15 de dez. de 2020

"Eu não vou tomar vacina e ponto final", diz Bolsonaro; presidente comparou vírus com a chuva

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta terça-feira que não vai se vacinar contra a Covid-19, mas voltou a dizer que o Ministério da Saúde vai comprar qualquer imunizante aprovado pela Anvisa.

"Eu não vou tomar vacina e ponto final. Se minha vida está em risco, o problema é meu. Esse vírus é como a chuva, vai pegar todo mundo", disse o presidente em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, da TV Band. Bolsonaro disse, também, que a imunização não pode ser obrigatória.

Bolsonaro reiterou que, "seja qual for" a vacina, uma vez aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), terá o "sinal verde" dele para a compra e operacionalização por parte do Ministério da Saúde.

Exoneração de Maurício Barbosa da SSP é publicada no Diário Oficial

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O afastamento do secretário da Segurança Pública da Bahia, Mauricio Barbosa, conforme decisão judicial do Superior Tribunal de Justiça (STJ), foi publicada na edição desta terça-feira (15) do Diário Oficial do Estado. Outra exoneração, assinada pelo governador Rui Costa (PT), é da delegada Gabriela Caldas Macedo do cargo de chefe de gabinete de Barbosa. 

Ambos, acusados pelo Ministério Público Federal de participarem de uma organização criminosa que envolve a pasta e membros investigados do judiciário no âmbito da Faroeste por venderem sentenças, foram afastados por um ano e não podem estabelecer contato com membros da SSP. 

O subsecretário Ary Pereira de Oliveira assume temporariamente a função de secretário. O governo agora se debruça para escolher rapidamente um novo nome que assuma a função efetivamente, cujo anúncio deve sair na futura reforma administrativa. Há movimento na própria secretaria para que haja escolha de um quadro da própria corporação. 

Barbosa, que é policial federal, estava no posto há nove anos, desde 2011, quando nomeado pelo ainda governador Jaques Wagner (PT).

No âmbito das investigações, o MPF, no pedido de prisão contra Barbosa no STJ, alegou que o agora secretário afastado supostamente "exercia papel central na garantia da impunidade de diversos núcleos criminosos" e teria demonstrado sua "periculosidade social" na condução do cargo na deflagração da Operação Fake News pela secretaria, em 2019.

O ministro Og Fernandes, contudo, discordou da materialidade do pedido de prisão e determinou apenas que ele ficará afastado do cargo por um ano, além das buscas e apreensões na residência dele e na própria SSP. O nome de Barbosa apareceu pela primeira vez na delação da desembargadora Sandra Inês, mas não foi acolhido na Justiça.

14 de dez. de 2020

Serrinha registra mais 26 casos da Covid-19; suspeitos são mais de 200

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A cidade de Serrinha registrou 26 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, segundo dados divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na noite desta segunda-feira (14).

Os novos pacientes são oito homens de 26, 27, 35, 36, 46, 57 e 89 anos; quinze mulheres de 19, 21, 24, 25, 29, 30, 34, 35, 37, 38, 41, 42 e 43; um adolescente de 15; e duas crianças de 2 meses e 2 anos.

Segundo a SMS, são 1.969 casos confirmados desde que a pandemia começou. Desses, 1.923 já são considerados recuperados e 24 encontram-se ativos. O número total de mortes é 22.

O boletim epidemiológico contabiliza, ainda, 12.437 casos descartados e 217 em investigação.

STJ nega prisão para advogados apontados como operadores de esquema desmontado pela Faroeste

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o pedido de prisão para os advogados Marcelo Junqueira Ayres Filho, Rui Carlos Barata Lima Filho e Diego Freitas Ribeiro, apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) como operadores de células criminosas.

Segundo denúncia do MPF, Rui Barata Filho integrava o núcleo criminoso de sua mãe, a desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima. Junto a ele, estavam também seu irmão Arthur Gabriel Ramos Barata Lima e o advogado Diego Ribeiro. Junqueira Ayres Filho, por outro lado, participava ao lado de Fabrício Boer da Veiga do grupo liderado pela desembargadora Ilona Marcia Reis.

