20 de mai. de 2020

Deputado Osni pede inclusão das associações LGBTQI+ no programa de aquisição de alimentos

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Atento ao estado de vulnerabilidade social e insegurança alimentar sofridos pelos LGBTQI+, o deputado estadual Osni Cardoso sugeriu ao governador Rui Costa a inclusão de associações, fóruns e redes LGBTQI+ da Bahia no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O pedido foi feito através de indicação protocolada na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. As informações são da assessoria de comunicação.

No documento, Osni ressalta que além do Brasil ser o país com mais registros de assassinatos de LGBTQI+ no mundo (uma morte a cada 19 horas), também discrimina lésbicas, gays, bissexuais, trans e travestis no mercado de trabalho. Os dados apresentados pelo parlamentar mostram que 33% das empresas evitam a contratação; 66% dos trabalhadores já testemunharam situações de discriminação pela orientação ou identidade sexual no ambiente de trabalho e cerca de 90% das mulheres trans e travestis sobrevivem através da prostituição por não terem alternativas.

“Infelizmente a Bahia lidera o ranking de violações a direitos LGBTQI+ e as mais vulneráveis são travestis pobres, negras e da periferia. Com a inclusão das associações, fóruns e redes no PAA, conseguimos garantir a sobrevivência dessa parcela da população. Muitos são abandonados pela família, não conseguem inserção no mercado de trabalho ou sobrevivem através da prostituição e, por isso, se encontram em estado de necessidade alimentar e vulnerabilidade social”, concluiu o deputado.

Um comentário:

  1. É um gesto da mais elevada HUMANIDADE! Tenho a Humildade de reconhecer. Não me interessa de que partido político emerge; conheço o mau caráter do político brasileiro desde a era do Regime Militar. Mas tendo migrado do Sertão de Biritinga; aos 19 anos de idade ingressei através de concurso público em um órgão oficial do Estado da Guanabara, depois passou a ser Estado do Rio de Janeiro. Naquele serviço público e a partir dos meus 19 anos trabalhei na noite carioca em cinco zonas de homossexuais: Central do Brasil, Praça Tiradentes, Passeio Público, Cinelândia e Baixo Leblon. Imagine um cabra saído das caatingas de Biritinga indo trabalhar naquela realidade; mas eu levei na bagagem uma das mais elevadas Formações Cristãs Católicas que o mundo poderia ministrar naquela época. Um dos meus superiores hierárquicos percebeu e mandou me escalar naquele serviço porque havia forte pressão social contra o fim da violência hedionda contra homossexuais, e eu fui escalado para ajudar a combater. Além disso, os órgãos de segurança e repressão política da Ditadura Militar contavam com muitos gays, inclusive assassinos cruéis e torturadores sádicos. Portanto, a Ditadura Militar tinha interesse em protegê-los também na vida noturna. Então, foi trabalhando na noite carioca que passei a conhecer as atrocidades implacáveis que são perpetradas contra as pessoas humanas dos homossexuais pobres, execrados e excluídos. Na Central do Brasil: miséria extrema, prostituição, drogas, DSTs, violências, mortes nas sarjetas e etc. Na Praça Tiradentes situação idêntica; mas quando chegava da Cinelândia para o Baixo Leblon as condições sociais eram melhores porque espaços frequentados por classes média e alta. Naquele contexto de Zona Sul do Rio, circulavam garotos de programas, os chamados "cawboys da meia noite" que desciam da Baixada Fluminense, dos morros, favelas e subúrbios cariocas para viverem da exploração daquela realidade, inclusive para sustentarem suas famílias. Era mercado da trabalho. Portanto, historicamente aquela realidade não deve ser explorada, mas pensada com elevada HUMANIDADE CRISTÃ.

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