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cleristonsilva.com

7 de jul. de 2021

Homem que decapitou cunhado na zona rural de Nova Soure é preso em Serrinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem, investigado por assassinar o cunhado em 1994, na zona rural de Nova Soure, teve o mandado de prisão cumprido durante ação coordenada pelos delegados Plínio Monteiro, titular da Delegacia Territorial (DT) de Nova Soure, e Edemir Luchini, da DT de Serrinha, na tarde desta terça-feira (6), por volta das 17h.

Conforme as investigações realizadas pelos policiais civis de Nova Soure e Euclides da Cunha, o suspeito – identificado pelo apelido de "Né de Milu", de 52 anos – atacou o cunhado Mauro Nascimento de Oliveira a pauladas, depois de um desentendimento familiar. Ele ainda decapitou a vítima com um golpe de facão.

De acordo com o apurado pela reportagem do PCS, o autor do crime teria planejado a ação e atraído a vítima para uma emboscada no povoado Fazenda Feiticeira, na zona rural de Nova Soure. "O crime foi executado mediante emboscada e com extrema violência, sendo Mauro inicialmente atingido com várias pauladas na cabeça. Não satisfeito, o acusado ainda cortou o pescoço da vítima utilizando um facão", explicou o delegado Plínio Monteiro.

Após identificar o paradeiro do homicida, foi solicitado o apoio operacional das equipes policiais de Serrinha, que prenderam o suspeito na Rua Bernardo da Silva, no Centro da cidade. Né de Milu está custodiado na sede da 15ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior de Serrinha, à disposição da Comarca de Nova Soure. *Com a colaboração do repórter Reny Maia

Santanópolis: Idoso de 102 anos se recupera da Covid-19 e deixa hospital após passar 10 dias internado

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um idoso de 102 anos se recuperou da Covid-19 após passar dez dias em tratamento em Salvador. Ernesto Martins recebeu alta médica e retornou para Santanópolis, município onde mora, a cerca de 58 quilômetros de Serrinha. A ocasião foi festejada por amigos, familiares e pela equipe médica.

De acordo com informações do Hospital Espanhol, onde o idoso ficou internado, ele deu entrada na unidade no dia 30 de junho e recebeu alta médica na terça-feira (6). O paciente não chegou a ficar internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na saída do hospital, os profissionais de saúde celebraram a alta médica e se despediram do idoso com balões e mensagens de carinho.

Já em Santanópolis, Ernesto Martins foi recebido por familiares e vizinhos, que celebraram com euforia a recuperação dele. O grupo bateu palmas e soltou fogos de artifício. O reencontro e a comemoração aconteceram na terça à noite, mesmo dia que ele deixou a unidade de saúde. Na ocasião, o idoso disse que estava surpreso e emocionado com a recepção.

Caso Drº Andrade: Investigações apontam que médico suspeito de matar colega agiu sozinho

Redação Portal Cleriston Silva PCS

As investigações sobre a morte do médico acreano Andrade Lopes Santana, de 32 anos, apontaram que o colega de profissão e amigo da vítima, Geraldo Freitas Junior, agiu sozinho. O prazo para conclusão do inquérito segue até o dia 25 de julho.

"A Polícia Civil de Feira de Santana continua realizando a colheita de alguns depoimentos de pessoas próximas tanto à vítima quanto ao autor. Até o presente momento, a motivação ainda não foi devidamente elucidada", disse o coordenador regional de polícia de Feira de Santana, delegado Roberto Leal, responsável pelas investigações do caso.

No dia 28 de junho, completou um mês que o corpo de Andrade Santana foi encontrado no Rio Jacuípe, em São Gonçalo dos Campos, preso a uma âncora. A polícia já tem algumas linhas de possíveis motivações para o crime. Entretanto, elas não foram reveladas para não atrapalhar o seguimento das investigações.

"Algumas informações foram angariadas, já há conclusões de que ele agiu sozinho, houve auxílios posteriores em relação a alguns fatos, que estão sendo analisados, e a gente continua no aguardo das perícias que foram realizadas nos aparelhos celulares tanto do autor quanto da vítima", afirmou Roberto Leal. Geraldo Junior segue preso no Conjunto Penal de Feira de Santana. Ele teve a teve a prisão temporária prorrogada por mais 30 dias.