Rui Barata Filho teria recebido propina no valor de R$ 200 mil, segundo a denúncia da procuradoria. Junqueira Ayres Filho também teria recebido pagamentos indevidos, na importância de R$ 500 mil, para serem destinados à desembargadora Ilona Reis.

Com base nessas informações, o MPF pediu a prisão temporária dos três advogados, mas teve seus pedidos negados pelo ministro Og Fernandes. O relator entendeu, em sua decisão, que os fatos relatados pela procuradoria são antigos e que há necessidade de aprofundar as investigações acerca da participação dos três no esquema criminoso.

“Apesar de existirem vários fatos supostamente criminosos associados a eles, entendo que, em sua maioria, são despidos de contemporaneidade e representam narrativas que, nesse momento processual, ainda possuem lacunas a serem preenchidas, o que justifica a necessidade de aprofundamento da apuração criminal, sem prejuízo de posterior análise de medida cautelar mais restritiva”, afirma o ministro.

Og Fernandes, por outro lado, determinou busca e apreensão nos endereços residenciais e profissionais dos três advogados, que já foram juízes eleitorais. Rui Barata tentou ser reconduzido ao cargo na Justiça Eleitoral, mas o STJ apontou nepotismo, o que impediu a investida. Já Junqueira Ayres é genro do secretário estadual do Planejamento, Walter Pinheiro, e integrou em 2019 a lista tríplice para uma vaga de desembargador no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

Protocolos de intenções são assinados para implantação de parques eólicos em Tucano, Biritinga e Araci

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Nesta segunda-feira, 14, foram assinados oito protocolos de intenções com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). De acordo com a companhia AES Brasil, o investimento inicial previsto para os parques é de R$ 1,5 bilhão. O empreendimento, que foi anunciado em agosto deste ano, vem recebendo apoio institucional da secretaria.

“Teremos um complexo implantado em uma região inédita, na parte Nordeste do Estado. Os municípios de Tucano, Biritinga e Araci serão beneficiados pela energia eólica, que chega revolucionando a economia local, estimulando o desenvolvimento e gerando emprego e renda para o povo baiano”, afirmou o vice-governador João Leão, secretário da pasta.

“Temos certeza de que este empreendimento trará muitos benefícios a todos, principalmente à sociedade com a criação de empregos e iniciativas de desenvolvimento social, que são desenhadas para agregar ainda mais valor às comunidades em que atuamos”, afirmou o diretor de Engenharia e Construção da AES Brasil, Rodrigo D’Elia.

Energia eólica na Bahia - De acordo com os últimos dados lançados pela CCEE, que constam do Informe Executivo de Energia Eólica da SDE, a Bahia é líder na geração de energia eólica no país no acumulado de janeiro a outubro de 2020, sendo responsável por 31,9% da energia gerada.

Os 181 parques em operação, espalhados por 20 municípios, têm 4,5 Gigawatts (GW) de capacidade instalada. Já os 130 novos parques contratados, que entram em operação até 2025, terão capacidade instalada de 3,7 GW.

Faroeste: STJ afasta desembargador Ivanilton Silva e juiz João Alcântara dos cargos

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STF), determinou o afastamento do desembargador Ivanilton Santos da Silva e do juiz João Batista Alcântara Filho. As informações constam em decisão cautelar obtida pela reportagem, após deflagração de mais uma fase da Operação Faroeste, que afastou outras cinco pessoas dos seus respectivos cargos públicos nesta segunda-feira (14) – incluindo o secretário de Segurança Pública (SSP), Mauricio Barbosa. O documento foi assinado na última segunda (7).

Os elementos probatórios que embasaram a decisão de Fernandes, relator da Faroeste na Corte, vieram após delação premiada do advogado Júlio César Cavalcanti Ferreira, que estava vinculado à chamada organização criminosa do falso cônsul da Guiné Bissau, Adailton Maturino, junto aos desembargadores e magistrados investigados na primeira fase da operação, deflagrada em novembro de 2019. Segundo a sentença, o Ministério Público Federal (MPF) identificou núcleos criminosos relacionados a Ivanilton, que teria como operador seu filho, Ivanilton Santos da Silva Júnior, e ao ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Gesivaldo Britto, que teria João Batista Alcântara como vinculado, além do servidor José Alves Pinheiro.

