Redação Portal Cleriston Silva PCS
O Ministério Público estadual solicitou que a Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo dos Campos apresente as contas municipais dos recursos repassados pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e relatório elaborado por nutricionista sobre as necessidades alimentares das crianças e adolescentes no período de quarentena. A solicitação foi realizada em ofício encaminhado hoje, dia 23, pela promotora de Justiça Ítala Maria Braga. Ela estabeleceu prazo de cinco dias para o envio das informações.
No ofício, a promotora de Justiça orientou que a distribuição da merenda escolar seja realizada de forma a evitar aglomerações. Para isso, foi sugerido o agendamento de horários de retirada dos alimentos, com adoção de medidas sanitárias de prevenção e proteção, garantindo a preservação da saúde dos servidores envolvidos e eventuais voluntários.
24 de abr. de 2020
Moro tem áudios de conversas com Bolsonaro, diz jornal
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro dispõe de uma série de mensagens de áudio e de texto trocadas com o presidente Jair Bolsonaro ao longo dos quase 14 meses em que participou do governo, desde que largou a toga e os processos penais da Lava-Jato.
Boa parte das acusações feitas por Moro contra Bolsonaro, que em seu discurso de despedida deixou margem para entendimento de que o presidente cometeu crimes de responsabilidade, está amparada em material que, no limite, pode ser usado como prova documental.
Em seu pronunciamento, Moro apontou indícios de ao menos seis tipos de crimes que podem ter sido cometidos por Bolsonaro no exercício do cargo, de acordo com avaliações de criminalistas ouvidos pela reportagem.
Com a experiência de 22 anos na magistratura federal, é de se esperar que Sergio Moro não faça acusações com base em ilações, mas sim fundamentadas em indícios mínimos que tipifiquem eventuais condutas ilícitas por parte do presidente.
A acusação de que Bolsonaro tentou – e ainda tenta – controlar a Polícia Federal (PF) para ter acesso a investigações sigilosas, inclusive as que tramitam sob segredo no Supremo Tribunal Federal (STF), é considerada uma das mais graves e foi tema de conversas entre os ministros da mais alta Corte, como revelou mais cedo o Valor.
O Planalto já pode estar na mira do inquérito das Fake News que tramita no STF, que chegou à identidade de financiadores de ataques nas redes sociais à oposição a Bolsonaro. *Reportagem publicada originalmente no portal do Jornal Valor Econômico
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro dispõe de uma série de mensagens de áudio e de texto trocadas com o presidente Jair Bolsonaro ao longo dos quase 14 meses em que participou do governo, desde que largou a toga e os processos penais da Lava-Jato.
Boa parte das acusações feitas por Moro contra Bolsonaro, que em seu discurso de despedida deixou margem para entendimento de que o presidente cometeu crimes de responsabilidade, está amparada em material que, no limite, pode ser usado como prova documental.
Em seu pronunciamento, Moro apontou indícios de ao menos seis tipos de crimes que podem ter sido cometidos por Bolsonaro no exercício do cargo, de acordo com avaliações de criminalistas ouvidos pela reportagem.
Com a experiência de 22 anos na magistratura federal, é de se esperar que Sergio Moro não faça acusações com base em ilações, mas sim fundamentadas em indícios mínimos que tipifiquem eventuais condutas ilícitas por parte do presidente.
A acusação de que Bolsonaro tentou – e ainda tenta – controlar a Polícia Federal (PF) para ter acesso a investigações sigilosas, inclusive as que tramitam sob segredo no Supremo Tribunal Federal (STF), é considerada uma das mais graves e foi tema de conversas entre os ministros da mais alta Corte, como revelou mais cedo o Valor.
O Planalto já pode estar na mira do inquérito das Fake News que tramita no STF, que chegou à identidade de financiadores de ataques nas redes sociais à oposição a Bolsonaro. *Reportagem publicada originalmente no portal do Jornal Valor Econômico
Moro exibe troca de mensagens em que Bolsonaro cobra mudança no comando da PF
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro exibiu nesta sexta-feira (24) à TV Globo uma troca de mensagens entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, ocorrida nesta quinta (23), na qual Bolsonaro cobrou mudança no comando da Polícia Federal.
Mais cedo, nesta sexta, ao anunciar que havia decidido deixar o cargo, Moro afirmou que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao decidir demitir o agora ex-diretor-geral da corporação Maurício Valeixo.
Depois, também em pronunciamento, Bolsonaro afirmou que as declarações de Moro eram infundadas e que ele não havia tentado interferir na Polícia Federal.
Após o pronunciamento de Bolsonaro, a TV Globo cobrou de Moro provas de que as declarações tinham fundamento. O ex-ministro mostrou, então, a imagem de uma troca de mensagens entre ele e o presidente, ocorrida nesta quinta.
O contato é identificado por "presidente novíssimo", indicando ser o número mais recente de Bolsonaro. A imagem mostra que o presidente enviou a Moro o link de uma reportagem do site "O Antagonista" segundo a qual a PF está "na cola" de dez a 12 deputados bolsonaristas.
O presidente, então, escreveu: "Mais um motivo para a troca", se referindo à mudança na direção da Polícia Federal.
Sergio Moro respondeu ao presidente explicando que a investigação não tinha sido pedida pelo então diretor da PF, Maurício Valeixo. Moro enviou a mensagem: "Esse inquérito é conduzido pelo ministro Alexandre, no STF", se referindo ao ministro Alexandre de Moraes
Moro prossegue: "Diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas". E finaliza: "Conversamos em seguida, às 0900", referindo-se ao encontro que os dois teriam.
Indicação para o Supremo - O Jornal Nacional também cobrou de Sergio Moro provas de que ele não havia condicionado a troca no comando da Polícia Federal à sua indicação para o Supremo Tribunal Federal, uma acusação feita pelo presidente Bolsonaro no pronunciamento.
O ex-ministro mostrou ao JN a imagem de uma troca de mensagens com a deputada federal Carla Zambelli (PSL), aliada de primeira hora de Bolsonaro. Ela, inclusive, estava nesta sexta ao lado do presidente durante o pronunciamento.
A deputada Carla Zambelli afirmou que não vai comentar a troca de mensagens. Na troca de mensagens, Carla Zambelli diz: "Por favor, ministro, aceite o Ramage", numa referência a Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem é um dos candidatos de Jair Bolsonaro para a Direção-Geral da Polícia Federal.
Parte da deputada a proposta para que Sergio Moro aceite a mudança na PF em troca da nomeação dele para o Supremo Tribunal Federal. "E vá em setembro pro STF", enviou a deputada. "Eu me comprometo a ajudar", acrescentou. "A fazer JB prometer", completou. Sergio Moro, então, rechaça a proposta: "Prezada, não estou à venda".
Carla Zambelli, então, continua a argumentar: "Ministro, por favor, milhões de brasileiros vão se desfazer". Em seguida, ela responde à mensagem de Moro de que não estaria à venda. "Eu sei", diz. "Por Deus, eu sei", acrescenta.
"Se existe alguém que não está à verba é o senhor". A palavra "verba", neste caso, parece ser "venda", com erro de digitação.
Moro finaliza a conversa dizendo: "Vamos aguardar, já há pessoas conversando lá". Segundo o ex-ministro, era uma referência à tentativa de aliados de convencer o presidente a mudar de ideia. (Fonte G1)
O ex-ministro da Justiça Sergio Moro exibiu nesta sexta-feira (24) à TV Globo uma troca de mensagens entre ele e o presidente Jair Bolsonaro, ocorrida nesta quinta (23), na qual Bolsonaro cobrou mudança no comando da Polícia Federal.
Mais cedo, nesta sexta, ao anunciar que havia decidido deixar o cargo, Moro afirmou que Bolsonaro tentou interferir politicamente na PF ao decidir demitir o agora ex-diretor-geral da corporação Maurício Valeixo.
Depois, também em pronunciamento, Bolsonaro afirmou que as declarações de Moro eram infundadas e que ele não havia tentado interferir na Polícia Federal.
Após o pronunciamento de Bolsonaro, a TV Globo cobrou de Moro provas de que as declarações tinham fundamento. O ex-ministro mostrou, então, a imagem de uma troca de mensagens entre ele e o presidente, ocorrida nesta quinta.
O contato é identificado por "presidente novíssimo", indicando ser o número mais recente de Bolsonaro. A imagem mostra que o presidente enviou a Moro o link de uma reportagem do site "O Antagonista" segundo a qual a PF está "na cola" de dez a 12 deputados bolsonaristas.
O presidente, então, escreveu: "Mais um motivo para a troca", se referindo à mudança na direção da Polícia Federal.
