Redação Portal Clériston Silva PCS

Em assembléia realizada na manhã desta terça-feira (12), em frente à Assembléia Legislativa da Bahia, no Centro Administrativo, em Salvador, os professores da rede estadual de ensino decidiram pela manutenção da greve da categoria, que chega ao 63º dia.
"O governo não apresentou a contraproposta para o que foi apresentado há uma semana. Nós pedimos 22,22%, a ser repassado já durante este ano, mas o governo quer repassar o valor em parcelas até o próximo ano, além de não contemplar professores aposentados e em estado probatório, por exemplo", explica Marilene Betros, coordenadora do sindicato da categoria.
Ainda segundo as informações dos sindicalistas, "até agora não houve uma negociação direta entre sindicato e governo. Queremos uma linha direta de negociação com o governo, e não por intermédio de outros órgãos, como a Secretaria de Administração", acrescenta a coordenadora.
Durante a assembléia, além de decidir pela manutenção do movimento, a categoria confeccionou um documento, que deverá ser protocolado junto à Governadoria, com as reivindicações dos professores. "Nós queremos negociar diretamente com o governador, vamos buscar isso", pontua Betros.
Ano letivo ameaçado - A Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC) lamenta a decisão da assembléia dos professores, nesta terça-feira, que manteve a greve e, com essa decisão, deixa os estudantes da rede pública sem aulas há 63 dias, ameaçando o ano letivo. “Esta decisão aumenta ainda mais o prejuízo dos estudantes, principalmente os dos 3º ano do ensino médio, que farão este ano a prova do Enem e de vestibulares”, ressalta o secretário da Educação Osvaldo Barreto.