5 de jul. de 2021

Gravações indicam que Bolsonaro demitiu ex-cunhado por não entregar salário em esquema de rachadinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ex-cunhado André Siqueira Valle do cargo de assessor por não entregar a maior parte do seu salário para um suposto esquema de rachadinha. O caso teria ocorrido quando Jair Bolsonaro ainda era deputado federal e foi revelado por gravações da irmã do assessor, Andrea Siqueira Valle, obtidas pelo UOL.

André Siqueira é irmão da segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. Bolsonaro se casou com ela em 1998 e desde então pelo menos 18 parentes de Ana Cristina foram nomeados a cargos em seu gabinete ou no dos filhos Carlos e Flávio.

As nomeações são alvos de investigação por um suposto esquema de funcionários fantasmas e rachadinhas que chegam a 90% do valor do salário dos nomeados. De acordo com as gravações, André se negou a entregar parte do seu salário e então foi demitido a pedido de Bolsonaro:

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele nunca me devolve o dinheiro certo’. Não sei o que deu pra ele”, conta Andrea em um trecho do áudio.

Além dos áudios, Andrea teria revelado em pelo menos outras duas ocasiões a fontes próximas a ela o esquema de desvio de salários operado no gabinete de Jair, segundo a reportagem.

André trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro entre novembro de 2006 a outubro de 2007. Neste período seu salário era de 6.010,78 reais. Apenas nos últimos 15 dias, em uma breve mudança de cargo antes de ser exonerado, passou a receber metade deste valor, cerca de 3 mil reais.

Antes de ser nomeado no gabinete de Jair Bolsonaro, André também ocupou cargo no gabinete de Carlos Bolsonaro, entre 2001 e 2005 e depois de fevereiro de 2006 até novembro daquele ano, quando foi nomeado por Jair.

Já a irmã Andrea, autora das gravações, é o centro da investigação de esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ela ocupou cargos nos gabinetes de Jair, Carlos e Flávio durante vinte anos.

De acordo com a investigação, no período em que ocupou os cargos, Andrea frequentava academias três vezes ao dia e fazia bicos de faxineira. Enquanto esteve no gabinete de Flávio, ela ainda teria sacado em dinheiro mais de 98% dos seus vencimentos, 663 mil reais.

4 de jul. de 2021

Após denúncia de propina de US$ 1 por vacina, Bolsonaro se vê atacado por todos os lados e com dificuldade de discurso

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A semana que começou no Palácio do Planalto ainda com a ressaca do depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid terminou com a abertura de dois inquéritos —um para investigar atos antidemocráticos e outro para apurar suposto crime de prevaricação no caso Covaxin.

Entre esses dois pontos, em entrevista à Folha na terça-feira (29), Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como vendedor de vacinas, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. Disse que o diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar em Brasília no dia 25 de fevereiro. Dias foi exonerado após a entrevista.

O balanço de assessores do Planalto é que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chega ao momento mais crítico de seu governo atacado por todos os lados, com sua autoconcedida bandeira anticorrupção chamuscada, sem uma estratégia a seguir e, consequentemente, carente de um discurso que o coloque em uma posição de segurança.

Ao longo dos últimos dias, o mandatário foi do silêncio —chegou até a evitar seus apoiadores no Palácio da Alvorada por dois dias— à verborragia de costume para tentar mobilizar a base mais radical. Auxiliares do presidente reclamam que não há um comando na defesa de Bolsonaro e, assim, o governo age a reboque dos acontecimentos. Muitas vezes, de maneira atabalhoada.

Foi o que aconteceu, por exemplo, na noite de 23 de junho, quando o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) levou um dos investigados pela CPI, Elcio Franco, assessor especial da Casa Civil e ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, para dar uma resposta às denúncias de Luis Miranda e de Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde e irmão do deputado.

