8 de jan. de 2024

Com 25 mortos, tragédia em Gavião pode ser a maior já registrada na região

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O coordenador da Brigada Anjos Jacuipenses, Lucival Souza, que atuou no resgate das vítimas da batida entre um ônibus de turismo e um caminhão que terminou com 25 pessoas mortas e cinco feridas na região da Bacia do Jacuípe, definiu o acidente como a maior tragédia já registrada pelo grupo em 17 anos de atuação.

O acidente aconteceu por volta das 22h30, no km 381 da BR-324, trecho da cidade de Gavião, a 108 km de Serrinha. Das 25 vítimas, 22 estavam no ônibus e 3 no caminhão. Entre elas estão homens, mulheres, gestante, crianças e adolescentes.

"Sobrou pouca coisa do ônibus, a metade foi destruída. Então, as 30 vítimas estavam em cima da outra, em um espaço pequeno. Então a gente conseguia ver gemidos, conseguia ver pessoas pedindo para tirar o peso de cima delas”, relatou ao site g1/Bahia.

O brigadista contou que as equipes só saíram do local do acidente após fazer varredura em toda área de matagal próxima do acidente. Uma gestante foi encontrada morta embaixo do caminhão.

“Foi uma situação de guerra, uma situação muito feia. A gente teve que colocar ali 24 pessoas mortas, um ao lado da outra, e cobrir. Foi muito triste para a gente que atua no resgate, a gente sempre vai na intenção de pegar as pessoas machucadas, doentes, e levar para o hospital”, lamentou.


A 25ª pessoa morta no acidente chegou a ser socorrida para um hospital, mas morreu na unidade de saúde, na cidade de Nova Fátima. "Quando a gente chega no local e encontra óbito, a gente fica destruído. Principalmente por se tratar de pessoas do bem, né? Pessoas que estavam ali passeando, grávidas, adolescentes, crianças, pessoas do bem”.

Lucival Souza definiu o acidente como a maior tragédia já registrada pela Brigada Anjos Jacuipenses, na região, em 17 anos de atuação. “Foi uma das maiores tragédias que aconteceram em nossa região. A gente pede a Deus que dê forças aos familiares, aos amigos dessas vítimas, parabenizamos a equipe que atuou na remoção das vítimas e pedimos a Deus que consiga saúde para as pessoas que ainda estão vivas”, afirmou.

Segundo Lucival Souza, por causa da escuridão, os brigadistas não sabiam quantas vítimas tinham no acidente. “A bateria [do ônibus] ia pegar fogo, a gente teve que fazer esse trabalho remover, foi uma questão de cinco, seis vítimas no mesmo local, como se tivesse no mesmo banco, porque não sobrou quase nada do ônibus", contou.

Os brigadistas precisaram cortar a lateral do veículo para retirar as vítimas e fazer os primeiros atendimentos médicos. "Olhamos se as vítimas ainda tinham pusso e priorizamos as que ainda tinham. Depois removemos os que infelizmente já estavam em óbito”.

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