Andrade Lopes foi encontrado morto no dia 28 de maio, no rio Jacuípe, na cidade de São Gonçalo dos Campos, a cerca de 91 quilômetros de Serrinha. Ele desapareceu no dia 24 de maio, quando saiu de Araci, onde morava e trabalhava, com destino a Feira de Santana, que fica a 23 quilômetros de São Gonçalo dos Campos.

Segundo os peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT), foi constatado um disparo de arma de fogo na nuca e uma corda no braço amarrada a uma âncora para o corpo não emergir nas águas do rio Jacuípe.

Suspeito de assalto é preso pela DT de Euclides da Cunha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Policiais da Delegacia Territorial (DT) de Euclides da Cunha prenderam, na última terça-feira (6), um homem de 22 anos suspeito de diversos crimes na região. O cumprimento do mandado de prisão preventiva ocorreu na zona rural daquele município.

Depois de uma intensa investigação e do deferimento pela Justiça do mandado solicitado pela Polícia Civil, as equipes conseguiram localizar o homem em uma fazenda nas proximidades do povoado de Tanque do Rumo. Ele, que já havia fugido do cerco policial uma vez, foi capturado e apresentado na DT.

De acordo com as investigações, o suspeito, que está à disposição do Poder Judiciário, é integrante de um grupo criminoso que atua na região. A ação contou com o apoio de policiais militares da 5º BPM do município.

Presidente da CPI manda prender ex-diretor do Ministério da Saúde

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz (PSD) mandou prender o ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias, sob a acusação de mentir em depoimento ao colegiado. "Chame a polícia do Senado. O senhor está detido pela presidência da CPI", disse o senador a Dias.

Aziz acusou o ex-diretor do ministério de omitir informações e elaborar um "dossiê para se proteger". "A paciência de todo mundo tem limite. Te botaram numa encrenca tão grande, e não foi você que entrou. Alguém te botou nessa encrenca, e você não está querendo falar para a CPI", declarou o presidente da comissão.

A fala de Aziz gerou bate-boca entre os senadores. Aliado do governo Bolsonaro, Marcos Rogério (DEM) afirmou que Aziz está "errando". "Se eu estiver cometendo arbitrariedade, ele tem o direito de entrar com uma ação contra mim", rebateu Aziz. Rogério destacou que a CPI já teria presenciado anteriormente situações de flagrante e falso testemunho. A defesa de Dias classificou o pedido como um "absurdo" e disse que o depoente deu "contribuições valiosíssimas".

No depoimento, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde confirmou ter jantado com o policial militar Luiz Paulo Dominghetti Pereira, mas negou que tenha pedido propina para fechar um contrato de compra de vacina, ao contrário do que alega Dominghetti. Dias definiu o policial militar como um "picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde".

O ex-diretor negou que tenha pressionado qualquer servidor da pasta a prosseguir com a compra e disse que recusou negociar com o policial militar, já que a Davati, empresa que Dominghetti alega representar, não tinha a documentação necessária.

Ex-prefeito de Senhor do Bonfim sofre representação ao MPE

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O ex-prefeito, Carlos Alberto Lopes Brasileiro (PT), do município de Senhor do Bonfim, Centro-Norte baiano, sofreu formulação de representação ao Ministério Público da Bahia (MP-BA), para que seja apurada a ausência de publicação das medidas adotadas pela prefeitura no enfrentamento da covid-19, no qual foi uma denúncia acatada nesta quarta-feira, 7, pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA).

Segundo o Tribunal, a irregularidade administrativa foi praticada no exercício de 2020. Além disso, o gestor foi multado em R$ 2 mil e pode recorrer da decisão. A denúncia, formulada pelo então vereador Laércio Muniz de Azevedo Júnior, aponta que a prefeitura da cidade criou um link específico no Portal da Transparência direcionado ao covid-19, contudo, as informações eram "insuficientes", de acordo com o denunciante.

Ao consultar o portal em maio de 2021, a relatoria não obteve acesso às informações dos processos de pagamento, bem como os de comprovantes de liquidação das despesas e às notas fiscais das compras realizadas durante o exercício de 2020 , no qual apenas foram disponibilizadas informações sobre os processos licitatórios. Para o conselheiro Fernando Vita, relator do parecer, foi comprovado o descumprimento dos ditames que impõem o dever de divulgação de todas as contratações e requisições.

O Ministério Público de Contas, por meio de manifestação da procuradora Camila Vasquez, opinou pela procedência da denúncia.