Sergio Moro respondeu ao presidente explicando que a investigação não tinha sido pedida pelo então diretor da PF, Maurício Valeixo. Moro enviou a mensagem: "Esse inquérito é conduzido pelo ministro Alexandre, no STF", se referindo ao ministro Alexandre de Moraes
Moro prossegue: "Diligências por ele determinadas, quebras por ele determinadas, buscas por ele determinadas". E finaliza: "Conversamos em seguida, às 0900", referindo-se ao encontro que os dois teriam.
Indicação para o Supremo - O Jornal Nacional também cobrou de Sergio Moro provas de que ele não havia condicionado a troca no comando da Polícia Federal à sua indicação para o Supremo Tribunal Federal, uma acusação feita pelo presidente Bolsonaro no pronunciamento.
O ex-ministro mostrou ao JN a imagem de uma troca de mensagens com a deputada federal Carla Zambelli (PSL), aliada de primeira hora de Bolsonaro. Ela, inclusive, estava nesta sexta ao lado do presidente durante o pronunciamento.
A deputada Carla Zambelli afirmou que não vai comentar a troca de mensagens. Na troca de mensagens, Carla Zambelli diz: "Por favor, ministro, aceite o Ramage", numa referência a Alexandre Ramagem, diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ramagem é um dos candidatos de Jair Bolsonaro para a Direção-Geral da Polícia Federal.
Parte da deputada a proposta para que Sergio Moro aceite a mudança na PF em troca da nomeação dele para o Supremo Tribunal Federal. "E vá em setembro pro STF", enviou a deputada. "Eu me comprometo a ajudar", acrescentou. "A fazer JB prometer", completou. Sergio Moro, então, rechaça a proposta: "Prezada, não estou à venda".
Carla Zambelli, então, continua a argumentar: "Ministro, por favor, milhões de brasileiros vão se desfazer". Em seguida, ela responde à mensagem de Moro de que não estaria à venda. "Eu sei", diz. "Por Deus, eu sei", acrescenta.
"Se existe alguém que não está à verba é o senhor". A palavra "verba", neste caso, parece ser "venda", com erro de digitação.
Moro finaliza a conversa dizendo: "Vamos aguardar, já há pessoas conversando lá". Segundo o ex-ministro, era uma referência à tentativa de aliados de convencer o presidente a mudar de ideia. (Fonte G1)
Procurador-geral da República pede ao STF inquérito para investigar acusações de Moro contra Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (24) para abrir um inquérito sobre os fatos narrados e as declarações feitas pelo então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.
Entre as providências, o procurador-geral solicita ao Supremo a oitiva de Sergio Moro em razão da abertura do inquérito. O ministro anunciou um pedido de demissão do cargo na manhã desta sexta, após Jair Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Leite Valeixo.
Caberá a um ministro relator – ainda a ser definido na Corte – dar o aval e abrir a investigação.
A PGR aponta, em tese, crimes de:
- falsidade ideológica;
- coação no curso do processo – uso de violência ou ameaça contra uma pessoa em processo judicial ou administrativo, por interesse próprio;
- advocacia administrativa – promoção de interesse privado na administração pública;
- prevaricação – quando o agente público retarda ou não pratica ato previsto em lei para satisfazer interesse pessoal;
- obstrução de justiça;
- corrupção passiva privilegiada;
- denunciação caluniosa e crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação.
“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, aponta o procurador-geral.
“Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão". (G1)
O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (24) para abrir um inquérito sobre os fatos narrados e as declarações feitas pelo então ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.
Entre as providências, o procurador-geral solicita ao Supremo a oitiva de Sergio Moro em razão da abertura do inquérito. O ministro anunciou um pedido de demissão do cargo na manhã desta sexta, após Jair Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Leite Valeixo.
Caberá a um ministro relator – ainda a ser definido na Corte – dar o aval e abrir a investigação.
A PGR aponta, em tese, crimes de:
- falsidade ideológica;
- coação no curso do processo – uso de violência ou ameaça contra uma pessoa em processo judicial ou administrativo, por interesse próprio;
- advocacia administrativa – promoção de interesse privado na administração pública;
- prevaricação – quando o agente público retarda ou não pratica ato previsto em lei para satisfazer interesse pessoal;
- obstrução de justiça;
- corrupção passiva privilegiada;
- denunciação caluniosa e crimes contra a honra – calúnia, injúria e difamação.
“A dimensão dos episódios narrados revela a declaração de Ministro de Estado de atos que revelariam a prática de ilícitos, imputando a sua prática ao Presidente da República, o que, de outra sorte, poderia caracterizar igualmente o crime de denunciação caluniosa”, aponta o procurador-geral.
“Indica-se, como diligência inicial, a oitiva de Sergio Fernando Moro, a fim de que apresente manifestação detalhada sobre os termos do pronunciamento, com a exibição de documentação idônea que eventualmente possua acerca dos eventos em questão". (G1)
Bolsonaro diz que Moro aceitaria demissão de Valeixo depois de ser indicado para o STF
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no final da tarde desta sexta-feira (24) no qual afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro disse a ele que aceitaria a substituição do diretor-geral da Polícia Federal, mas em novembro, depois de ser indicado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mais cedo, nesta sexta, Sergio Moro anunciou demissão do cargo porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal ao decidir demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo.
"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: 'Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o STF'", declarou. Para Bolsonaro, Moro tem compromisso "com o próprio ego", "consigo próprio" e "não com o Brasil". Antes de fazer o pronunciamento, o presidente da República afirmou em uma rede social que iria restabelecer "a verdade" na fala à imprensa.
"Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa. A outra é conviver com ela, trabalhar com ela. Hoje pela manhã, por coincidência, tomando café com alguns parlamentares eu lhes disse: 'Hoje, vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil'", declarou.
Bolsonaro fez a manifestação no Palácio do Planalto, de pé, acompanhado de ministros do governo. "Hoje, essa pessoa vai buscar essa maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro. Isso aconteceu há poucas horas", disse, em referência a Moro. Bolsonaro disse que pedia a Moro um relatório diário sobre atividades da Polícia Federal, a fim de poder tomar decisões.
"Sempre falei para ele: 'Moro, não tenho informações da PF. Eu tenho que ter, todo dia, um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas 24 horas, para poder decidir o futuro da nação'. Nunca pedi a ele o andamento de qualquer processo, até porque a inteligência, com ele, perdeu espaço na Justiça, quase que implorando informações. E assim eu sempre cobrei informações dos demais órgãos de inteligência do governo, como a Abin, que tem à frente um delegado da PF", declarou.
Ele afirmou que não precisa de autorização para trocar qualquer ocupante de cargo no Executivo. "Falava-se em interferência minha na PF. Oras bolas, se posso trocar ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmida hierárquica do Poder Executivo", declarou.
Segundo o presidente, a Polícia Federal se preocupou mais em identificar os autores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) que investigar o atentado que ele, Bolsonaro, sofreu durante a campanha eleitoral.
"A PF mais se preocupou com a Marielle do que com o seu chefe supremo. Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber – entendo senhor ex-ministro, entre o meu caso e o da Marielle, o meu está muito menos difícil de se solucionar", afirmou. "Acredito que a vida do presidente da Republica tem significado. Isso é interferir na Polícia Federal?", complementou.
Sobre a acusação de Moro de que pediu para trocar o diretor-geral da PF para ter acesso a investigações e inquéritos, Bolsonaro negou. "Nunca pedi para ele para que a PF me blindasse onde quer que fosse", disse.
Em um trecho do pronunciamento, Bolsonaro reforçou que a indicação do diretor-geral da PF cabe a ele e que, se um dia ele se "submeter a qualquer subordinado", deixará de ser presidente. "Eu interajo com os homens da inteligência das Forças Armadas se preciso for, interajo com a Abin, interajo com qualquer um do governo. Sempre procuro o ministro, mas, numa necessidade, falo diretamente com o primeiro escalão daquele ministro", destacou.
Bolsonaro disse ainda não ter "mágoa" de Moro, mas ressaltou que, aos deputados, disse que eles iriam saber quem não o quer "na cadeira presidencial". O presidente afirmou também que, se Moro gostaria de ter "independência e autoridade", deveria ser candidato. "Eu não posso conviver ou fica difícil a convivência com uma pessoa que pensa bastante diferente de você", acrescentou
O presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento no final da tarde desta sexta-feira (24) no qual afirmou que o ex-ministro da Justiça e Segurança, Sergio Moro disse a ele que aceitaria a substituição do diretor-geral da Polícia Federal, mas em novembro, depois de ser indicado para uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Mais cedo, nesta sexta, Sergio Moro anunciou demissão do cargo porque, segundo o ex-ministro, Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal ao decidir demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo.