Eles trouxeram à tona supostas irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Onyx não esclareceu pontos nebulosos da acusação, como o que Bolsonaro fez ao tomar conhecimento do que os dois apresentaram a ele. Em vez de expressar preocupação do governo em desvendar o que foi relatado pelos irmãos Miranda, o ministro foi para o ataque e anunciou que a Polícia Federal iria investigá-los.

Uma primeira explicação do que Bolsonaro teria feito diante do que os Miranda contaram só veio no dia seguinte, quando senadores governistas da CPI disseram que o presidente levou os relatos ao general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde.

Cinco dias depois das ameaças feitas por Onyx, Bolsonaro procurou afastar de si a responsabilidade, adotando um discurso semelhante ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na época do escândalo do mensalão, quando o petista alegava não saber dos desvios em seu governo.

“Ele [o deputado Luis Miranda] que apresentou [informações sobre a compra da vacina], eu nem sabia como é que estavam as tratativas da Covaxin porque são 22 ministérios. Só o ministério do Rogério Marinho [Desenvolvimento Regional] tem mais de 20 mil obras. [O Ministério da Infraestrutura], do Tarcísio [de Freitas] não sei, deve ter algumas dezenas, centenas de obras.”

“Não tenho como saber. O da Damares [Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos], o da Justiça, o da Educação. Não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministro, e nada fizemos de errado”, disse Bolsonaro a apoiadores na manhã de 28 de junho.

Apenas na tarde de 29 de junho, o governo decidiu suspender o contrato com a Precisa Medicamentos para obter 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. “Por orientação da Controladoria-Geral da União, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas”, afirmou naquele dia o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Na sexta-feira (2), a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para apurar o suposto crime de Bolsonaro por prevaricação no caso Covaxin. A ministra Rosa Weber determinou a abertura do inquérito, afirmando, entre outros pontos, que a manifestação da PGR “permite concluir que a conduta eventualmente criminosa atribuída ao chefe de Estado teria sido por ele perpetrada no atual desempenho do ofício presidencial”.

Autor da acusação de que integrante do Ministério da Saúde pediu propina de US$ 1 por dose de vacina, Luiz Paulo Dominguetti Pereira deu um tumultuado depoimento à CPI na quinta-feira (1º) e confirmou o que havia dito na entrevista.

No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia, driblando pedido da PGR.

O turbilhão de acontecimentos atingiu Bolsonaro em seu ponto mais sensível, as redes sociais. O entorno do presidente detectou que, de fácil compreensão, o caso da propina de US$ 1 colou no governo. De acordo com estudo do Banco Modalmais e da AP Exata, empresa de análise de dados, a crise no Ministério da Saúde derrubou a confiança no presidente aos níveis mais baixos do mandato.

Durante a semana houve momentos em que apenas 9% dos posts que mencionavam Bolsonaro despertavam confiança, segundo a análise. O estudo apontou que a perda de credibilidade teve reflexo também em grupos de direita, que estranharam a inação do presidente em relação às denúncias de corrupção que se abateram sobre o governo.

Foi esta percepção, por exemplo, que levou a uma nova investida da militância em antigas estratégias, como a reprodução massiva de narrativas favoráveis ao governo durante a madrugada, de forma a tentar pautar as redes já no início do dia, diz a análise. Também levou Bolsonaro a quebrar o silêncio e voltar a radicalizar o discurso. Ele voltou a levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. Outro alvo dos ataques presidenciais são os senadores que integram a CPI.

Aliados do presidente temem que as agressões tenham reflexo em ambientes como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, que em breve irá se debruçar sobre a indicação de Bolsonaro para a vaga que o ministro Marco Aurélio deixará no STF no próximo dia 12, quando vai se aposentar.

O nome preferido da família Bolsonaro, o atual advogado-geral da União, André Mendonça, já conta naturalmente com alta rejeição no Senado. Ele vinha trabalhando para reduzi-la, mas a intempestividade do chefe e o desgaste da CPI tende a atrapalhá-lo. Alguns dos alvos mais frequentes de Bolsonaro, como o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), são titulares da CCJ, responsável por sabatinar o indicado e aprová-lo ou não.