6 de jul. de 2021

MP recomenda que Capim Grosso regularize sua Guarda Municipal

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Rafael Macedo Coelho Luz Rocha, recomendou ao prefeito do Município de Capim Grosso que regularize o provimento dos cargos de comandante e subcomandante da sua Guarda Municipal, que devem ser preenchidos somente com servidores concursados na carreira. O promotor recomendou ainda que sejam exonerados os atuais ocupantes de comando e subcomando que não sejam servidores de carreira, bem como os guardas municipais efetivo que estejam integrando os quadros e não tenham ingressado por meio de concurso público próprio.

Considerando a possibilidade de que os cargos fiquem vagos, o promotor de Justiça recomendou que a Prefeitura comunique formalmente à classe para que realize o procedimento próprio para indicação da lista a partir da qual serão escolhidos os novos ocupantes dos cargos vagos. No período de transição e até cumprida a elaboração da lista, a Prefeitura poderá nomear chefias interina, desde que ocupadas s somente por servidores concursados e integrantes da Guarda Municipal.

Procurado pela justiça de SP é preso pela PRF em Ribeira do Pombal

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem de 40 anos foi preso no início da tarde desta segunda-feira, 5, no Km 170 da BR-110, em trecho que pertence ao município de Ribeira do Pombal, distante a 117 km de Serrinha, no nordeste do estado da Bahia.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as equipes realizavam a fiscalização na região, quando abordaram um veículo, modelo Ford Focus. Após ser averiguado, os agentes verificaram a existência de um mandado de prisão em aberto, expedido no estado de São Paulo, em outubro do ano de 2019.

Diante dos fatos, o suspeito foi encaminhado à Delegacia de Polícia Judiciária local onde serão adotadas as medidas cabíveis.

Receita Federal deve lançar concurso com 699 vagas e salários de até R$ 21 mil

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Receita Federal deverá realizar um concurso com 699 vagas ainda em 2021. A previsão é que sejam oferecidas 230 oportunidades para Auditor-Fiscal e 469 para Analista-Tributário. Segundo o site Folha Dirigida, representantes do Sindifisco Nacional se reuniram com o subsecretário-geral da Receita Federal, o auditor-fiscal Décio Rui Pialarissi, que afirmou que a autorização para o novo concurso público “está muito próxima”. A expectativa é que o prazo entre o edital e a prova seja de dois meses, ao invés dos quatro meses habituais para esse tipo de concurso.

Em 2019 o Congresso estipulou o salário inicial dos auditores para R$ 21.029,09. Para Analista Tributário, o vencimento é de R$ 12.142,39. Além disso, os profissionais recebem uma série de benefícios como bônus de eficiência, pago em adição ao salário normal, redução do número de níveis na tabela salarial (de 13 para 9) e no tempo de mudança para o próximo nível (18 meses para 12), o que permite o servidor chegar mais rápido ao teto da carreira (8 anos).

Governo da Bahia vai aguardar mais uma semana para anunciar retorno às aulas

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O governador da Bahia,  Rui Costa (PT), afirmou que vai aguardar mais uma semana para confirmar o retorno às aulas semipresenciais. "Vamos observar por mais uns dias, mais um final de semana. Eu estou tomando uma medida de prudência", declarou, em uma live nas redes sociais na noite desta terça-feira (6).

O petista tem pedido, em inaugurações no interior, que os prefeitos também se preparem para o retorno simultaneamente com a rede estadual. Ele quer superar o prazo de 15 dias de baixos índices de Covid-19 após os festejos de São João para sinalizar um retorno.

Na Bahia, nas últimas 24 horas, foram registrados 3.235 casos de Covid-19 (taxa de crescimento de +0,3%) e 3.218 recuperados (+0,3%). O boletim epidemiológico desta terça-feira (6) também registra 116 óbitos. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 69%.

Petrobras anuncia aumento no diesel, gasolina e gás de cozinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O preço do litro da gasolina foi reajustado de R$ 2,53 para R$ 2,69 e o do óleo diesel, de R$ 2,71 para R$ 2,81, segundo a Petrobras. Com isso, os dois combustíveis vão ficar 6% e 3,7%, respectivamente, mais caros a partir desta terça-feira (6). Essas são as primeiras altas da gestão do general Joaquim Silva e Luna, que assumiu o cargo há quase três meses.

