29 de jun. de 2021

Itiúba: Criança de 11 anos está desaparecida há três meses e família cobra respostas

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A família do pequeno Davi Lima Silva, que está desaparecido há três meses, continua em busca de pistas que levem ao paradeiro do menino. Ele sumiu após sair da casa de uma tia em direção à residência da avó, no povoado de Varzinha, na zona rural de Itiúba. Davi tem 11 anos e é filho único. A mãe dele, a fotógrafa Lilia Lima, disse ao G1 que mora a criança e o esposo em Salvador, mas foram até Itiúba para visitar a família.

Desde o desaparecimento do filho, ela diz que não consegue mais dormir ou se alimentar direito. “Até agora eu me pergunto todos os dias, todas as noites... Eu nunca mais dormi, nunca mais me alimentei, meu filho dormia abraçado comigo. Ele só dormia comigo”, lamentou Lilia.

Ela tem ido pelo menos uma vez na semana à sede da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), mas só recebe como resposta que o caso está em sigilo, sendo investigado. A alegação é que o objetivo é não atrapalhar o andamento da investigação.


"É só isso que eles passam para a gente. Toda semana eu vou na Secretaria Pública de Segurança, e a delegada passa essa informação para mim. A entidade daqui (Salvador) cobra a de lá (Itiúba), e eles falam a mesma coisa: que não pode falar, que estão trabalhando, buscando uma forma, e pediram mais um prazo de 30 dias para continuar as investigações”, acrescentou a fotógrafa.

Ela argumenta que a ausência de resposta aumenta ainda mais a angústia. “Eu não consigo entender esse sigilo, esse prazo que eles vão dando, porque era 30, depois 60, já foi 90 e mês que vem completa 120 dias. É uma angústia que não termina, muito difícil”, destacou.

Lilia lembra que nunca deixou o filho sozinho nem no condomínio onde moram. “Meu filho não brincava só porque eu não deixava. Nem eu, nem o pai. Nem com todas as câmeras do condomínio que a gente mora, o único lugar que eu deixava ele era com minha irmã e com minha mãe”, explicou.

Ela fotografava uma gestante e deixou o filho aos cuidados da tia quando o garoto desapareceu. Por não morar no povoado, Davi não conhecia muitas pessoas no local e não tinha o costume de ir para a casa de ninguém. “Davi só brincava com um amiguinho e dois primos, porque a gente não morava no interior, a gente foi para lá para passear, então ele não tinha amizade lá”, finalizou.

"Nunca mais dormi", diz mãe

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