As próximas semanas devem gerar mais desgaste ao governo, com a manutenção das suspeitas de corrupção no debate público, dizem aliados do presidente. Além disso, há pressão para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorize a prorrogação da CPI.

3 de jul. de 2021

Câmeras de segurança registram assalto em franquia de empresa de bebidas em Ipirá

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Câmeras de segurança registraram um assalto na noite de sexta-feira (2) em uma franquia de empresa de bebidas em Ipirá, município a cerca de 162 km de Serrinha. Ninguém ficou ferido.

Imagens de câmeras de segurança mostram toda a ação na franquia, que é da Ambev. Por volta das 19h, uma dupla armada chegou ao local em um carro, estacionou e entrou na empresa.

Em seguida, as imagens mostram quando a dupla vai até uma sala onde estavam o gerente da franquia e um conferente financeiro. Os suspeitos renderam os funcionários e começaram a recolher os aparelhos celulares das vítimas e levaram R$ 35 mil do estabelecimento.

Os representantes do local preferiram não se posicionar sobre o caso, mas destacou que apesar do susto, todos estão bem.

2 de jul. de 2021

Lista com vacinas vencidas inclui mais de 1,2 mil pessoas em 84 cidades baianas

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Oitenta e quatro cidades baianas constam na lista dos locais que vacinaram lotes da AstraZeneca, na primeira dose, fora do prazo de validade. No total, 1.217 pessoas no estado vão precisar voltar às unidades de saúde para iniciar a imunização. Em reportagem desta sexta-feira (2), a Folha de São Paulo informou que pelo menos 26 mil doses do imunizante foram aplicadas no país em tempo superior à validade.

Segundo a reportagem, Salvador foi a quinta em número de imunizados com lotes fora do prazo validade, com 824 pessoas na condição. A Secretaria Municipal da Saúde de Salvador no entanto, nega e afirma que a capital baiana não registra ocorrência de aplicação de doses vencidas. O lote com 70% das doses vencidas foi o 4120Z005 com prazo limite de 14 de abril. Os outros lotes com o problema tem o número e a validade abaixo:
 
4120Z001 -29.mar
4120Z004 -13.abr
CTMAV501-30.abr
CTMAV505 -31.mai
CTMAV506 -31.mai
CTMAV520 - 31.mai
4120Z025 - 4.jun

A recomendação é que a pessoa que recebeu a vacina com os lotes citados volte de novo ao posto de saúde e peça nova aplicação. Para isso, é preciso esperar até 28 dias da data em que tomou a dose errada. Em 38 cidades do estado, apenas uma pessoa foi vacinada irregularmente. Veja abaixo a lista com as cidades e a quantidade de pessoas que tomou a dose vencida no mesmo município:

Salvador     824
Itabuna    78
Vitória da Conquista    76
Barreiras    24
Candeias     19
Camaçari    15
Andorinha    9
Licínio de Almeida    8
Muritiba    8
São Francisco do Conde    8
Feira de Santana    7
Iramaia    6
Itarantim     6
Riachão das Neves    6
Juazeiro    5
São Sebastião do Passé    5
Camacã    4
Capela do Alto Alegre    4
Conceição do Jacuípe    4
Itagi    4
Itaparica    4
Anagé    3
Casa Nova     3
Igrapiúna    3
Lauro de Freitas    3
São Domingos     3
Senhor do Bonfim    3
Banzaê    2
Barra do Rocha    2
Bonito    2
Cândido Sales    2
Glória     2
Ibirataia    2
Irecê    2
Itapebi    2
Itapetinga    2
Jiquiriçá    2
João Dourado    2
Nova Canaã    2
Nova Soure    2
Piraí do Norte    2
Ponto Novo    2
Rui Barbosa    2
Seabra    2
Uauá    2
Aramari    1
Boa Nova     1
Boquira    1
Caém    1
Caetanos    1
Canápolis    1
Capim Grosso    1
Catu    1
Coração de Maria    1
Iaçu     1
Ibicuí    1
Ibirapitanga    1
Ibirapuã    1
Ibititá    1
Ichu    1
Ipecaetá    1
Itatim    1
Itororó    1
Ituaçu    1
Jaguaquara     1
Jequié    1
Jeremoabo    1
Luís Eduardo Magalhães    1
Malhada de Pedras    1
Nova Ibiá    1
Paulo Afonso    1
Pedrão    1
Pedro Alexandre    1
Porto Seguro    1
Santa Cruz Cabrália    1
Santo Antônio de Jesus    1
Santo Estêvão    1
Sento Sé    1
Serra Preta    1
Simões Filho    1
Teixeira de Freitas    1
Terra Nova    1
Valença    1
Wanderley    1