As investigações conseguiram constatar que o desembargador recebeu propina para dar decisão favorável a Erardo Marchetti num recurso que estava sendo julgado pela Corte. Ainda de acordo com o documento, neste caso, as provas incriminam Ivanilton Júnior. O delator aponta que o voto foi negociado diretamente pelo filho de Ivanilton da Silva e que, como forma de um adiantamento pelo voto, teria sido paga uma quantia de R$ 82,5 mil. O recurso, interposto por Marchetti, era contra uma decisão interlocutória que determinou que ele pagasse R$ 500 mil de multa por não retirar gado das fazendas Porto Seguro e Porto Feliz.

Segundo a decisão, Júlio Cesar apresentou provas para corroborar a acusação. Ivanilton Júnior ainda teria sido flagrado pela Unidade de Inteligência Financeira (UIF) com depósitos em espécie e fracionados no valor de R$ 99.250, nos dias 4 de janeiro de 2018 e 3 de julho do mesmo ano. Já a atuação de João Batista Alcântara teria sido esmiuçada em dez decisões – em uma delas, o servidor José Alves Pinheiro foi beneficiado. Conforme a delação, em cinco sentenças o juiz teria beneficiado o investigado Walter Horita, em processos que giram na casa de R$ 90 milhões.

“As sentenças foram elaboradas pelo colaborador Júlio Cesar e assinadas pelo magistrado João Batista Alcântara mediante o pagamento do montante de R$ 2.800.00,00 (dois milhões e oitocentos mil reais), numa engenharia financeira organizada pelo advogado Rui Barata, envolvendo o então presidente Gesivaldo Britto, através do seu assessor Antônio Roque, para manter a designação do juiz João Batista, a fim de que ele efetivasse o julgamento dos processos, acomodando, ainda, os interesses de José Pinheiro”, diz trecho da sentença de Og Fernandes.

A propina de R$ 800 mil, neste caso, foi dividia da seguinte forma: R$ 300 mil a José Pinheiro, R$ 300 mil a João Batista Alcântara e R$ 200 mil para Júlio Cesar. Outros R$ 2 milhões foram divididos entre Gesivaldo e Antônio Roque. Nas cinco sentenças restantes, João Batista Alcântara recebeu R$ 200 mil em propina. Ainda segundo a UIF, Alcântara teria tido uma movimentação suspeita de R$ 1.610,441 no período de 17 de junho de 2013 a 8 de agosto de 2016.

Além de Ivanilton. Alcântara e Mauricio Barbosa,foram afastados das funções Maurício, Gabriela Macedo, chefe de gabinete da SSP;  Ediene Lousado, indicada para ser conselheira do Conselho Nacional do Ministério Público; além das desembargadoras Ilona Márcia e Lígia Maria, presas nesta segunda pela Polícia Federal. As informações do site Bahia Notícias

Desembargadora Lígia Lima tentou destruir provas que a incriminassem, aponta MPF

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, presa pela Polícia Federal nesta segunda-feira (14) no âmbito da Operação Faroeste, tentou destruir provas que a incriminassem. A atuação da magistrada consta no relatório do Ministério Público Federal (MPF), obtido pela reportagem.

Segundo o documento - que serviu de fundamento para o ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), pedir a prisão temporária -, a desembargadora adotou, ao longo do ano, "comportamentos ostensivos de destruição de evidências que possam incriminá-la, chegando até mesmo a intimidar seus próprios servidores".

Além de Lígia, a desembargadora Ilona Márcia Reis também foi alvo de um mandado de prisão na deflagração de duas novas fases da Operação Faroeste nesta segunda. Ainda no relatório, o MPF argumenta que a liberdade de Lígia ameaçaria as investigações, já que a desembargadora tem apagado rastros.

"[...] Alterando artificiosamente o cenário fático numa tentativa de ludibriar as autoridades incumbidas da investigação. Nessa circunstância, apenas a decretação da medida drástica de segregação cautelar é capaz de interromper a prática criminosa e salvaguardar as investigações", concluiu, sobre a justificativa de prisão da desembargadora.