"Mais de uma vez, o senhor Sergio Moro disse para mim: 'Você pode trocar o Valeixo sim, mas em novembro, depois que o senhor me indicar para o STF'", declarou. Para Bolsonaro, Moro tem compromisso "com o próprio ego", "consigo próprio" e "não com o Brasil". Antes de fazer o pronunciamento, o presidente da República afirmou em uma rede social que iria restabelecer "a verdade" na fala à imprensa.
"Sabia que não seria fácil. Uma coisa é você admirar uma pessoa. A outra é conviver com ela, trabalhar com ela. Hoje pela manhã, por coincidência, tomando café com alguns parlamentares eu lhes disse: 'Hoje, vocês conhecerão aquela pessoa que tem compromisso consigo próprio, com seu ego e não com o Brasil'", declarou.
Bolsonaro fez a manifestação no Palácio do Planalto, de pé, acompanhado de ministros do governo. "Hoje, essa pessoa vai buscar essa maneira de botar uma cunha entre eu e o povo brasileiro. Isso aconteceu há poucas horas", disse, em referência a Moro. Bolsonaro disse que pedia a Moro um relatório diário sobre atividades da Polícia Federal, a fim de poder tomar decisões.
"Sempre falei para ele: 'Moro, não tenho informações da PF. Eu tenho que ter, todo dia, um relatório do que aconteceu, em especial nas últimas 24 horas, para poder decidir o futuro da nação'. Nunca pedi a ele o andamento de qualquer processo, até porque a inteligência, com ele, perdeu espaço na Justiça, quase que implorando informações. E assim eu sempre cobrei informações dos demais órgãos de inteligência do governo, como a Abin, que tem à frente um delegado da PF", declarou.
Ele afirmou que não precisa de autorização para trocar qualquer ocupante de cargo no Executivo. "Falava-se em interferência minha na PF. Oras bolas, se posso trocar ministro, por que não posso, de acordo com a lei, trocar o diretor da PF? Não tenho que pedir autorização para ninguém para trocar diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmida hierárquica do Poder Executivo", declarou.
Segundo o presidente, a Polícia Federal se preocupou mais em identificar os autores do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) que investigar o atentado que ele, Bolsonaro, sofreu durante a campanha eleitoral.
"A PF mais se preocupou com a Marielle do que com o seu chefe supremo. Eu acho que todas as pessoas de bem no Brasil querem saber – entendo senhor ex-ministro, entre o meu caso e o da Marielle, o meu está muito menos difícil de se solucionar", afirmou. "Acredito que a vida do presidente da Republica tem significado. Isso é interferir na Polícia Federal?", complementou.
Sobre a acusação de Moro de que pediu para trocar o diretor-geral da PF para ter acesso a investigações e inquéritos, Bolsonaro negou. "Nunca pedi para ele para que a PF me blindasse onde quer que fosse", disse.
Em um trecho do pronunciamento, Bolsonaro reforçou que a indicação do diretor-geral da PF cabe a ele e que, se um dia ele se "submeter a qualquer subordinado", deixará de ser presidente. "Eu interajo com os homens da inteligência das Forças Armadas se preciso for, interajo com a Abin, interajo com qualquer um do governo. Sempre procuro o ministro, mas, numa necessidade, falo diretamente com o primeiro escalão daquele ministro", destacou.
Bolsonaro disse ainda não ter "mágoa" de Moro, mas ressaltou que, aos deputados, disse que eles iriam saber quem não o quer "na cadeira presidencial". O presidente afirmou também que, se Moro gostaria de ter "independência e autoridade", deveria ser candidato. "Eu não posso conviver ou fica difícil a convivência com uma pessoa que pensa bastante diferente de você", acrescentou
Maia convoca reunião para avaliar acusações de Moro contra Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou parlamentares para uma reunião informal na residência oficial para avaliar a gravidade das denúncias feitas ex-ministro da Justiça a respeito do presidente Jair Bolsoanaro. As informações são do UOL.
Os deputados que participarão do encontro julgam que as denúncias do ex-ministro da Justiça, apresentadas no pedido de demissão nesta sexta-feira, 24, são graves e precisam ser investigadas para determinar se há crime de responsabilidade para um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações do UOL, os deputados farão avaliações sobre o cenário político do momento e debaterão se há ou não um crime de responsabilidade. Um dos questionamentos é se Moro testemunharia em uma investigação formal e repetiria que o presidente Jair Bolsonaro pediu informações e relatórios de inteligência da Polícia Federal.
"As consequências desse indício de crime de responsabilidade serão uma pressão enorme pela abertura de um processo de impeachment. O impeachment não é um processo só jurídico. É jurídico e político. Tem que ter crime e condições políticas. Os fatos são graves", disse um parlamentar reservadamente ao UOL.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), convocou parlamentares para uma reunião informal na residência oficial para avaliar a gravidade das denúncias feitas ex-ministro da Justiça a respeito do presidente Jair Bolsoanaro. As informações são do UOL.
Os deputados que participarão do encontro julgam que as denúncias do ex-ministro da Justiça, apresentadas no pedido de demissão nesta sexta-feira, 24, são graves e precisam ser investigadas para determinar se há crime de responsabilidade para um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com informações do UOL, os deputados farão avaliações sobre o cenário político do momento e debaterão se há ou não um crime de responsabilidade. Um dos questionamentos é se Moro testemunharia em uma investigação formal e repetiria que o presidente Jair Bolsonaro pediu informações e relatórios de inteligência da Polícia Federal.
"As consequências desse indício de crime de responsabilidade serão uma pressão enorme pela abertura de um processo de impeachment. O impeachment não é um processo só jurídico. É jurídico e político. Tem que ter crime e condições políticas. Os fatos são graves", disse um parlamentar reservadamente ao UOL.
Saída do ex-ministro Sérgio Moro causa revolta, e Senado cogita impeachment
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo, deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro lamentou ter que reunir jornalistas e servidores do órgão em meio à pandemia do novo coronavírus para anunciar sua saída, mas esta foi “inevitável e não por opção minha”.
Em um pronunciamento de 38 minutos, Moro afirmou que pesou para sua decisão o fato de o governo federal ter decidido exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O decreto de exoneração foi publicado nesta sexta, 24, no Diário Oficial da União. É assinado eletronicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por Moro, e informa que o próprio Valeixo pediu para deixar o comando da corporação.
Na internet, a mobilização é grande não apenas pela saída do, agora, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, mas da suposta exoneração de Maurício Valeixo. A deputada federal Dayane Pimentel postou no twitter: "O discurso do maior símbolo da lava jato, o maior símbolo do combate à corrupção, Ministro Sérgio Moro, foi claro. Bolsonaro é um mentiroso. Traiu a todos e inventou que havia sido traído. Mentira. Rompi com ele por todas as suas incoerências, mentiras e ações p proteger brandidos", disse.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pediu demissão do cargo, deixando o governo do presidente Jair Bolsonaro após quase 16 meses à frente da pasta. Ao anunciar sua decisão, Moro lamentou ter que reunir jornalistas e servidores do órgão em meio à pandemia do novo coronavírus para anunciar sua saída, mas esta foi “inevitável e não por opção minha”.
Em um pronunciamento de 38 minutos, Moro afirmou que pesou para sua decisão o fato de o governo federal ter decidido exonerar o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Valeixo. O decreto de exoneração foi publicado nesta sexta, 24, no Diário Oficial da União. É assinado eletronicamente pelo presidente Jair Bolsonaro e por Moro, e informa que o próprio Valeixo pediu para deixar o comando da corporação.
Na internet, a mobilização é grande não apenas pela saída do, agora, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, mas da suposta exoneração de Maurício Valeixo. A deputada federal Dayane Pimentel postou no twitter: "O discurso do maior símbolo da lava jato, o maior símbolo do combate à corrupção, Ministro Sérgio Moro, foi claro. Bolsonaro é um mentiroso. Traiu a todos e inventou que havia sido traído. Mentira. Rompi com ele por todas as suas incoerências, mentiras e ações p proteger brandidos", disse.
Bahia registra mais duas mortes e 117 novos casos de coronavírus; estado se aproxima da marca de dois mil casos
Redação Portal Cleriston Silva PCS
A Bahia registrou, nas últimas horas, mais duas mortes e 117 novos casos de coronavírus, segundo boletim divulgado no início da tarde desta sexta-feira (24) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O número total de pessoas que foram diagnosticadas com a doença em território baiano é de 1.962, dos quais 202 são profissionais de saúde. O total de mortes é de 64.
O 63º óbito ocorreu na última quinta-feira (23), em um hospital público de Salvador. A paciente era uma mulher de 63 anos, com histórico de doença respiratória crônica e doença renal crônica, residente de Catu, mas cuja contaminação ocorreu na capital, tendo em vista que desde março permanecia em Salvador.
