Redação Portal Cleriston Silva PCS
O suspeito teve o mandado de prisão cumprido após se apresentar na Companhia de Polícia Militar de Itiúba, cidade vizinha, e ser levado para a sede da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Senhor do Bonfim).
Havia ainda um mandado de busca e apreensão, que também foi cumprido durante a operação montada entre a 19ª Coorpin, Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati/Depin), Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/Norte), Ministério Público da Bahia, Corregedoria do 6° Batalhão de Polícia Militar (BPM) e Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe-Caatinga).
O coordenador da 19ª Coorpin/Senhor do Bonfim, delegado Atílio Tércio, destacou a continuidade das investigações. "Seguiremos com diversas diligências investigativas para esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime, bem como a possível participação de outros envolvidos", comentou.
Denúncia - Adão Alves, reciclador e pai de Alberto dos Santos Pereira, afirma que testemunhas viram um policial militar atirar contra o jovem. O crime aconteceu no povoado de Jucurici da Ponte, no município de Itiúba.
Segundo Adão, era por volta das 10h da manhã, seus filhos trabalhavam na lavoura, plantando e limpando o terreno da família, quando um vizinho chegou até a sua porta e informou sobre a morte. No momento do crime, Alberto estava acompanhado de Gaspar, um de seus seis irmãos.
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| Alberto dos Santos Pereira foi morto a tiros no dia 20 de julho deste ano |
Relembrando os fatos, Gaspar contou que eles retornavam da lavoura, e caminhavam por uma estrada de barro, quando um carro de passeio de cor clara freou em frente dele e de seu irmão, um homem abriu a porta do carona e apontou uma arma. "Meu filho reconheceu o atirador. É o policial, que, meses atrás, se desentendeu com Alberto", afirmou Adão.
Após ver seu irmão sangrando, Gaspar chegou nervoso em casa, como contou seu pai. No local do crime, segundo Adão, o corpo de seu filho ficou por cerca de 1h até que a primeira viatura da Guarda Civil Municipal chegou. Para os familiares, o jovem teria sido executado por conta de uma discussão ocorrida em maio, que envolveu o mesmo PM.
A desavença aconteceu no dia 26 de maio, durante uma festa na cidade de Queimadas. Segundo Adão, Alberto estava com seus irmãos e alguns amigos, quando foi surpreendido por um tapa no pescoço. Este tapa, teria sido dado pelo PM, que estava de folga no dia.
Alberto, recém-chegado na cidade, teria devolvido a agressão, iniciando uma discussão. Segundo o pai dos meninos, o policial teria "fama de matador" e seria um justiceiro da cidade. "Alberto veio de Minas Gerais, onde largou o emprego para me ajudar na terra. Não sabia com quem estava se metendo", detalha.
Segundo a família, de maio até julho, nenhum novo desentendimento teria ocorrido entre os homens, mas um fato chamou a atenção. "Pouco tempo atrás, um homem passou em frente a nosso ferro-velho, manobrou bem devagar e meus filhos disseram que ele tirou fotos nossas", conta.
O policial, segundo o pai, é lotado na PM de Itiúba, área coberta pelo 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Senhor do Bonfim).
O que diz a PM - Com relação à fama de "matador" atribuída pelo pai ao PM envolvido, o tenente-coronel Antônio Ávila, responsável pela unidade na qual o suspeito é lotado, afirmou que os fatos trazidos pelo pai serão investigados e que não eram de conhecimento da unidade até o momento da denúncia. "Tudo que o pai falar pode se tornar em desdobramento para a Corregedoria. Vamos aguardar as investigações e tudo que depender de nós, será feito", destacou.
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| Vítima caminhava por uma estrada de barro, quando um carro freou em sua frente, um homem abriu a porta do carona e atirou |
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