Atual presidente da entidade, Eures terá mais dois anos à frente da UPB. A chapa, que tem o prefeito de Juazeiro, Paulo Bonfim, como vice-presidente Institucional, e Antonio Silva Neto, prefeito de Araci, como vice-prefeito administrativo, comandará a entidade no biênio 2019-2020.
Dos 387 municípios filiados à UPB, apenas aqueles com obrigações contributivas estavam aptos a votar. Já eleito, Eures falou sobre a crise financeira enfrentada por diversos municípios baianos e quais são os seus planos para os próximos dois anos.
"Estamos numa crise financeira e econômica, e o grande problema dos municípios é o recurso. A concentração da maioria dos recursos está nos estados e na União, e menos nos municípios. Só que as maiores obrigações estão nos municípios. Lutamos no primeiro biênio e vamos lutar mais ainda", explicou.
Eures afirmou ainda que conseguiu avançar, mas ainda há muita coisa a fazer: "São muitas lutas para conquistar em prol de aumentar a receita dos municípios, para permitir que os prefeitos possam agir mais em prol da saúde, da educação e da infraestrutura básica dos municípios", disse ele.
O reeleito falou ainda sobre o fim do ano passado, quando a própria UPB divulgou que mais de 70% dos municípios baianos teria que demitir servidores para tentar fechar as contas no azul,
"Nós continuamos com o mesmo índice. Foi aprovado um projeto de lei que só fez alguns ajustes em carga tributária, mas continua o índice de 54% (de gastos com pessoal). Os municípios têm que manter o índice de 54%. Só que, quando cai a receita, é difícil manter o índice. Por isso, geralmente no final do ano, alguns prefeitos fazem as demissões. A UPB sempre orienta os municípios a cumprir o índice de 54%, para que nossos gestores não sejam penalizados pelo Tribunal de Contas", relata.
A cerimônia de posse de Eures Ribeiro está prevista para logo depois da eleição e contará com a presença do governador Rui Costa, dos senadores da Bahia e diversas autoridades do estado.
Em seu discurso, o gestor falou sobre suas principais vitórias conquistadas nos dois anos de gestão, como o repasse do transporte escolar, a nova resolução do Tribunal de Contas dos Municípios sobre o cálculo do índice de pessoal, a série de capacitações realizadas no interior do estado e o auxílio financeiro dado aos municípios pela União.