A 64ª morte ocorreu na terça-feira (21), também em um hospital público da capital baiana. O exame para coronavírus foi realizado após o óbito e teve o resultado divulgado na última quinta-feira (23). A paciente era uma mulher de 34 anos, residente em Salvador.
Das 64 mortes, 35 ocorreram em Salvador. As demais estão distribuídas entre os municípios de Adustina (1); Água Fria (1); Araci (1); Belmonte (1); Capim Grosso (1); Catu (1); Feira de Santana (1); Gongogi (2); Ilhéus (3); Ipiaú (1); Itabuna (2); Itagibá (1); Itapé (1); Itapetinga (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5), um dos óbitos era residente no Rio de Janeiro; Uruçuca (3); Utinga (1); Vitória da Conquista (1). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 12 horas desta sexta-feira (24).
No momento, 227 pacientes estão internados com coronavírus na Bahia, sendo 68 em UTI. Foram registrados 5.360 casos descartados e 11.036 notificações. Considerando o número de 446 pacientes recuperados e 64 mortes, 1.452 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da COVID-19, o que são chamados de casos ativos.
Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais. Um novo boletim com a descrição detalhada do local de ocorrência dos casos será publicado a partir das 17h de hoje.
A Bahia registrou, nas últimas horas, mais duas mortes e 117 novos casos de coronavírus, segundo boletim divulgado no início da tarde desta sexta-feira (24) pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesab). O número total de pessoas que foram diagnosticadas com a doença em território baiano é de 1.962, dos quais 202 são profissionais de saúde. O total de mortes é de 64.
O 63º óbito ocorreu na última quinta-feira (23), em um hospital público de Salvador. A paciente era uma mulher de 63 anos, com histórico de doença respiratória crônica e doença renal crônica, residente de Catu, mas cuja contaminação ocorreu na capital, tendo em vista que desde março permanecia em Salvador.
A 64ª morte ocorreu na terça-feira (21), também em um hospital público da capital baiana. O exame para coronavírus foi realizado após o óbito e teve o resultado divulgado na última quinta-feira (23). A paciente era uma mulher de 34 anos, residente em Salvador.
Das 64 mortes, 35 ocorreram em Salvador. As demais estão distribuídas entre os municípios de Adustina (1); Água Fria (1); Araci (1); Belmonte (1); Capim Grosso (1); Catu (1); Feira de Santana (1); Gongogi (2); Ilhéus (3); Ipiaú (1); Itabuna (2); Itagibá (1); Itapé (1); Itapetinga (1); Juazeiro (1); Lauro de Freitas (5), um dos óbitos era residente no Rio de Janeiro; Uruçuca (3); Utinga (1); Vitória da Conquista (1). Estes números contabilizam todos os registros de janeiro até as 12 horas desta sexta-feira (24).
No momento, 227 pacientes estão internados com coronavírus na Bahia, sendo 68 em UTI. Foram registrados 5.360 casos descartados e 11.036 notificações. Considerando o número de 446 pacientes recuperados e 64 mortes, 1.452 pessoas permanecem monitoradas pela vigilância epidemiológica e com sintomas da COVID-19, o que são chamados de casos ativos.
Estes dados representam notificações oficiais compiladas pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Bahia (Cievs-BA), em conjunto com os Cievs municipais. Um novo boletim com a descrição detalhada do local de ocorrência dos casos será publicado a partir das 17h de hoje.
Moro reconhece que PT deu autonomia à PF e critica aparelhamento da polícia por Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
No pronunciamento em que anuncia sua saída do ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, Sergio Moro paradoxalmente reconheceu a autonomia possibilitada pelo governo anterior, da ex-presidente Dilma Rousseff, às instituições responsáveis por investigações, como a Polícia Federal, assegurando assim o andamento da Lava Jato.
Ponto importante do pronunciamento foi a acusação de que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao revelar que queria trocar o comando da Polícia Federal para obter informações sigilosas sobre investigações que envolvam sua família.
“Na Lava Jato, eu sempre tive um receio constante de uma intervenção do Executivo na Polícia Federal, como troca de superintendente. Mas isso não aconteceu e foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que os resultados fossem avançados”, afirmou, no início de sua fala, depois de lamentar o episódio de hoje, em meio à pandemia.
Em seguida, ressaltou que houve queda em índices de criminalidade e da corrupção, atribuindo isso à sua atuação, no passado, no comando da Lava Jato, e no governo. “Mudou o patamar de combate à corrupção no Brasil”. Contou então novamente a história do convite de Bolsonaro para que integrasse a equipe.
“Final de 2018 recebi convite do então presidente da República eleito Jair Bolsonaro, como já falei publicamente várias vezes, e fui convidado a ser ministro da Justiça e da Segurança Pública. O que foi conversado com o presidente foi que nós teríamos um compromisso com o combate à corrupção, crime organizado e criminalidade violenta. Foi-me prometido carta branca para nomear todos os assessores desses órgãos e da própria Polícia Federal”, recordou.
Moro então passou a discorrer sobre a interferência de Bolsonaro no comando da PF. “Em todo esse período, tive apoio do presidente Jair Bolsonaro, em outros nem tanto. A partir do segundo semestre do ano passado, passou a haver uma insistência de trocar o comando da Polícia Federal”, relatou.
“Eu respondi que não tinha nenhum problema para trocar, mas disse que preciso de uma causa, como um erro grave. No entanto o que eu vi foi só um trabalho bem feito”, disse. “Não era também uma questão do nome. Tem outros bons nomes para assumir, outros delegados igualmente competentes”, explicou.
Para Moro, “o grande problema seria a violação do acordo de que eu teria carta branca, não haveria uma causa e mostraria uma interferência na Polícia Federal”. Segundo ele, houve também tentativas de troca de outros cargos na Polícia Federal “sem que fosse apresentada uma justificativa aceitável”.
No pronunciamento em que anuncia sua saída do ministério da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, Sergio Moro paradoxalmente reconheceu a autonomia possibilitada pelo governo anterior, da ex-presidente Dilma Rousseff, às instituições responsáveis por investigações, como a Polícia Federal, assegurando assim o andamento da Lava Jato.
Ponto importante do pronunciamento foi a acusação de que Bolsonaro cometeu crime de responsabilidade ao revelar que queria trocar o comando da Polícia Federal para obter informações sigilosas sobre investigações que envolvam sua família.
“Na Lava Jato, eu sempre tive um receio constante de uma intervenção do Executivo na Polícia Federal, como troca de superintendente. Mas isso não aconteceu e foi fundamental a manutenção da autonomia da PF para que os resultados fossem avançados”, afirmou, no início de sua fala, depois de lamentar o episódio de hoje, em meio à pandemia.
Em seguida, ressaltou que houve queda em índices de criminalidade e da corrupção, atribuindo isso à sua atuação, no passado, no comando da Lava Jato, e no governo. “Mudou o patamar de combate à corrupção no Brasil”. Contou então novamente a história do convite de Bolsonaro para que integrasse a equipe.
“Final de 2018 recebi convite do então presidente da República eleito Jair Bolsonaro, como já falei publicamente várias vezes, e fui convidado a ser ministro da Justiça e da Segurança Pública. O que foi conversado com o presidente foi que nós teríamos um compromisso com o combate à corrupção, crime organizado e criminalidade violenta. Foi-me prometido carta branca para nomear todos os assessores desses órgãos e da própria Polícia Federal”, recordou.
Moro então passou a discorrer sobre a interferência de Bolsonaro no comando da PF. “Em todo esse período, tive apoio do presidente Jair Bolsonaro, em outros nem tanto. A partir do segundo semestre do ano passado, passou a haver uma insistência de trocar o comando da Polícia Federal”, relatou.
“Eu respondi que não tinha nenhum problema para trocar, mas disse que preciso de uma causa, como um erro grave. No entanto o que eu vi foi só um trabalho bem feito”, disse. “Não era também uma questão do nome. Tem outros bons nomes para assumir, outros delegados igualmente competentes”, explicou.
Para Moro, “o grande problema seria a violação do acordo de que eu teria carta branca, não haveria uma causa e mostraria uma interferência na Polícia Federal”. Segundo ele, houve também tentativas de troca de outros cargos na Polícia Federal “sem que fosse apresentada uma justificativa aceitável”.
Moro anuncia demissão do Ministério da Justiça e deixa o governo Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou a demissão nesta sexta-feira (24). O ex-juiz federal deixa a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.
A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.
Ao anunciar a demissão, em pronunciamento na manhã desta sexta-feira no Ministério da Justiça, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso.
