfaqueada por ex na frente das filhas de 5 e 6 anos em Mundo Novo

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em plena noite de Natal, mais um caso de feminicídio registrado na Bahia, dessa vez no município de Mundo Novo, na região da Chapada Diamantina, a 250 km de Serrinha. A doméstica Jenilde de Jesus Pinheiro, 24 anos, foi agredida com um murro no olho e recebeu cinco golpes de faca após seu ex-companheiro, Anselmo dos Santos Reis, 31, ter invadido a casa onde a vítima morava com as filhas pequenas pela porta dos fundos.

Segundo informações da 98ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), por volta das 20h30, policiais militares foram acionados para atender a uma ocorrência de tentativa de feminicídio na Rua do Hospital. Ao chegar ao local, a guarnição foi informada que Jenilde havia sido esfaqueada e que populares já haviam socorrido a vítima para o hospital municipal.

De acordo com o irmão da vítima, Jenilson de Jesus Pinheiro, 29, Jenilde estava em casa com as filhas de 5 e 6 anos, que presenciaram o crime. Ela chegou a ser transferida para o Hospital Clériston Andrade, em Feira de Santana, mas não resistiu aos ferimentos. Jenilde foi sepultada neste domingo (27), no cemitério municipal de Mundo Novo.

“A gente vai fazer de tudo para que as pessoas ajudem a localizar quem fez isso com minha irmã para que a polícia possa fazer o seu trabalho e não deixe ele sair impune. Minha irmã estava sob medida protetiva e o ex-marido ficava perseguindo ela, principalmente pelo Facebook. Não sei como ele conseguiu o número do telefone dela e chegou até a mandar mensagem dizendo que ela estava colocando outro homem dentro de casa”, afirmou.

Jenilson contou ainda que Jenilde e Anselmo namoravam desde a adolescência e viveram juntos por 13 anos. O casal estava separado há cerca de nove meses. “Ele só chegava em casa embriagado e sob efeito de entorpecentes, sempre transtornado, ameaçando que ia matar todo mundo. Minha irmã foi tomando medo e se separou”. O caso vai ser investigado pela Polícia Civil.

“Minha irmã era uma pessoa bastante amigável, onde chegava ela deixava amor. É um momento muito difícil, de muita dor, principalmente por que duas crianças vão ficar sem mãe. Nós queremos que as pessoas olhem para a foto de Jeny e não vejam só uma imagem. Outras mulheres podem estar precisando dessa ajuda urgente para não ser mais uma vítima como minha irmã foi”, lamenta.

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