Acidente entre carro e veículo funerário deixa um morto na BA-052, em Anguera

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um acidente na manhã desta sexta-feira, 2, entre um carro de passeio e um veículo funerário, deixou uma pessoa na BA-052, em trecho que pertence ao município de Anguera, distante a 106 km de Serrinha, no centro-norte do estado.

Informações preliminares apontaram que a vítima teria ficado presa entre as ferragens do carro. No entanto, até o momento, não houve mais informações sobre a identidade da pessoa que morreu e nem qual veículo ela estava.

O Batalhão de Polícia Rodoviária da Polícia Militar (PM-BA) também não soube dar mais detalhes a respeito das circunstâncias da batida ou se houveram outros feridos.

Em decorrência da gravidade do acidente, a rodovia precisou ser interditada para que pudesse ser realizada a remoção dos veículos. Ambos os automóveis ficaram completamente destruídos após a batida.

O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para prestar atendimento aos envolvidos. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) também foi chamado, para fazer a perícia no local.



Suspeito de matar primo a pedradas após briga é preso em Euclides da Cunha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um rapaz suspeito de matar o primo, foi preso nesta quinta-feira (1º), na cidade de Euclides da Cunha, no Semiárido Nordeste II. O crime ocorreu em maio deste ano, equipes da 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) também apreenderam um outro suspeito.

De acordo o coordenador da 25ª Coorpin/Euclides, delegado Paulo Jason Mello, Gilberto da Mota Silva foi morto a pedradas depois de uma discussão. "O crime causou grande comoção e repercussão, dada a futilidade e as circunstâncias em que foi cometido, tendo em vista que os autores e a vítima bebiam juntos momentos antes", disse

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), os mandados foram cumpridos na sede da Coordenadoria, onde a dupla permanece à disposição da Vara Criminal. As diligências contaram com o apoio de policiais militares.

Secretário de Educação reforça expectativa de retorno de atividades presenciais ainda em julho

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues reforça a possibilidade, já antecipada pelo governador Rui Costa, de que as atividades presenciais na rede estadual de ensino sejam retomadas ainda em julho. De acordo com o secretário, a intenção é dar início ao ensino híbrido, com a presença dos estudantes em partes da semana e com a continuação de atividades remotas.

"O próprio está com a previsão de, caso os números continuem caindo, ainda em julho quer voltar semipresencial, aquele modelo intermediário, misto. Três dias em casa, três dias na escola. Tempo em casa, tempo em escola. Mas tudo depende desses números dos próximos dias", explicou Rodrigues durante o ato em celebração ao Dois de Julho, nesta sexta-feira (2). Segundo ele, ainda não dá para retomar "a normalidade no conceito do passado". "A intenção nossa, o governador já está anunciando isso, é que, se os números continuarem caindo como estão, a nossa tendência é retornar. Mas ainda é muito prudência. Nós não temos esses dados ainda. A expectativa é que a gente aguarde", aponta.

Conforme o secretário, o governo espera o resultado dos festejos juninos nos números da pandemia para delimitar os próximos passos com relação à educação. "Nós já temos uma taxa de ocupação de leitos próxima daquilo que o governador anuncia. Vamos aguardar para ver se na próxima semana a gente tem um resultado que é efeito dos 10 dias de São João. É justamente quando se vence, se tiver de acontecer, deverá ser explicitado nos próximos dias. Aguardando isso, a gente já tem um planejamento", completou.