"Presidente, eu não tenho nenhum problema em troca do diretor, mas eu preciso de uma causa, [como, por exemplo], um erro grave", disse Moro.
Moro disse ainda que o problema não é a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência.
"O grande problema é por que trocar e permitir que seja feita interferência política no âmbito da PF. O presidente me disse que queria colocar uma pessoa dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência. Realmente, não é papel da PF prestar esse tipo de informação", disse Moro.
De acordo com Moro, ele disse para Bolsonaro que a troca de comando na PF seria uma interferência política na corporação. Ele afirmou que Bolsonaro admitiu a interferência. "Falei para o presidente que seria uma interferência política. Ele disse que seria mesmo", revelou Moro.
O agora ex-ministro contou que Bolsonaro vem tentando trocar o comando da PF desde o ano passado. "A partir do segundo semestre [de 2019] passou a haver uma insistência do presidente na troca do comando da PF."
'Não assinei exoneração' - Moro afirmou ainda que não assinou a exoneração de Valeixo, ao contrário do que aparece no "Diário Oficial". "Eu não assinei esse decreto e em nenhum momento o diretor da PF apresentou um pedido oficial de exoneração", disse.
'Carta branca' - Moro também disse que, quando foi convidado por Bolsonaro para o ministério, o presidente lhe deu "carta-branca" para nomear quem quisesse, inclusive para o comando da Polícia Federal.
"Foi me prometido na ocasião carta branca para nomear todos os assessores, inclusive nos órgãos judiciais, como a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal", afirmou o agora ex-ministro.
No anúncio, Moro chegou a se emocionar e a ficar com a voz embargada. Foi quando ele disse que havia pedido ao presidente uma única condição para assumir cargo: que sua família ganhasse uma pensão caso algo de grave lhe acontecesse no exercício da função.
"Tem uma única condição que coloquei. Eu não ia revelar, mas agora isso não faz sentido. Eu disse que, como estava saindo da magistratura, contribuí durante 22 anos, pedi que, se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada", disse Moro.
Demissão do diretor da PF - Moro foi surpreendido com a publicação da exoneração de Valeixo nesta sexta-feira. Fontes ligadas ao ministro disseram que ele não assinou a exoneração, apesar de o nome dele constar, ao lado do nome de Bolsonaro, no ato que oficializou a saída de Valeixo.
Moro foi anunciado como ministro de Bolsonaro em novembro de 2018, logo após a eleição presidencial. O magistrado ganhou notoriedade como juiz de processos da Operação Lava Jato, entre os quais o que condenou o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá.
Na oportunidade, Bolsonaro garantiu autonomia a Moro na escolha de cargos de segundo e terceiro escalão. O ministro teria “carta branca” no combate à corrupção.
"Conversamos por uns 40 minutos e ele [Moro] expôs o que pretende fazer caso seja ministro e eu concordei com 100% do que ele propôs. Ele queria uma liberdade total para combater a corrupção e o crime organizado, e um ministério com poderes para tal", declarou Bolsonaro à época.
"É um ministério importante e, inclusive, ficou bem claro em conversa entre nós que qualquer pessoa que porventura apareça nos noticiários policiais vai ser investigada e não vai sofrer qualquer interferência por parte da minha pessoa", acrescentou Bolsonaro.
Interferências - Após o início do governo, Moro e Bolsonaro tiveram uma relação marcada por episódios de interferência do presidente no ministério. Bolsonaro chegou a dizer que tinha poder de veto nas pastas, pois “quem manda” no governo é ele.
Um dos episódios de interferência ocorreu em fevereiro de 2018, quando Moro, após reclamação de Bolsonaro, revogou a nomeação de Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Cientista política, mestra em estudos de conflito e paz pela Universidade de Uppsala (Suécia) e fundadora do Instituto Igarapé, Ilona Szabó atuou na ONG Viva Rio e foi uma das coordenadoras da campanha nacional de desarmamento.
Bolsonaro é a favor de facilitar o acesso da população a armas e ignorou sugestões feitas pelo ministro da Justiça para o decreto das armas.
Valeixo - A situação da PF também abalou a relação entre Bolsonaro e Moro. O presidente pretendia desde o ano passado tirar Valeixo do comando do órgão.
Delegado de carreira, Valeixo foi superintendente da PF no Paraná e atuou na Lava Jato. A experiência o fez ser escolhido por Moro para chefiar a PF.
A liberdade que Moro teve para escolher Valeixo e superintendentes regionais da PF foi minada aos poucos. Em agosto de 2018, sem o conhecimento da cúpula da Polícia Federal, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente do Rio de Janeiro.
A fala gerou ameaça de entrega de cargos na PF. A troca na superintendência ocorreu, mas Moro e Valeixo continuaram nas suas funções.
Coaf - A relação entre ministro e presidente também foi abalada, segundo o jornal "O Globo", pelo fato de Moro ter pedido ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a revisão de uma decisão que restringiu o compartilhamento de relatórios do Coaf com os ministérios públicos e a Polícia Federal.
O movimento do ministro irritou o presidente Jair Bolsonaro, pois a liminar atendia a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.
Um relatório do Coaf apontou movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A defesa argumentou que dados dessas movimentações foram repassados ao Ministério Público sem a autorização judicial.
No caso do Coaf, a transferência do órgão para o Banco Central levou à queda de um dos principais aliados de Moro na Lava Jato, o auditor Roberto Leonel, demitido do comando da estrutura.
Coronavírus - Com a pandemia do novo coronavírus, Moro e Bolsonaro deram outros sinais de descompasso.
Moro defendeu em falas públicas o isolamento como forma de tentar conter o contágio, mais alinhado ao que dizia o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro, por sua vez, fala em isolar somente idosos e pessoas com doenças crônicas. Ele prega a volta do comércio, a retomada das aulas e reabertura de fronteiras com Uruguai e Paraguai.
Supremo - Visto por analistas políticos como um possível postulante ao Planalto em 2022, desde a escolha para chefia a pasta da Justiça, Moro figurou como um possível indicado por Bolsonaro para as duas vagas no STF que serão abertas com as aposentadorias dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.
Bolsonaro costumava elogiar o perfil de Moro, mas também declarou o desejo de indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para a Corte.
Perfil - Nascido em 1972 em Maringá, no norte do Paraná, Moro ganhou visibilidade como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba – especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.
Ele ficou conhecido nacionalmente por ser o juiz responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Antes da operação, Moro trabalhou no caso Banestado e atuou como auxiliar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, em 2012, no caso do Mensalão do PT.
A Operação Lava Jato, que teve a 1ª fase deflagrada em 17 de março de 2014, começou com a investigação de lavagem de dinheiro em um posto de combustíveis e chegou a um esquema criminoso de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Posteriormente, a ação alcançou outras estatais.
Em mais de quatro anos de Lava Jato, o magistrado sentenciou 46 processos, que condenaram 140 pessoas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Entre os políticos condenados 13ª Vara Federal de Curitiba estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB).
Doleiros, ex-diretores da Petrobras e empresários ligados a grandes empreiteiras do país também já foram condenados por Moro. (G1)
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, anunciou a demissão nesta sexta-feira (24). O ex-juiz federal deixa a pasta após um ano e quatro meses no primeiro escalão do governo do presidente Jair Bolsonaro.
A demissão foi motivada pela decisão de Bolsonaro de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, indicado para o posto pelo agora ex-ministro. A Polícia Federal é vinculada à pasta da Justiça.
Ao anunciar a demissão, em pronunciamento na manhã desta sexta-feira no Ministério da Justiça, Moro afirmou que disse para Bolsonaro que não se opunha à troca de comando na PF, desde que o presidente lhe apresentasse uma razão para isso.
"Presidente, eu não tenho nenhum problema em troca do diretor, mas eu preciso de uma causa, [como, por exemplo], um erro grave", disse Moro.
Moro disse ainda que o problema não é a troca em si, mas o motivo pelo qual Bolsonaro tomou a atitude. Segundo o agora ex-ministro, Bolsonaro quer "colher" informações dentro da PF, como relatórios de inteligência.
"O grande problema é por que trocar e permitir que seja feita interferência política no âmbito da PF. O presidente me disse que queria colocar uma pessoa dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência. Realmente, não é papel da PF prestar esse tipo de informação", disse Moro.
De acordo com Moro, ele disse para Bolsonaro que a troca de comando na PF seria uma interferência política na corporação. Ele afirmou que Bolsonaro admitiu a interferência. "Falei para o presidente que seria uma interferência política. Ele disse que seria mesmo", revelou Moro.
O agora ex-ministro contou que Bolsonaro vem tentando trocar o comando da PF desde o ano passado. "A partir do segundo semestre [de 2019] passou a haver uma insistência do presidente na troca do comando da PF."