A Petrobras anunciou também reajuste do preço do GLP (gás liquefeito de petróleo). O kg do combustível passará para R$ 3,60, um aumento médio de R$ 0,20 (+6%). O GLP já havia sido reajustado em 6%, em junho passado.

Segundo a Petrobras, os reajustes refletem a alta do petróleo no mercado internacional. Nesta segunda-feira (5), o barril da commodity é negociado em Londres a quase US$ 76. Os contratos no mercado futuro aceleraram após notícias de que a Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados) adiou, pela segunda vez, a sua reunião ministerial.

A Petrobras, por meio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "busca evitar o repasse imediato para os preços internos da volatilidade externa causada por eventos conjunturais", mas que se mantém alinhada ao mercado internacional.

5 de jul. de 2021

Dupla de assaltantes de Serrinha morre em troca de tiros com a PM em Feira de Santana

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Dois homens morreram na noite de sábado (3) após trocarem tiros com policiais da Rondesp Leste, no Conjunto Feira X, em Feira de Santana. Eles foram identificados apenas pelos apelidos de "Preá" e "Juninho" e residiam no bairro Vila de Fátima, em Serrinha.

Durante a ação, segundo o site Acorda Cidade, foram apreendidos um revólver de calibre 32 com cinco munições, sendo três deflagradas e duas intactas; outro revólver calibre 32 com seis munições, sendo duas deflagradas e quatro intactas; uma pistola calibre .40, com um carregador para 12 munições, restando apenas dois cartuchos intactos e um veículo Fiat Punto de cor prata, que fora objeto de roubo na cidade de Conceição do Jacuípe.


Segundo a Polícia Militar, a equipe foi acionada após alerta transmitido pelo Centro Integrado de Comunicações (Cicom) sobre um veículo roubado na cidade de Conceição do Jacuípe. As guarnições realizaram uma barreira em local estratégico quando o veículo roubado foi visualizado por uma guarnição.

Conforme os policiais, foi dada a voz de parada, porém, os homens empreenderam fuga, efetuando disparos contra a guarnição. Após os suspeitos serem alvejados, os policiais prestaram socorro aos feridos para o Hospital Geral Clériston de Andrade, porém não resistiram aos ferimentos e morreram na unidade hospitalar.

Lula tem 41,3% das intenções para 2022 contra 26,6% de Bolsonaro, diz pesquisa

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Confederação Nacional do Transporte divulgou, nesta segunda-feira, 05, os resultados da rodada 149 da Pesquisa CNT de Opinião. Realizada em parceria com o Instituto MDA de 1º a 3 de julho de 2021, a pesquisa mostra as avaliações do governo e o desempenho pessoal do presidente Jair Bolsonaro , que atingiu o seu pior patamar. Sobre as eleições presidenciais de 2022, a pesquisa traz as intenções de voto dos entrevistados, tópico que Lula lidera com 41,3%, além da opinião sobre os tipos de urna eleitoral.

A pesquisa CNT traz também a percepção da população sobre questões relacionadas à situação do país para emprego, saúde, educação e segurança pública. Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, em 137 municípios de 25 Unidades da Federação. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com 95% de nível de confiança. Confira:

Intenção de voto para eleições de 2022:
Lula - 46,3%
Bolsonaro - 26,6%
Ciro Gomes - 5,9%
Sérgio Moro - 5,9%
João Dória - 2,1%
Branco/Nulo - 8,6%
Indecisos - 7,8%

Avaliação do Governo Bolsonaro:
Positiva (ótimo + bom) - 27,7%
Regular - 22,7%
Negativa (ruim + péssimo) - 48,2%

Avaliação pessoal do presidente Jair Bolsonaro:
Aprovação - 33,8%
Desaprovação - 62,5%
Não souberam responder ou não responderam - 3,7%

*A desaprovação é a maior já atingida pelo presidente. Em outubro de 2020, ele tinha 43,2% de desaprovação, em fevereiro deste ano 51,4%.

Confiança nas urnas eletrônicas:
Elevada - 32,9%
Moderada - 30,8%
Baixa - 15,8%
Sem confiança - 18,7%

Gravações indicam que Bolsonaro demitiu ex-cunhado por não entregar salário em esquema de rachadinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente Jair Bolsonaro demitiu o ex-cunhado André Siqueira Valle do cargo de assessor por não entregar a maior parte do seu salário para um suposto esquema de rachadinha. O caso teria ocorrido quando Jair Bolsonaro ainda era deputado federal e foi revelado por gravações da irmã do assessor, Andrea Siqueira Valle, obtidas pelo UOL.

