A decisão foi tomada pela filha da aposentada Martina Ribeiro Ramos, de 62 anos, por conta da demora na transferência da paciente para que o procedimento pudesse ser feito na rede pública.
"Todo dia a gente ia [no hospital] e diziam pra gente aguardar. A única posição que as pessoas tinham era essa, pra gente aguardar", conta Joseane Ribeiro Ramos, filha de dona Martina.
Ela e os familiares pagaram, no total, R$ 4 mil pela cirurgia. Uma parte foi dada em dinheiro, conseguido através do empréstimo, e outra parte foi colocada no cartão de crédito.
Dona Martina sentia fortes dores na barriga há pelo menos duas semanas. Ela procurou o Hospital ACM para saber do que se tratava e, após exames feitos na unidade, descobriu que tem pedra na vesícula. Os médicos disseram que a operação tinha que ser feita com urgência.
"A gente não podia esperar minha mãe sentir dores de novo. Tomamos empréstimo pra fazer a cirurgia dela. Nos endividamos, mas, graças a Deus, agora ela está bem", disse Joseane.
O caso de dona Martina não é isolado. No mesmo hospital, outra idosa aguarda regulação para fazer uma cirurgia por conta do fêmur quebrado. A família de Maria da Conceição, de 86 anos, no entanto, não tem como fazer um empréstimo para resolver a situação dela.
A idosa fraturou o osso após uma queda dentro de casa. Internada há mais de um mês, ela espera a transferência para outra unidade acompanhada da sobrinha Edna Ferreira de Freitas.
Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) informou que dona Maria da Conceição aguarda um leito especializado para ser transferida.
