Redação Portal Cleriston Silva PCS
A combinação mantém a tradição do estado de “acertar” o presidente eleito. Desde 1989, quando ocorreu a primeira eleição direta ao Planalto após o fim da ditadura militar, quem venceu em Minas Gerais ocupou a Presidência da República.
Ao justificar os “acertos” dos eleitores mineiros no pleito presidencial, o cientista político e professor da PUC Minas Malco Camargos, afirma que “Minas é uma síntese do Brasil, nas suas virtudes e nos seus problemas”.
“Por isso, os temas da eleição presidencial também são os mesmos: as igualdades, a forma de lidar com a economia, as carências”, analisa em entrevista à CNN.
No primeiro turno, o resultado da eleição no estado foi bem próximo ao observado no cenário nacional. Lula conquistou o voto de 48,29% dos eleitores mineiros, e Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição derrotado neste domingo, 43,60%. No resultado geral, o petista teve 48,43%, e o presidente, 43,20%.
Neste segundo turno, com 99,66% das urnas apuradas, Lula recebeu 50,88% dos votos válidos e Bolsonaro 49,12%. Em Minas, quando 99,66% das urnas haviam sido apuradas no estado, o petista tinha 50,21% contra 49,79% do seu adversário.
Para manter a vantagem, Lula realizou cinco comícios no estado durante a campanha ao segundo turno. Ele esteve na capital, Belo Horizonte, em duas ocasiões, em Juiz de Fora, Teófilo Otoni e Ribeirão das Neves.
Bolsonaro cumpriu agenda em Minas oito vezes. Ele foi a Belo Horizonte quatro vezes, a Juiz de Fora – onde em 2018 foi vítima de uma facada –, a Montes Claros, a Governador Valadares e a Teófilo Otoni. O presidente contou com o apoio do governador Romeu Zema (Novo) na disputa do segundo turno.