Operação Faroeste - A Operação Faroeste foi deflagrada pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro de 2019, com a instauração do Inquérito 1.258/DF. O objeto inicial era a existência de suposto esquema de venda de decisões no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) com o envolvimento de pelo menos quatro desembargadores.

O esquema criminoso teria sido criado por Adailton Maturino dos Santos – que passou a contar com a participação de magistrados – consistia na legalização de terras griladas no Oeste do estado. A organização conta, ainda, com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente. Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

Com o aprofundamento das investigações e a deflagração de outras fases da Operação Faroeste pelo MPF foi descoberto também o envolvimento de integrante do alto escalão e de servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA) e de advogados.

Até o momento, foram tomadas várias medidas cautelares, como prisões temporárias e preventivas, buscas e apreensões, afastamento de funções públicas, quebras de sigilo bancário, fiscal e telemático de diversos alvos. As investigações apontam para a existência de uma engrenagem criminosa com várias ramificações com a participação de dezenas de pessoas e a possibilidade do envolvimento de autoridades da alta cúpula do Poder Público baiano.

Em virtude da complexidade do esquema criminoso, o MPF fatiou as apurações e ofereceu três denúncias autônomas com o objetivo de delimitar os fatos e individualizar as condutas de cada investigado no Inquérito 1.258/DF. As denúncias deram origem às ações penais 940, 953 e 965, que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

MPF acusa ex-procuradora-geral de vazar informações sigilosas do MP-BA

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Alvo da operação Faroeste deflagrada nesta segunda-feira (14), a ex-procuradora-geral do Ministério Público da Bahia (MP-BA), Ediene Lousado, é acusada pelo Ministério Público Federal de vazar informações sigilosas do órgão. Segundo o MPF, ela e o secretário da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Maurício Barbosa, fariam parte do denominado "Núcleo de Defesa Social. Ediene teria vazado informações sobre a Operação Leopoldo.

Já o secretário da SSP-BA, "manipulava as operações policiais no âmbito do Estado da Bahia, de maneira a favorecer os seus interesses ilícitos, o que poderia envolver até mesmo grampos ilegais para chantagear opositores". O MPF afirma que existe indícios de atuação dos grupos criminosos nas Operações Oeste Legal, Immobilis, Leopoldo, Vortigem e Fake, News, sendo essa última dada destaque pela instituição, já que afirma que tinha como suposta finalidade afastar os opositores do esquema criminoso.

Tando Ediene como Barbosa foram alvos de busca e apreensão e foram afastados das funções por um ano. Além disso, o ministro OG Fernandes determinou que a SSP-BA forneça todos os atos administrativos envolvendo policiais que atuaram nas investigações sobre o caso de grilagem no Oeste da Bahia, no período compreendido entre janeiro de 2016 e março de 2020. O MP-BA também deve enviar manifestações ministeriais envolvendo membros da magistratura baiana, membros do MP e o secretário do SSP.

Duas mulheres são presas com armas e 2 mil buchas de maconha em Terra Nova

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Duas mulheres foram presas, na madrugada desta segunda-feira, 14, durante uma operação deflagrada pela 3ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Santo Amaro), na cidade de Terra Nova, a 128 quilômetros de Serrinha. Conforme a Polícia Civil, a ação, que cumpriu um mandado de busca e apreensão, resultou na apreensão de armas, drogas e material para embalagem dos entorpecentes

O coordenador regional, delegado Rafael Almeida, responsável pela operação, informou que a polícia encontrou, enterrados, 750 gramas de maconha, duas mil buchas de maconha prontas para o consumo, um tablete da mesma droga e uma pedra de crack pesando 250 gramas.

Ainda de acordo com a PC, no local havia ainda foram encontrados cinco mil pinos para embalagem de cocaína, um pote com sementes de maconha, maquinetas para cartão de crédito, balanças de precisão, celulares, cadernetas com anotações referentes à venda de drogas, além de uma pistola 9mm, uma espingarda artesanal, munições para diversos calibres, um colete antibalístico e dois blusões camuflados.