'Não assinei exoneração' - Moro afirmou ainda que não assinou a exoneração de Valeixo, ao contrário do que aparece no "Diário Oficial". "Eu não assinei esse decreto e em nenhum momento o diretor da PF apresentou um pedido oficial de exoneração", disse.
'Carta branca' - Moro também disse que, quando foi convidado por Bolsonaro para o ministério, o presidente lhe deu "carta-branca" para nomear quem quisesse, inclusive para o comando da Polícia Federal.
"Foi me prometido na ocasião carta branca para nomear todos os assessores, inclusive nos órgãos judiciais, como a Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal", afirmou o agora ex-ministro.
No anúncio, Moro chegou a se emocionar e a ficar com a voz embargada. Foi quando ele disse que havia pedido ao presidente uma única condição para assumir cargo: que sua família ganhasse uma pensão caso algo de grave lhe acontecesse no exercício da função.
"Tem uma única condição que coloquei. Eu não ia revelar, mas agora isso não faz sentido. Eu disse que, como estava saindo da magistratura, contribuí durante 22 anos, pedi que, se algo me acontecesse, que minha família não ficasse desamparada", disse Moro.
Demissão do diretor da PF - Moro foi surpreendido com a publicação da exoneração de Valeixo nesta sexta-feira. Fontes ligadas ao ministro disseram que ele não assinou a exoneração, apesar de o nome dele constar, ao lado do nome de Bolsonaro, no ato que oficializou a saída de Valeixo.
Moro foi anunciado como ministro de Bolsonaro em novembro de 2018, logo após a eleição presidencial. O magistrado ganhou notoriedade como juiz de processos da Operação Lava Jato, entre os quais o que condenou o ex-presidente Lula no caso do triplex do Guarujá.
Na oportunidade, Bolsonaro garantiu autonomia a Moro na escolha de cargos de segundo e terceiro escalão. O ministro teria “carta branca” no combate à corrupção.
"Conversamos por uns 40 minutos e ele [Moro] expôs o que pretende fazer caso seja ministro e eu concordei com 100% do que ele propôs. Ele queria uma liberdade total para combater a corrupção e o crime organizado, e um ministério com poderes para tal", declarou Bolsonaro à época.
"É um ministério importante e, inclusive, ficou bem claro em conversa entre nós que qualquer pessoa que porventura apareça nos noticiários policiais vai ser investigada e não vai sofrer qualquer interferência por parte da minha pessoa", acrescentou Bolsonaro.
Interferências - Após o início do governo, Moro e Bolsonaro tiveram uma relação marcada por episódios de interferência do presidente no ministério. Bolsonaro chegou a dizer que tinha poder de veto nas pastas, pois “quem manda” no governo é ele.
Um dos episódios de interferência ocorreu em fevereiro de 2018, quando Moro, após reclamação de Bolsonaro, revogou a nomeação de Ilona Szabó para o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Cientista política, mestra em estudos de conflito e paz pela Universidade de Uppsala (Suécia) e fundadora do Instituto Igarapé, Ilona Szabó atuou na ONG Viva Rio e foi uma das coordenadoras da campanha nacional de desarmamento.
Bolsonaro é a favor de facilitar o acesso da população a armas e ignorou sugestões feitas pelo ministro da Justiça para o decreto das armas.
Valeixo - A situação da PF também abalou a relação entre Bolsonaro e Moro. O presidente pretendia desde o ano passado tirar Valeixo do comando do órgão.
Delegado de carreira, Valeixo foi superintendente da PF no Paraná e atuou na Lava Jato. A experiência o fez ser escolhido por Moro para chefiar a PF.
A liberdade que Moro teve para escolher Valeixo e superintendentes regionais da PF foi minada aos poucos. Em agosto de 2018, sem o conhecimento da cúpula da Polícia Federal, Bolsonaro anunciou a troca do superintendente do Rio de Janeiro.
A fala gerou ameaça de entrega de cargos na PF. A troca na superintendência ocorreu, mas Moro e Valeixo continuaram nas suas funções.
Coaf - A relação entre ministro e presidente também foi abalada, segundo o jornal "O Globo", pelo fato de Moro ter pedido ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, a revisão de uma decisão que restringiu o compartilhamento de relatórios do Coaf com os ministérios públicos e a Polícia Federal.
O movimento do ministro irritou o presidente Jair Bolsonaro, pois a liminar atendia a um pedido da defesa do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente.
Um relatório do Coaf apontou movimentações atípicas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. A defesa argumentou que dados dessas movimentações foram repassados ao Ministério Público sem a autorização judicial.
No caso do Coaf, a transferência do órgão para o Banco Central levou à queda de um dos principais aliados de Moro na Lava Jato, o auditor Roberto Leonel, demitido do comando da estrutura.
Coronavírus - Com a pandemia do novo coronavírus, Moro e Bolsonaro deram outros sinais de descompasso.
Moro defendeu em falas públicas o isolamento como forma de tentar conter o contágio, mais alinhado ao que dizia o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
Bolsonaro, por sua vez, fala em isolar somente idosos e pessoas com doenças crônicas. Ele prega a volta do comércio, a retomada das aulas e reabertura de fronteiras com Uruguai e Paraguai.
Supremo - Visto por analistas políticos como um possível postulante ao Planalto em 2022, desde a escolha para chefia a pasta da Justiça, Moro figurou como um possível indicado por Bolsonaro para as duas vagas no STF que serão abertas com as aposentadorias dos ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.
Bolsonaro costumava elogiar o perfil de Moro, mas também declarou o desejo de indicar um ministro "terrivelmente evangélico" para a Corte.
Perfil - Nascido em 1972 em Maringá, no norte do Paraná, Moro ganhou visibilidade como juiz da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba – especializada em crimes financeiros e de lavagem de dinheiro.
Ele ficou conhecido nacionalmente por ser o juiz responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância.
Antes da operação, Moro trabalhou no caso Banestado e atuou como auxiliar da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, em 2012, no caso do Mensalão do PT.
A Operação Lava Jato, que teve a 1ª fase deflagrada em 17 de março de 2014, começou com a investigação de lavagem de dinheiro em um posto de combustíveis e chegou a um esquema criminoso de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Posteriormente, a ação alcançou outras estatais.
Em mais de quatro anos de Lava Jato, o magistrado sentenciou 46 processos, que condenaram 140 pessoas por crimes como corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Entre os políticos condenados 13ª Vara Federal de Curitiba estão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o deputado cassado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB).
Doleiros, ex-diretores da Petrobras e empresários ligados a grandes empreiteiras do país também já foram condenados por Moro. (G1)
Além de Moro, Paulo Guedes entra na linha de tiro de Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
A investida do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao mudar o comando da Polícia Federal, não é a única frente de batalha que pode sinalizar uma profunda mudança do perfil do governo.
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também entrou na linha de tiro do presidente e seu núcleo mais próximo. Guedes foi atropelado por um anúncio de um plano de obras de infraestrutura que irá pressionar os gastos públicos, o Pró-Brasil.
Guedes também tem visto cada dia mais dividido o papel de conselheiro econômico do presidente, até recentemente exclusivo seu. O presidente tem ouvido cada vez mais o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Bolsonaristas também têm comandado ataques ao ministro da Economia nas redes sociais e na imprensa.
Segundo dois assessores próximos ao presidente da República, Bolsonaro gosta de Guedes, mas acredita que a saída para a crise causada pela pandemia do coronavirus é o investimento público, com a entrada pesada do Estado patrocinando a retomada econômica e a geração de empregos. O que a equipe liberal do Ministério da Economia não concorda.
Até pouco tempo atrás, era impensável imaginar o governo Bolsonaro sem dois dos seus pilares fundamentais: os superministros Sergio Moro e o "posto Ipiranga" Paulo Guedes.
Segundo uma importante liderança do Congresso Nacional, Bolsonaro passou o primeiro ano “aprendendo” a ser presidente. Agora, se sentiria confortável para dispensar quem acredita não estar mais de acordo com sua linha de pensamento.
A investida do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, ao mudar o comando da Polícia Federal, não é a única frente de batalha que pode sinalizar uma profunda mudança do perfil do governo.
Nos últimos dias, o ministro da Economia, Paulo Guedes, também entrou na linha de tiro do presidente e seu núcleo mais próximo. Guedes foi atropelado por um anúncio de um plano de obras de infraestrutura que irá pressionar os gastos públicos, o Pró-Brasil.
Guedes também tem visto cada dia mais dividido o papel de conselheiro econômico do presidente, até recentemente exclusivo seu. O presidente tem ouvido cada vez mais o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
Bolsonaristas também têm comandado ataques ao ministro da Economia nas redes sociais e na imprensa.