Rodrigues ainda reforçou a necessidade de engajar toda a comunidade escolar para lidar com os novos modelos que devem ser adotados, seja na forma híbrida ou na retomada 100% presencial, que ainda deve demorar a acontecer. "Temos que engajar, chamar os professores e os servidores para fazer uma preparação, fazer uma formação para que o retorno aconteça de uma maneira equilibrada".

Apesar da previsão do secretário de Educação, os professores da rede estadual de ensino têm mantido uma postura resistente ao reinício das aulas, ainda que em formato híbrido. Na última quarta (30), o diretor-geral da APLB Sindicato, Rui Oliveira, revelou que a intenção do governo deverá encontrar alguma dificuldade para ser concretizada.

De acordo com Oliveira, uma pesquisa interna realizada pela própria APLB consultou 13 mil profissionais em todo o território baiano. Destes, 97% decidiram que só retornarão as aulas presenciais após concluírem o calendário vacinal com a aplicação da segunda dose.

Rosa Weber, do STF, determina abertura de inquérito para investigar Bolsonaro no caso Covaxin

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A ministra Rosa Weber, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar se ele cometeu o crime de prevaricação ao ignorar denúncias de irregularidades acerca das negociações para compra da vacina Covaxin. A magistrada também autorizou que a Polícia Federal colha depoimento do chefe do Executivo.

A magistrada atendeu pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para investigar o caso. A solicitação da Procuradoria, porém, só foi feita após pressão de Rosa Weber. Isso porque, inicialmente a PGR havia pedido para aguardar o fim da CPI da Covid para se manifestar sobre a necessidade ou não de investigar a atuação do chefe do Executivo neste caso. A ministra, que é relatora do caso, porém, rejeitou a solicitação e mandou a PGR se manifestar novamente sobre o caso.

Em uma decisão com duras críticas à PGR, a magistrada afirmou que a Constituição não prevê que o Ministério Público deve esperar os trabalhos de comissão parlamentar de inquérito para apurar eventuais delitos. “Não há no texto constitucional ou na legislação de regência qualquer disposição prevendo a suspensão temporária de procedimentos investigatórios correlatos ao objeto da CPI”, disse. Segundo a ministra, "no desenho das atribuições do Ministério Público, não se vislumbra o papel de espectador das ações dos Poderes da República".

A suspeita sobre a compra de vacinas veio à tona em torno da compra da vacina indiana Covaxin, quando a Folha revelou no último dia 18 o teor do depoimento sigiloso do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal, que relatou pressão "atípica" para liberar a importação da Covaxin.

Rosa também autorizou o depoimento de Luís Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF). Além disso, autorizou que a PF e a PGR busquem informações junto à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República no Distrito Federal e àCPI da Covid sobre as negociações relativas à Covaxin.

1 de jul. de 2021

Falso médico é denunciado por exercício ilegal da medicina em Euclides da Cunha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um jovem, suspeito de exercer de forma ilegal a profissão de médico no município baiano de Euclides da Cunha, foi conduzido à delegacia local nesta quarta-feira, 30, para prestar esclarecimentos. Os moradores do local começaram a desconfiar das condutas irregulares do suspeito durante os atendimentos. Com isso, foi feita uma notícia crime e, posteriormente, a equipe da Polícia Civil fez uma diligência na unidade, na qual pegou o homem realizando atendimentos.

De acordo com o site Portal Euclidense, o suspeito utilizava o carimbo de outro médico, que afirmava ser seu amigo. Na ocasião, o verdeiro médico chegou ao local no momento do flagrante. O suposto falso médico não apresentou documentos pessoais. Ainda conforme o veículo, ambos foram conduzidos para a delegacia. O Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindmed - BA) e o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb - BA) alegaram não ter conhecimento sobre o caso.