A operação, batizada de Natal em Paz, contou com o apoio de policiais das delegacias territoriais (DTs) de Terra Nova e Santo Amaro e policiais militares do Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO) da 20ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM). As presas em flagrante estão à disposição da Justiça.

STJ manda prender desembargadoras da BA; secretário da SSP é afastado

Redação Portal Cleriston Silva PCS

As desembargadoras Lígia Maria Ramos Cunha Lima e Ilona Márcia Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), foram alvo de mandados de prisão temporária da operação Faroeste, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (14), contra um suposto esquema criminoso de venda de decisões judiciais.

A defesa de Lígia Ramos informou que a prisão temporária é medida por demais grave e precipitada e que a desembargadora nunca foi chamada para ser ouvida. Um mandado de prisão preventiva também foi emitido para Ronilson Pires de Carvalho.

Outros alvos da operação foram o secretário de Segurança Pública (SSP) da Bahia, Maurício Barbosa, e a delegada chefe de gabinete da pasta, Gabriela Caldas Rosa de Macêdo. Ambos foram afastados do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O subsecretário da SSP, Ary Pereira de Oliveira, assumiu a pasta.

Através de nota, os advogados do secretário Maurício Barbosa dizem que ele nega o envolvimento no esquema. A nota diz ainda que não existe "qualquer indício comprovado que indique suas participação". No entanto, a defesa informou depois que ele foi afastado por "omissão de apuração de fatos que deveriam ser investigados".

O documento destaca que Maurício Barbosa cumprirá integralmente a determinação judicial que o afastou do cargo de secretário da Segurança Pública da Bahia. Diz ainda que ele confia na Justiça, "sobretudo por guardar viva a certeza da sua absoluta inocência".

O Governo do Estado, também em nota, disse que irá cumprir a decisão judicial e que aguarda as informações oficiais do processo em curso para tomar as medidas cabíveis. O processo tramita em segredo de Justiça.

A investigação aponta a existência de um suposto esquema de venda de decisões judiciais por juízes e desembargadores da Bahia, com a participação de membros de outros poderes, que operavam a blindagem institucional da fraude.

O esquema, segundo a denúncia, consistia na legalização de terras griladas no Oeste do estado. A organização criminosa investigada contava ainda com laranjas e empresas para dissimular os benefícios obtidos ilicitamente.

Há suspeitas de que a área objeto de grilagem supere os 360 mil hectares e de que o grupo envolvido na dinâmica ilícita tenha movimentado cifras bilionárias.

Os mandados de prisão temporária foram expedidos pelo ministro presidente do Superior Tribunal de Justiça, Og Fernandes e atende pedido da subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo. Os nomes das desembargadoras não foram divulgados até a última atualização desta reportagem.

O Tribunal de Justiça da Bahia não falou sobre os juízes alvos da ação, nem quais medidas serão adotadas contra eles. Por meio de nota, o órgão informou que reitera e ratifica o total apoio às instituições competentes para o processo de investigação conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal.

Também foram cumpridos nesta operação 35 mandados de busca e apreensão em Salvador, em outras três cidades baianas — Barreiras, Catu, Uibaí — e um em Brasília (DF).

Além das desembargadoras, o STJ também mandou prender uma pessoa apontada como responsável por atuar para um juiz no esquema, e determinou o afastamento do cargo e da função de todos os servidores públicos envolvidos nas 6ª e 7ª fases desta operação.

Com o aprofundamento das investigações desde as primeiras fases da Operação Faroeste, foi descoberto também o envolvimento de integrante do alto escalão e de servidores do Ministério Público do Estado da Bahia, de servidores da Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP/BA) e de advogados.

São investigados possíveis crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de ativos, evasão de divisas, organização criminosa e tráfico de influência.

Antes da operação desta segunda (14), a quinta fase da Operação Faroeste ocorreu no dia 24 de março. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu 11 mandados expedidos, três deles de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão.

A primeira fase da operação ocorreu em 19 de novembro de 2019, com a prisão de quatro advogados, o cumprimento de 40 mandados de busca e apreensão e o afastamento dos seis magistrados.