André Siqueira é irmão da segunda mulher de Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle. Bolsonaro se casou com ela em 1998 e desde então pelo menos 18 parentes de Ana Cristina foram nomeados a cargos em seu gabinete ou no dos filhos Carlos e Flávio.

As nomeações são alvos de investigação por um suposto esquema de funcionários fantasmas e rachadinhas que chegam a 90% do valor do salário dos nomeados. De acordo com as gravações, André se negou a entregar parte do seu salário e então foi demitido a pedido de Bolsonaro:

“O André deu muito problema porque ele nunca devolveu o dinheiro certo que tinha que ser devolvido, entendeu? Tinha que devolver R$ 6.000, ele devolvia R$ 2.000, R$ 3.000. Foi um tempão assim até que o Jair pegou e falou: ‘Chega. Pode tirar ele nunca me devolve o dinheiro certo’. Não sei o que deu pra ele”, conta Andrea em um trecho do áudio.

Além dos áudios, Andrea teria revelado em pelo menos outras duas ocasiões a fontes próximas a ela o esquema de desvio de salários operado no gabinete de Jair, segundo a reportagem.

André trabalhou no gabinete de Jair Bolsonaro entre novembro de 2006 a outubro de 2007. Neste período seu salário era de 6.010,78 reais. Apenas nos últimos 15 dias, em uma breve mudança de cargo antes de ser exonerado, passou a receber metade deste valor, cerca de 3 mil reais.

Antes de ser nomeado no gabinete de Jair Bolsonaro, André também ocupou cargo no gabinete de Carlos Bolsonaro, entre 2001 e 2005 e depois de fevereiro de 2006 até novembro daquele ano, quando foi nomeado por Jair.

Já a irmã Andrea, autora das gravações, é o centro da investigação de esquema de rachadinha no gabinete de Flávio Bolsonaro. Ela ocupou cargos nos gabinetes de Jair, Carlos e Flávio durante vinte anos.

De acordo com a investigação, no período em que ocupou os cargos, Andrea frequentava academias três vezes ao dia e fazia bicos de faxineira. Enquanto esteve no gabinete de Flávio, ela ainda teria sacado em dinheiro mais de 98% dos seus vencimentos, 663 mil reais.

4 de jul. de 2021

Após denúncia de propina de US$ 1 por vacina, Bolsonaro se vê atacado por todos os lados e com dificuldade de discurso

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A semana que começou no Palácio do Planalto ainda com a ressaca do depoimento do deputado Luis Miranda (DEM-DF) à CPI da Covid terminou com a abertura de dois inquéritos —um para investigar atos antidemocráticos e outro para apurar suposto crime de prevaricação no caso Covaxin.

Entre esses dois pontos, em entrevista à Folha na terça-feira (29), Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como vendedor de vacinas, afirmou que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde. Disse que o diretor de Logística do ministério, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar em Brasília no dia 25 de fevereiro. Dias foi exonerado após a entrevista.

O balanço de assessores do Planalto é que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chega ao momento mais crítico de seu governo atacado por todos os lados, com sua autoconcedida bandeira anticorrupção chamuscada, sem uma estratégia a seguir e, consequentemente, carente de um discurso que o coloque em uma posição de segurança.

Ao longo dos últimos dias, o mandatário foi do silêncio —chegou até a evitar seus apoiadores no Palácio da Alvorada por dois dias— à verborragia de costume para tentar mobilizar a base mais radical. Auxiliares do presidente reclamam que não há um comando na defesa de Bolsonaro e, assim, o governo age a reboque dos acontecimentos. Muitas vezes, de maneira atabalhoada.

Foi o que aconteceu, por exemplo, na noite de 23 de junho, quando o ministro Onyx Lorenzoni (Secretaria-Geral) levou um dos investigados pela CPI, Elcio Franco, assessor especial da Casa Civil e ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, para dar uma resposta às denúncias de Luis Miranda e de Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do Ministério da Saúde e irmão do deputado.

Eles trouxeram à tona supostas irregularidades no contrato de compra da vacina indiana Covaxin. Onyx não esclareceu pontos nebulosos da acusação, como o que Bolsonaro fez ao tomar conhecimento do que os dois apresentaram a ele. Em vez de expressar preocupação do governo em desvendar o que foi relatado pelos irmãos Miranda, o ministro foi para o ataque e anunciou que a Polícia Federal iria investigá-los.