Segundo dois assessores próximos ao presidente da República, Bolsonaro gosta de Guedes, mas acredita que a saída para a crise causada pela pandemia do coronavirus é o investimento público, com a entrada pesada do Estado patrocinando a retomada econômica e a geração de empregos. O que a equipe liberal do Ministério da Economia não concorda.
Até pouco tempo atrás, era impensável imaginar o governo Bolsonaro sem dois dos seus pilares fundamentais: os superministros Sergio Moro e o "posto Ipiranga" Paulo Guedes.
Segundo uma importante liderança do Congresso Nacional, Bolsonaro passou o primeiro ano “aprendendo” a ser presidente. Agora, se sentiria confortável para dispensar quem acredita não estar mais de acordo com sua linha de pensamento.
Bolsonaro exonera diretor-geral da PF em meio a negociações para permanência de Moro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).
O ministro da Justiça, Sergio Moro, foi alertado por aliados no fim da noite passada de que a saída de Valeixo, escolhido por ele para comandar a PF, poderia ser oficializada no Diário Oficial nesta madrugada enquanto ainda negocia com o Palácio do Planalto sua permanência como ministro.
Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de trocar Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral. Bolsonaro então escalou ministros militares para convencer o ex-juiz da Lava Jato a recuar.
A exoneração de Valeixo saiu “a pedido” com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro. Segundo a Folha apurou, o ministro, no entanto, não assinou a medida formalmente, nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.
Seu nome foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma formalidade do Planalto. Não há substituto no comando da polícia, por ora, nomeado.
Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões que ainda ocorrem nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no governo. Diante desse cenário, crescem as expectativas sobre a saída do ministro ainda nesta sexta.
Uma solução para sua permanência vem sendo discutida pelos ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Segundo assessores presidenciais, uma indicação positiva havia sido dado pelo ministro da Justiça.
Ela havia sinalizado, até a noite passada, portanto antes da demissão de Valeixo ser oficializada, que estava disposto a a aceitar um acordo desde que tenha a palavra final na sucessão na Polícia Federal.
A dúvida agora é se, com a saída Valeixo durante as negociações, o ministro topará continuar no governo. Um nome que conta com a simpatia do ex-juiz da Lava Jato para dirigir a PF, segundo aliados do ministro, é o do diretor do Depen, Fabiano Bordignon.
Já Bolsonaro defende a nomeação para o posto do diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, ou do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Desde que assumiu o cargo, o presidente Bolsonaro ensaiou em mais de uma oportunidade mudar o comando da Polícia Federal, minando a influência de Moro, sobre a cúpula da corporação. Tentativas de ingerência se deram com a abertura e o avanço de investigações contra pessoas do entorno do mandatário.
O incômodo de Bolsonaro com o trabalho da PF aumentou recentemente por causa dos inquéritos que apuram um suposto esquema de fake news para atacar autoridades, entre elas alguns de seus adversários políticos, e as manifestações pró-golpe militar promovidas por grupos bolsonaristas — no domingo (19), o presidente participou de uma delas, em Brasília.
Os dois casos, sob relatoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, devem ser tocados por uma mesma equipe de policiais, o que desagrada ao presidente.
Conforme adiantou a Folha, Moro pediu demissão a Bolsonaro ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da PF, hoje ocupada por Maurício Valeixo. Bolsonaro acionou ministros militares para tentar demovê-lo da decisão. Uma solução tem sido negociada para que o ministro fique no cargo.
A apuração sobre fake news, aberta pelo próprio STF, envolve a suspeita de que filhos de Bolsonaro, entre eles o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), estejam por trás de um gabinete do ódio supostamente mantido pelo Palácio do Planalto para atacar desafetos políticos.
Essa hipótese também foi levantada em Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o caso no Congresso.
A investigação sobre os atos antidemocráticos, proibidos pela Constituição e a Lei de Segurança Nacional, foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ela mira empresários e ao menos dois deputados federais bolsonaristas por, possivelmente, terem organizado e financiado os eventos. Os nomes são mantidos em sigilo pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Um dos primeiros incômodos do presidente com a PF na gestão Moro se deu no início do mandato, com a instauração de inquérito contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para apurar esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, caso revelado pela Folha.
Em outubro, o ministro foi denunciado à Justiça sob acusação de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.
Apesar do constrangimento gerado pela situação, o presidente manteve o aliado no cargo. Em mais de uma oportunidade, demonstrou irritação com as conclusões sobre o caso.
Ainda em outubro, ele disse que o responsável pela investigação na PF “agiu de má-fé”, que houve “exagero” no inquérito e que a intenção não foi atingir o ministro, mas o presidente da República.
A reação se deu após a Folha noticiar que um depoimento e uma planilha obtidos pela Superintendência da PF em Minas sugerem que recursos do laranjal foram desviados para abastecer, por meio de caixa dois, a campanha presidencial de Bolsonaro.
Dois meses antes, o presidente havia gerado instabilidade na PF ao anunciar que trocaria o superintendente do órgão no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por questões de gestão e produtividade.
Foi rebatido por uma nota da própria corporação, que informou que a mudança de comando já vinha sendo debatida internamente e havia sido solicitada pelo próprio policial, não tendo relação com seu desempenho.
Bolsonaro subiu o tom e declarou que quem dava as ordens na polícia era ele próprio. “Se ele resolveu mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu, vou deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos, mas quem manda sou eu”, declarou.
Na ocasião, Moro estava enfraquecido pela divulgação de mensagens que mostraram sua atuação em parceria com os procuradores em diferentes processos da Lava Jato e que colocaram em xeque sua atuação como juiz federal.
O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, em publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (24).
O ministro da Justiça, Sergio Moro, foi alertado por aliados no fim da noite passada de que a saída de Valeixo, escolhido por ele para comandar a PF, poderia ser oficializada no Diário Oficial nesta madrugada enquanto ainda negocia com o Palácio do Planalto sua permanência como ministro.
Conforme a Folha revelou, Moro pediu demissão a Bolsonaro na manhã desta quinta (23) quando foi informado pelo presidente da decisão de trocar Valeixo. O ministro avisou o presidente que não ficaria no governo com a saída do diretor-geral. Bolsonaro então escalou ministros militares para convencer o ex-juiz da Lava Jato a recuar.
A exoneração de Valeixo saiu “a pedido” com as assinaturas eletrônicas de Bolsonaro e Moro. Segundo a Folha apurou, o ministro, no entanto, não assinou a medida formalmente, nem foi avisado oficialmente pelo Planalto de sua publicação.
Seu nome foi incluído no ato de exoneração pelo fato de o diretor da PF ser subordinado a ele. É uma formalidade do Planalto. Não há substituto no comando da polícia, por ora, nomeado.
Na avaliação de aliados de Moro, Bolsonaro atropelou de vez o ministro ao ter publicado a demissão de Valeixo durante as discussões que ainda ocorrem nos bastidores sobre a troca na PF e sua permanência no governo. Diante desse cenário, crescem as expectativas sobre a saída do ministro ainda nesta sexta.
Uma solução para sua permanência vem sendo discutida pelos ministros da Casa Civil, Walter Braga Netto, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos. Segundo assessores presidenciais, uma indicação positiva havia sido dado pelo ministro da Justiça.
Ela havia sinalizado, até a noite passada, portanto antes da demissão de Valeixo ser oficializada, que estava disposto a a aceitar um acordo desde que tenha a palavra final na sucessão na Polícia Federal.
A dúvida agora é se, com a saída Valeixo durante as negociações, o ministro topará continuar no governo. Um nome que conta com a simpatia do ex-juiz da Lava Jato para dirigir a PF, segundo aliados do ministro, é o do diretor do Depen, Fabiano Bordignon.
Já Bolsonaro defende a nomeação para o posto do diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, ou do secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres.
Desde que assumiu o cargo, o presidente Bolsonaro ensaiou em mais de uma oportunidade mudar o comando da Polícia Federal, minando a influência de Moro, sobre a cúpula da corporação. Tentativas de ingerência se deram com a abertura e o avanço de investigações contra pessoas do entorno do mandatário.
O incômodo de Bolsonaro com o trabalho da PF aumentou recentemente por causa dos inquéritos que apuram um suposto esquema de fake news para atacar autoridades, entre elas alguns de seus adversários políticos, e as manifestações pró-golpe militar promovidas por grupos bolsonaristas — no domingo (19), o presidente participou de uma delas, em Brasília.
Os dois casos, sob relatoria do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, devem ser tocados por uma mesma equipe de policiais, o que desagrada ao presidente.