Secretário da Segurança Pública Maurício Barbosa, alvo da investigação, é afastado do cargo

Começa vacinação contra Covid-19 nos EUA; enfermeira de Nova Iorque recebe 1ª dose

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Os americanos já começaram a ser vacinados nesta segunda-feira (14) contra o novo coronavírus. Segundo o The New York Times, caminhões e aviões de carga com as primeiras levas de quase 3 milhões de doses da vacina contra o coronavírus começaram a chegar aos 50 estados americanos. Os hospitais já instalaram postos de vacinação e os trabalhadores monitoravam cada carregamento de hora em hora.

Sandra Lindsay, uma enfermeira de cuidados intensivos no Long Island Jewish Medical Center, na região do Queens, foi a primeira a receber a  dose da vacina Pfizer-BioNTech, em Nova York. “Não foi nada diferente de tomar qualquer outra vacina [...] Há luz no fim do túnel. Eu encorajo todos a tomar a vacina", disse.

A autorização de emergência da Food and Drug Administration (FDA), o equivalente a Anvisa no país, saiu apenas na noite da sexta-feira (11) e, desde então, o governo se mobilizou para começar a vacinar o mais rápido possível. Atualmente, o número de mortes por coronavírus nos EUA se aproxima de 300 mil.

A maioria das primeiras injeções deve ser aplicada na segunda-feira, a profissionais de saúde de alto risco. Como as vacinas podem causar efeitos colaterais, incluindo febres e dores, os hospitais afirmam que vão escalonar os calendários de vacinação entre os trabalhadores.

Residentes de lares de idosos, que sofreram uma parte desproporcional das mortes de Covid-19, também estão sendo priorizados e devem começar a receber as vacinas na próxima semana. A grande maioria dos americanos não terá direito à vacinação até a primavera, em meados de março.

Outros Países - No Canadá, as primeiras remessas da vacina Pfizer-BioNTech chegaram no domingo (13), anunciou o primeiro-ministro Justin Trudeau no Twitter. Ele chamou isso de "um passo importante em nossa luta contra o vírus". O Reino Unido, por sua vez, já inicou a vacinação desde a semana passada.

13 de dez. de 2020

Avaliação de Bolsonaro se mantém no melhor nível, mostra Datafolha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em meio ao agravamento da pandemia do novo coronavírus no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mantém sua avaliação no melhor nível desde que começou o mandato. É isso o que revela pesquisa nacional do Datafolha feita por telefone nos dias 8 e 10 de dezembro, na qual foram ouvidas 2.016 pessoas. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A curva de aprovação do mandatário, para quem o país vive um “finalzinho de pandemia” apesar de os números dizerem o contrário, seguiu estável em relação ao levantamento anterior. Acham o presidente ótimo ou bom 37% dos brasileiros, mesmo nível da rodada de 29 e 30 de agosto.

Aqueles que o veem como ruim ou péssimo oscilaram negativamente de 34% para 32%, os que avaliam como regular são 29% (eram 27%). Bolsonaro segue sendo o presidente com pior avaliação, considerando aqueles eleitos pelas urnas para um primeiro mandato depois da redemocratização de 1985, com a exceção de Fernando Collor (PRN, 1990-92).

No mesmo momento do mandato, em fevereiro de 1992, o hoje senador tinha rejeição de 48% e aprovação de apenas 15% —acabaria renunciando me meio ao impeachment no fim do ano. Fernando Henrique Cardoso (PSDB, 45%), Luiz Inácio Lula da Silva (PT, 47%) e Dilma Rousseff (PT, 62%) tinham aprovações superiores às de Bolsonaro a esta altura de suas primeiras gestões.

A evolução da popularidade de Bolsonaro conta a seguinte história: um 2019 com o país tripartido, mas que a partir de agosto viu a rejeição aumentar e se descolar do bloco aprovação/regular. O pior momento para o presidente foi junho deste ano, com o auge da crise institucional com outros Poderes e com os impactos da pandemia se consolidando. Bolsonaro batia em 44% de rejeição e 32% de aprovação, com 23% que o viam como regular.