Já a Polícia Civil informou que os dois homens foram à DT após denúncia de que o nome do carimbo não era o mesmo que estava no jaleco da pessoa que realizava o atendimento no hospital. Contudo, foi constatado que tratava-se de um estagiário, que conforme a equipe policial, "estava atendendo sob a supervisão do médico". "As partes resolveram não prosseguir com a denúncia e a ocorrência foi concluída", pontuou.

Queiroga estuda liberar eventos em todo o Brasil

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta semana que o governo federal estuda criar um protocolo nacional para permitir a liberação de eventos em todo o território nacional.

“Esse é um ramo muito importante para nossa economia e que precisa ser reativado fortemente agora que podemos vislumbrar um controle da pandemia da Covid-19, sobretudo com o avanço da nossa campanha de vacinação”, disse Queiroga após reunião com o presidente da Associação Brasileira de Promotores de Eventos (Abrape), Doreni Caramori Júnior.

A associação sugere a realização de eventos testes e a definição de regras sanitárias para receber o público em espaços. Em vídeo divulgado nesta quarta-feira (30) pelo deputado Felipe Carreras (PSB-PE), presidente da Frente da Cultura e Entretenimento, o ministro aparece afirmando que analisa o retorno.

“Recebi aqui uma proposta do presidente [da Abrape], que nós vamos acolher, vamos analisar e vamos construir juntos protocolos nacionais que possam fazer com que nossos eventos aconteçam como aconteciam antes”, disse o ministro.

Homem que tentou matar ex-companheira em Olindina é preso

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Investigado por tentar matar a ex-companheira, em abril de 2020, um homem de 30 anos, teve a prisão preventiva cumprida na Delegacia Territorial (DT) de Crisópolis, nesta quarta-feira (30).

A ordem judicial havia sido expedida pela Comarca de Olindina (a 103 quilômetros de Serrinha), com base nas investigações realizadas pela equipe da unidade territorial. Conforme as apurações, ele atacou a mulher com golpes de faca, por não aceitar o término do relacionamento.

Após o cumprimento do mandado, o homem foi submetido ao exame de lesões corporais e está custodiado na DT, à disposição do Poder Judiciário.

Pazuello tentou demitir suspeito de pedir propina em 2020, mas Bolsonaro manteve diretor no cargo

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, pediu a demissão de Roberto Ferreira Dias da Diretoria de Logística do Ministério da Saúde em outubro do ano passado, quando ainda comandava a pasta. Mas, por pressão política, o presidente Jair Bolsonaro teria barrado a exoneração.
 
A informação foi divulgada pela rádio CBN e confirmada pela Folha de S. Paulo com fontes da Saúde. O despacho chegou a ser enviado para a Casa Civil, mas, de acordo com auxiliares de Bolsonaro na Saúde e no Palácio do Planalto, o ato foi brecado por Bolsonaro depois de o então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), interceder. Procurado, o senador não quis se manifestar.
 
Roberto Dias acabou exonerado na terça-feira (29), depois que a Folha de S.Paulo revelou que o representante de uma vendedora de vacinas afirmou ter recebido dele pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato para compra de imunizante da AstraZeneca. A exoneração de Dias foi publicada no "Diário Oficial da União" de quarta-feira (30).
 
O nome do diretor exonerado já havia sido citado em entrevista à Folha de S.Paulo pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) que, com o irmão Luis Ricardo Miranda, chefe do departamento de importação do Ministério da Saúde, denunciou suspeita de irregularidade no contrato de compra da vacina Covaxin.

Segundo o deputado, Dias era quem dava as cartas na Saúde. "Eu acho assim, nada ali acontece se o Roberto não quiser. Tudo o que aconteceu, inclusive a pressão sobre o meu irmão, é sob a aprovação dele. Sem ele, ninguém faz nada. Isso é uma das únicas certezas que tenho", afirmou o Luis Miranda na entrevista.