Conforme adiantou a Folha, Moro pediu demissão a Bolsonaro ao ser informado pelo presidente da decisão de trocar a diretoria-geral da PF, hoje ocupada por Maurício Valeixo. Bolsonaro acionou ministros militares para tentar demovê-lo da decisão. Uma solução tem sido negociada para que o ministro fique no cargo.
A apuração sobre fake news, aberta pelo próprio STF, envolve a suspeita de que filhos de Bolsonaro, entre eles o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), estejam por trás de um gabinete do ódio supostamente mantido pelo Palácio do Planalto para atacar desafetos políticos.
Essa hipótese também foi levantada em Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre o caso no Congresso.
A investigação sobre os atos antidemocráticos, proibidos pela Constituição e a Lei de Segurança Nacional, foi aberta a pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras. Ela mira empresários e ao menos dois deputados federais bolsonaristas por, possivelmente, terem organizado e financiado os eventos. Os nomes são mantidos em sigilo pela PGR (Procuradoria-Geral da República).
Um dos primeiros incômodos do presidente com a PF na gestão Moro se deu no início do mandato, com a instauração de inquérito contra o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, para apurar esquema de candidaturas laranjas do PSL em Minas Gerais, caso revelado pela Folha.
Em outubro, o ministro foi denunciado à Justiça sob acusação de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.
Apesar do constrangimento gerado pela situação, o presidente manteve o aliado no cargo. Em mais de uma oportunidade, demonstrou irritação com as conclusões sobre o caso.
Ainda em outubro, ele disse que o responsável pela investigação na PF “agiu de má-fé”, que houve “exagero” no inquérito e que a intenção não foi atingir o ministro, mas o presidente da República.
A reação se deu após a Folha noticiar que um depoimento e uma planilha obtidos pela Superintendência da PF em Minas sugerem que recursos do laranjal foram desviados para abastecer, por meio de caixa dois, a campanha presidencial de Bolsonaro.
Dois meses antes, o presidente havia gerado instabilidade na PF ao anunciar que trocaria o superintendente do órgão no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, por questões de gestão e produtividade.
Foi rebatido por uma nota da própria corporação, que informou que a mudança de comando já vinha sendo debatida internamente e havia sido solicitada pelo próprio policial, não tendo relação com seu desempenho.
Bolsonaro subiu o tom e declarou que quem dava as ordens na polícia era ele próprio. “Se ele resolveu mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu, vou deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos, mas quem manda sou eu”, declarou.
Na ocasião, Moro estava enfraquecido pela divulgação de mensagens que mostraram sua atuação em parceria com os procuradores em diferentes processos da Lava Jato e que colocaram em xeque sua atuação como juiz federal.
Motorista de transporte alternativo morre após capotar carro na BA-120, em Santaluz
Redação Portal Cleriston Silva PCS
Um motorista de transporte alternativo de 49 anos morreu em um acidente na BA-120, em Santaluz, nesta quinta-feira (23). Segundo o site local Notícias de Santaluz, ele perdeu o controle da direção e capotou o veículo nas proximidades do povoado Rio do Peixe.
Uma equipe do Hospital Municipal foi acionada para socorrer o homem, que foi arremessado para fora do veículo. A vítima recebeu primeiros atendimentos na unidade de saúde local, mas morreu enquanto aguardava transferência para outro hospital.
De acordo com o site, a vítima morava no povoado Santa Rosa, em Conceição do Coité, e foi identificada como Genilson Araújo Costa.
Um motorista de transporte alternativo de 49 anos morreu em um acidente na BA-120, em Santaluz, nesta quinta-feira (23). Segundo o site local Notícias de Santaluz, ele perdeu o controle da direção e capotou o veículo nas proximidades do povoado Rio do Peixe.
Uma equipe do Hospital Municipal foi acionada para socorrer o homem, que foi arremessado para fora do veículo. A vítima recebeu primeiros atendimentos na unidade de saúde local, mas morreu enquanto aguardava transferência para outro hospital.
De acordo com o site, a vítima morava no povoado Santa Rosa, em Conceição do Coité, e foi identificada como Genilson Araújo Costa.
![]() |
Segundo o site Notícias de Santaluz, homem chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto aguardava transferência |
Joice Hasselmann diz que PF descobriu algo grande contra governo Bolsonaro
Redação Portal Cleriston Silva PCS
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) foi ao Twitter para comentar o imbróglio entre Sérgio Moro e Bolsonaro no governo. O Ministro da Justiça ameaça pedir demissão se o presidente trocar o comando da Polícia Federal. Ela, que se disse arrependida de embarcar no projeto bolsonarista em 2018, afirma que a PF pode ter descoberto algo grave contra o Palácio do Planalto.
Segundo Joice, "a Polícia Federal descobriu como funciona a milícia digital da gangue do poder e quem patrocina. Então, quer escantear Valeixo para segurar o escândalo". "Eu avisei! Não tem quem aguente tanta malandragem e autoritarismo. Há meses Jair Bolsonaro frita Sérgio Moro e tenta passar por cima dele tirando Valeixo do comando da Polícia Federal. Valeixo é homem de confiança de Moro e não aceita compactuar com nada ilegal, nem imoral. Espinha ereta, sempre", escreveu.
"Junte as pontas. Jair Bolsonaro manda demitir Valeixo, escolhido por Moro depois que: 1- A PF chegou ao centro e aos financiadores das milícias digitais; 2- Bolsonaro negociou o governo com Bob Jefferson e Valdemar; 3 - a corda aperta o pescoço do filho Flávio no caso Queiroz", continuou a parlamentar.
Joice ainda afirmou que vai apoiar uma eventual candidatura presidencial de Sérgio Moro em 2022. "Quero gritar aos quatro ventos em 2022: 'Moro presidente!' e me redimir pelo erro que cometi em 2018 ao acreditar num projeto de país que se transformou em estelionato eleitoral".
A deputada federal Joice Hasselmann (PSL) foi ao Twitter para comentar o imbróglio entre Sérgio Moro e Bolsonaro no governo. O Ministro da Justiça ameaça pedir demissão se o presidente trocar o comando da Polícia Federal. Ela, que se disse arrependida de embarcar no projeto bolsonarista em 2018, afirma que a PF pode ter descoberto algo grave contra o Palácio do Planalto.
Segundo Joice, "a Polícia Federal descobriu como funciona a milícia digital da gangue do poder e quem patrocina. Então, quer escantear Valeixo para segurar o escândalo". "Eu avisei! Não tem quem aguente tanta malandragem e autoritarismo. Há meses Jair Bolsonaro frita Sérgio Moro e tenta passar por cima dele tirando Valeixo do comando da Polícia Federal. Valeixo é homem de confiança de Moro e não aceita compactuar com nada ilegal, nem imoral. Espinha ereta, sempre", escreveu.
"Junte as pontas. Jair Bolsonaro manda demitir Valeixo, escolhido por Moro depois que: 1- A PF chegou ao centro e aos financiadores das milícias digitais; 2- Bolsonaro negociou o governo com Bob Jefferson e Valdemar; 3 - a corda aperta o pescoço do filho Flávio no caso Queiroz", continuou a parlamentar.
Joice ainda afirmou que vai apoiar uma eventual candidatura presidencial de Sérgio Moro em 2022. "Quero gritar aos quatro ventos em 2022: 'Moro presidente!' e me redimir pelo erro que cometi em 2018 ao acreditar num projeto de país que se transformou em estelionato eleitoral".
23 de abr. de 2020
Homem é morto a tiros por dupla em moto na cidade de Riachão do Jacuípe
Redação Portal Cleriston Silva PCS
Mateus de Jesus Pereira foi morto a tiros enquanto estava em uma esquina na tarde desta quinta-feira (23), em Riachão do Jacuípe, a 66 km de Serrinha. De acordo com o site local A Hora da Verdade, o caso aconteceu no bairro Santa Mônica.
A vítima foi morta com cerca de oito tiros na cabeça. Segundo informações iniciais, ele estava em uma esquina do bairro e, por volta das 15h30, foi surpreendido por dois homens encapuzados em uma moto.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Serrinha. Não há informações sobre a autoria e a motivação do crime. A vítima tinha passagens pela polícia.
Mateus de Jesus Pereira foi morto a tiros enquanto estava em uma esquina na tarde desta quinta-feira (23), em Riachão do Jacuípe, a 66 km de Serrinha. De acordo com o site local A Hora da Verdade, o caso aconteceu no bairro Santa Mônica.
A vítima foi morta com cerca de oito tiros na cabeça. Segundo informações iniciais, ele estava em uma esquina do bairro e, por volta das 15h30, foi surpreendido por dois homens encapuzados em uma moto.
O corpo da vítima foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Serrinha. Não há informações sobre a autoria e a motivação do crime. A vítima tinha passagens pela polícia.
Assinar:
Postagens (Atom)