A prisão do ex-assessor do clã presidencial Fabrício Queiroz, em 18 de junho, marcou a mudança de Bolsonaro na política, compondo com o centrão e deixado de lado a campanha golpista contra o Supremo e o Congresso.

Ao mesmo tempo, foi instaurado o auxílio emergencial e políticas para áreas em que sempre foi mais impopular, como o Nordeste. Na pesquisa seguinte, a anterior à atual, o resultado já podia ser visto, ainda que os entrevistados que receberam a ajuda não fossem especialmente mais generosos em sua avaliação de Bolsonaro.

Em levantamentos feitos em capitais, especialmente São Paulo e Rio, a rejeição ao presidente durante a campanha eleitoral municipal havia subido sensivelmente. Nesta pesquisa nacional, a diferença é clara: regiões metropolitanas registram uma rejeição de 40%, ante 26% em cidades do interior.

Na análise regional, foi cristalizada a penetração de Bolsonaro no Nordeste, tradicional fortaleza de esquerda no país e área fortemente influenciada por políticas assistencialistas. Depois de cair de 52% para 35% de junho para agosto, agora o presidente marca 34% de ruim/péssimo entre nordestinos, repetindo o cenário de divisão em terços do eleitorado que o país apresentava em 2019.

O auxílio na pandemia, que foi de R$ 600 e agora está em R$ 300 mensais, acabará no fim deste ano e o governo estuda formas de manter alguma forma de complementação de renda para os mais carentes. Na outra ponta, o Centro-Oeste e o Norte se mantiveram como regiões mais bolsonaristas, com 47% de aprovação do titular do Planalto.

O Sul, que foi bastião do presidente na eleição, nivela com o país e lhe dá 39% de bom e ótimo, assim como o populoso Sudeste, com 36%.Também no Centro-Oeste/Norte está a maior quantidade de pessoas que confiam no que diz o presidente: 29%. No país como o um todo, 37% não confiam, 39% o fazem às vezes e 21% acham que tudo o que Bolsonaro afirma é confiável.

Significativamente, é no crucial assunto pandemia, marcado por frases negacionistas, irônicas e até homofóbicas do presidente, que se vê a maior diferença na percepção de sua confiabilidade. Entre aqueles que acham que a Covid-19 está piorando entre nós, 43% nunca confiam em Bolsonaro, ante 15% que sempre o fazem. Já para quem a pandemia está melhorando, 38% confiam e 20%, não creem no presidente.

Da mesma forma, aquelas pessoas que dizem que não mudaram sua rotina por causa da pandemia aprovam mais (54%) o presidente. Os que dizem tomar cuidados dão 38% de ótimo e bom, ante 32% entre quem só sai de casa se for inevitável e 30%, entre os ainda isolados —grupo onde a rejeição ao presidente bate 47%. Em outro sinal sobre o peso da pandemia, o tema saúde manteve o primeiro lugar como principal problema brasileiro neste ano.

Em pesquisa realizada em dezembro de 2019, 19% citavam a questão espontaneamente. Agora, são 27%. Além das posições polêmicas, Bolsonaro passou o ano duelando com o governador paulista, João Doria (PSDB), acerca do manejo da crise —o atual capítulo é a “guerra da vacina”. Outros problemas citados pelos brasileiros são o desemprego (13%), economia (8%) e corrupção (7%), todo estáveis.

A inflação (2%) surge na lista, na esteira da renovada preocupação com o tema, e oscila positivamente a qualidade dos governantes (de 1% para 5%).Caiu a preocupação com educação (14% para 6%) e segurança (13% para 4%), em relação a dezembro passado. No geral, homens (42%) e pessoas de 45 a 59 anos (42%) são as quem mais aprovam o presidente. A maior rejeição ocorre entre quem tem curso superior (48%) e entre os mas ricos.

Este último grupo, que compreende as pessoas que ganham mais de 10 salários mínimos, registra 47% de rejeição a Bolsonaro. Mas ele é bem avaliado, dentro da média nacional, com 39% de ótimo e bom. A diferença aqui é tirada da fatia que o acha regular. Entre os mais pobres, o presidente tem avaliação dentro da média geral. Quando o corte é a ocupação do entrevistado, empresários são de longe os mais satisfeitos (56% de aprovação) e estudantes, os menos (49% de reprovação) com Bolsonaro.