Uma primeira explicação do que Bolsonaro teria feito diante do que os Miranda contaram só veio no dia seguinte, quando senadores governistas da CPI disseram que o presidente levou os relatos ao general Eduardo Pazuello, então ministro da Saúde.

Cinco dias depois das ameaças feitas por Onyx, Bolsonaro procurou afastar de si a responsabilidade, adotando um discurso semelhante ao do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na época do escândalo do mensalão, quando o petista alegava não saber dos desvios em seu governo.

“Ele [o deputado Luis Miranda] que apresentou [informações sobre a compra da vacina], eu nem sabia como é que estavam as tratativas da Covaxin porque são 22 ministérios. Só o ministério do Rogério Marinho [Desenvolvimento Regional] tem mais de 20 mil obras. [O Ministério da Infraestrutura], do Tarcísio [de Freitas] não sei, deve ter algumas dezenas, centenas de obras.”

“Não tenho como saber. O da Damares [Alves, ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos], o da Justiça, o da Educação. Não tenho como saber o que acontece nos ministérios, vou na confiança em cima de ministro, e nada fizemos de errado”, disse Bolsonaro a apoiadores na manhã de 28 de junho.

Apenas na tarde de 29 de junho, o governo decidiu suspender o contrato com a Precisa Medicamentos para obter 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin. “Por orientação da Controladoria-Geral da União, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas”, afirmou naquele dia o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Na sexta-feira (2), a PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de inquérito para apurar o suposto crime de Bolsonaro por prevaricação no caso Covaxin. A ministra Rosa Weber determinou a abertura do inquérito, afirmando, entre outros pontos, que a manifestação da PGR “permite concluir que a conduta eventualmente criminosa atribuída ao chefe de Estado teria sido por ele perpetrada no atual desempenho do ofício presidencial”.

Autor da acusação de que integrante do Ministério da Saúde pediu propina de US$ 1 por dose de vacina, Luiz Paulo Dominguetti Pereira deu um tumultuado depoimento à CPI na quinta-feira (1º) e confirmou o que havia dito na entrevista.

No mesmo dia, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos e a abertura de outra investigação para apurar a existência de uma organização criminosa digital voltada a atacar as instituições a fim de abalar a democracia, driblando pedido da PGR.

O turbilhão de acontecimentos atingiu Bolsonaro em seu ponto mais sensível, as redes sociais. O entorno do presidente detectou que, de fácil compreensão, o caso da propina de US$ 1 colou no governo. De acordo com estudo do Banco Modalmais e da AP Exata, empresa de análise de dados, a crise no Ministério da Saúde derrubou a confiança no presidente aos níveis mais baixos do mandato.

Durante a semana houve momentos em que apenas 9% dos posts que mencionavam Bolsonaro despertavam confiança, segundo a análise. O estudo apontou que a perda de credibilidade teve reflexo também em grupos de direita, que estranharam a inação do presidente em relação às denúncias de corrupção que se abateram sobre o governo.

Foi esta percepção, por exemplo, que levou a uma nova investida da militância em antigas estratégias, como a reprodução massiva de narrativas favoráveis ao governo durante a madrugada, de forma a tentar pautar as redes já no início do dia, diz a análise. Também levou Bolsonaro a quebrar o silêncio e voltar a radicalizar o discurso. Ele voltou a levantar suspeitas infundadas sobre as urnas eletrônicas. Outro alvo dos ataques presidenciais são os senadores que integram a CPI.

Aliados do presidente temem que as agressões tenham reflexo em ambientes como a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, que em breve irá se debruçar sobre a indicação de Bolsonaro para a vaga que o ministro Marco Aurélio deixará no STF no próximo dia 12, quando vai se aposentar.

O nome preferido da família Bolsonaro, o atual advogado-geral da União, André Mendonça, já conta naturalmente com alta rejeição no Senado. Ele vinha trabalhando para reduzi-la, mas a intempestividade do chefe e o desgaste da CPI tende a atrapalhá-lo. Alguns dos alvos mais frequentes de Bolsonaro, como o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), são titulares da CCJ, responsável por sabatinar o indicado e aprová-lo ou não.

As próximas semanas devem gerar mais desgaste ao governo, com a manutenção das suspeitas de corrupção no debate público, dizem aliados do presidente. Além disso, há pressão para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), autorize a prorrogação da CPI.