Suspeito de estelionato e falsificação de documento público é preso em Alagoinhas

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem suspeito de estelionato e falsificação de documento público foi preso, na quarta-feira (30), em Alagoinhas, cidade que fica a 120 km de Serrinha. A informação é da Secretaria de Segurança Púbica (SSP-BA). De acordo com a SSP-BA, o homem também responderá por porte ilegal de arma e falsidade ideológica.

Na ocasião, foram apreendidos uma arma de fabricação caseira, 15 munições de calibre 38, um dispositivo para confeccionar arma artesanal e documentos em nome de terceiros com a foto do criminoso, como três Carteiras Nacional de Habilitação (CNH), três RGs, dois cartões de crédito, documentos de uma motocicleta e notas de compras e três máquinas de cartão de crédito.

Por meio da SSP-BA, comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar (BPM), major Antônio Roque Ávila dos Anjos, informou que recebeu denúncias de tráfico de drogas, em uma residência, na rua Santo Antônio, no bairro de Teresópolis.

Ainda segundo o major, quando a equipe chegou, o suspeito estava na porta de casa e durante abordagem foi encontrada uma arma de fogo. Os policias então pediram autorização do padrasto do suspeito para entrar no imóvel, onde foram encontrados os materiais.

O suspeito e todo o material apreendido foram conduzidos e apresentados à Delegacia Territorial.

Polícia prende suspeitos de chacina que matou garota de 12 anos e mais 3 pessoas em Pindobaçu

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Três homens suspeitos de envolvimento na morte de quatro pessoas, ocorrida em fevereiro deste ano, no povoado de Lajinha, foram presos durante ação da Delegacia Territorial (DT) de Pindobaçu, com o apoio da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) de Senhor do Bonfim.

Os mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, expedidos pela Vara Crime de Pindobaçu, foram cumpridos nas últimas 48 horas. Dois suspeitos foram localizados na cidade de Senhor do Bonfim e o terceiro já estava no Conjunto Penal de Juazeiro.

De acordo com o coordenador da 19ª Coorpin/Senhor do Bonfim, delegado Felipe Néri, as mortes atribuídas aos suspeitos podem ter relação com o tráfico de drogas. Uma garota de 12 anos e três homens foram vítimas da chacina.

Vendedor confirma oferta de propina na CPI

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O empresário e policial militar Luiz Paulo Dominguetti Pereira confirmou nesta quinta-feira, 1, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, que recebeu um pedido de propina de US$ 1 dólar por dose para vender vacinas ao Ministério da Saúde. Ele se apresentou como representante da Davati Medical Supply e disse que esteve três vezes no ministério em nome da companhia. O preço inicial das doses era de US$ 3,50, declarou.

No depoimento, Dominguetti declarou ter recebido o pedido de propina no dia 25 de janeiro por Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de Logística em Saúde do ministério. Dias foi exonerado nesta quarta-feira, 30, do cargo após ser acusado de pedir propina na negociação. "Ele sempre pôs o entrave no sentido que, se não majorasse a vacina, não teria aquisição do Ministério da Saúde. Ele disse que a pasta dele tinha orçamento que poderia comprar a vacina."

Durante o depoimento, ele declarou que teve aval do representante oficial da Davati no Brasil, Cristiano Alberto Carvalho, para representar a empresa na negociação com o Ministério da Saúde. Como policial militar, declarou que atuou na função para ter uma complementação de renda. A versão confirma a nota da empresa enviada ao Estadão/Broadcast na manhã de hoje. A Davati afirmou que Dominguetti intermediou a relação da companhia com o governo federal na posição de "vendedor autônomo".

Na CPI, ele ressaltou que não poderia interferir no preço da oferta diante da oferta de propina. "Não tem como eu chegar e aceitar qualquer coisa, embora seja imoral também, porque eu teria que tirar do meu bolso para pagar", disse. A primeira ponte de negociação foi feita por meio de Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde, que teria apresentado o representante a Roberto Ferreira Dias, de acordo com o depoimento.