O Datafolha perguntou ao entrevistados acerca de sua percepção das realizações do governo e quis saber de suas expectativas para 2021. Para 17%, Bolsonaro fez mais do que o esperado, enquanto 21% acham que ele cumpriu o prometido. Já 55% creem que ele fez menos do que o previsto. Acreditam que o ano que vem será melhor pessoalmente 68% dos ouvidos, enquanto 58% acha que ele assim o será para todos. Acham que ficará tudo na mesma para si 19% (18% para todos) e preveem um 2021 pior do que este ano de pandemia 10% —isso em nível pessoal, dobrando para 20% quando a expectativa é geral.

Após morte de prefeito de Conceição da Feira, vice tomará posse nesta segunda-feira

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A vice-prefeita de Conceição da Feira, Rozilda Bastos, vai tomar posse da prefeitura na Câmara Municipal da cidade, nesta segunda-feira, 14, por volta das 9h. A informação foi divulgada neste domingo, 13, pelo órgão municipal.

A posse acontece após o prefeito da cidade, Raimundo da Cruz Bastos, conhecido como Pompilio, e a esposa, Elba Rejane Silva serem encontrados mortos em um condomínio de luxo de Salvador, localizado na Paralela, na sexta-feira, 11. A polícia suspeita se tratar de homicídio, seguido de suicídio.

Elba foi sepultada no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador. O enterro aconteceu na tarde de sábado, 12. Já o sepultamento de Pompilio ocorreu no sábado, no Cemitério Municipal de Conceição da Feira.

O velório do prefeito foi aberto ao público e começou na noite de sexta, na sede da prefeitura. A Prefeitura de Conceição da Feira decretou três dias de luto oficial e suspendeu pelo mesmo período, atividades festivas de qualquer natureza.

11 de dez. de 2020

Três suspeitos de tráfico morrem em confronto com a CIPE Nordeste em Quijingue

Redação Portal Cleriston Silva PCS 

Três suspeitos de tráfico de drogas morreram em confronto com policiais da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Nordeste), na noite de quinta-feira (10), por volta das 23h20, na zona rural de Quijingue, a 160 km de Serrinha. Conforme o apurado pela reportagem do PCS, a ação aconteceu quando a especializada recebeu denúncia de que homens haviam efetuado disparos com arma de fogo no povoado Deixa.

Os PMs, então, se deslocaram para o local da ocorrência e encontraram um carro modelo Uno, sem placa, com três suspeitos a bordo que, ao perceber a presença da viatura, atiraram contra os agentes e tentaram fugir. Uma troca de tiros foi iniciada, e os três homens foram atingidos, levados ao hospital local, mas não resistiram aos ferimentos.

Com os suspeitos mortos foram apreendidos três revólveres de calibres 32 e 38, um simulacro de pistola, munições – 13 deflagradas, quatro picotadas e uma intacta –, 10 kg de maconha, uma porção de cocaína e dois celulares.

Ex-presidiário tem casa invadida e é morto a tiros na cidade de Santaluz

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um jovem de 28 anos foi morto a tiros na tarde desta sexta-feira (11), na localidade conhecida como Invasão do Açude Alegreto, em Santaluz, cidade localizada a 84 km de Serrinha. Ele era ex-presidiário e estava na companhia do pai adotivo no momento do crime. Ninguém foi preso.

De acordo com informações colhidas pelo PCS, cerca de quatro homens invadiram a residência da vítima por volta das 12h. Ao entrar na casa, eles dispararam tiros contra a vítima, que foi identificada como Adauto de Jesus Viana. Os tiros acertaram as regiões da cabeça e do abdômen do ex-detento.

Os suspeitos fugiram logo após os disparos e ainda não foram capturados. A Polícia Civil não soube informar o que teria motivado o crime. A vítima acumulava passagens por tráfico de drogas e tentativa de homicídio. O pai adotivo do jovem não sofreu ferimentos. 

O corpo do ex-presidiário foi encaminhado à sede do DPT, em Serrinha. A Polícia Civil segue investigando o caso.