10 de set. de 2021

Brasil tem 33,71% da população com a imunização completa contra o coronavírus

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O número de pessoas vacinadas com ao menos uma dose contra a covid-19 no Brasil chegou nesta sexta-feira, 10, a 137.488.532, o equivalente a 64,45% da população total. Nas últimas 24 horas, 743,1 mil pessoas receberam a primeira aplicação da vacina, de acordo com dados reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 26 Estados e Distrito Federal.

Entre os mais de 137 milhões de vacinados, 71,9 milhões estão com a imunização completa contra o coronavírus, o que representa 33,71% da população total. Os cinco Estados com a maior proporção de totalmente vacinados são: Mato Grosso do Sul (48,18%), São Paulo, Rio Grande do Sul (39,85%), Espírito Santo (36,97%) e Santa Catarina (33,88%).

9 de set. de 2021

Deputado Osni confirma data de inauguração da Policlínica do Sisal

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O deputado estadual Osni Cardoso confirmou, nesta quarta-feira (8), que a inauguração da Policlínica Regional do Território do Sisal, localizada em Serrinha, será na próxima segunda-feira, 13, com a presença do governador Rui Costa. A estrutura beneficiará mais de 500 mil pessoas dos municípios que integram o Consórcio Interfederativo de Saúde do Sisal: Araci, Barrocas, Biritinga, Conceição do Coité, Euclides da Cunha, Lamarão, Monte Santo, Quijingue, Retirolândia, Santaluz, São Domingos, Serrinha, Teofilândia, Tucano e Valente.

Segundo Osni, os primeiros passos para a implantação desse modelo de saúde na Bahia começou após uma visita sua ao Ceará, a pedido do governador Rui Costa, para conhecer a experiência das Policlínicas naquela região.

“Na época em que era presidente da Federação dos Consórcios Públicos da Bahia, tive o prazer de acompanhar, a pedido do governador Rui Costa, experiências de Policlínicas no Ceará. O resultado foi tão positivo que hoje estamos aí, regionalizando a saúde na Bahia e prestes a inaugurar a vigésima primeira Policlínica do Estado. É um orgulho levar para o povo uma assistência de qualidade, tecnológica, e perto de casa. Tenho papel preponderante, mas sabemos que outras pessoas contribuíram. O que me faz feliz é saber que conseguimos”, disse.

Ao todo, o Governo do Estado já inaugurou 20 equipamentos em toda a Bahia. A previsão é que além da Policlínica localizada em Serrinha, mais duas sejam inauguradas entre setembro e dezembro de 2021. Até o final de 2022, serão 26.

Ex-prefeito de Riachão do Jacuípe é acusado de improbidade

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O ex-prefeito de Riachão do Jacuípe, José Ramiro Ferreira Filho, o "Zé Filho", foi acusado nesta quarta-feira, 8, de ato de improbidade. A promotora de Justiça Verena Aguiar Silveira acionou o ex-gestor por ter agido de forma negligente no dever de conservação da frota de veículos do município.

A ação pede que o ex-prefeito seja condenado ao ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente pelo prazo de cinco anos.

Segundo a ação, os veículos estão “em condições físicas degradantes e com diversas multas não pagas, o que resulta num montante elevado a ser dispensado pelos cofres públicos”. A ação analisou os relatórios dos veículos das secretarias de Educação; de Infraestrutura e Serviços Públicos; de Saúde; do Trabalho, Assistência Social, Cidadania e Justiça; e de Agricultura, Desenvolvimento Econômico, Social e Meio ambiente.

A título de exemplo, a promotora de Justiça citou a existência de ônibus escolares sem pneus, sem baterias nem acessórios de segurança, veículos de grande porte, como tratores e caminhões-pipa e de coleta de lixo sucateados, “alguns, com o motor do lado de fora do equipamento”.

“Tal conduta redundou em prejuízos aos cofres da municipalidade, na medida em que o então Prefeito agiu de forma negligente na conservação do patrimônio público, revelando inegável descaso com a coisa pública e com o interesse público em geral”, afirmou a promotora de Justiça Verena Aguiar Silveira.

Mulher grávida e crianças são feitas reféns por suspeitos armados em Cícero Dantas

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Dois traficantes responsáveis por manter mãe e filho reféns, na madrugada desta quinta-feira (9), no município de Cícero Dantas (a 149 km de Serrinha), foram autuados por extorsão mediante sequestro, tráfico de drogas e associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo. Os dois homens foram presos por equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE/Nordeste), após invadirem a casa da mulher grávida e do filho pequeno.

O subcomandante da especializada, capitão PM Denis Anderson de Almeida Barbosa, explicou que os dois homens foram flagrados por equipes vendendo drogas na rua do Matadouro, em Cícero Dantas, por volta das 21h, quando fugiram, invadiram um imóvel e mantiveram a família de refém.

Após a negociação, que durou cerca de sete horas e envolveu a presença de um advogado, familiares e imprensa local, os policiais conseguiram convencer a dupla a se entregar. Um dos suspeitos tinha passagem pela polícia por tráfico de entorpecentes. Com os dois foram apreendidos duas pistolas calibres 9 milímetros e 380, 53 pinos de cocaína, 85 porções de maconha, duas roupas camufladas e R$ 30.

O plantonista da 25ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Euclides da Cunha), delegado Paulo Sérgio Cardoso Ferreira, responsável pelo caso, revelou que a dupla vai responder por cinco modalidades criminosas. “Extorsão mediante sequestro, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, tráfico e associação para o tráfico”, listou o policial.

Diversos vídeos feitos pelos próprios acusados foram divulgados, no intuito de mostrar a situação. Nas imagens da ação criminosa é possível ouvir as crianças chorando com toda a movimentação, gritos e ameaças dos suspeitos, um PM tentava negociar para resolver a situação e fazer com que a dupla acusada se entregasse.

No Instagram, um dos indivíduos identificado como ‘Cirilo Faixa’ chegou a fazer live por medo de tiros, o ao vivo chegou a acumular um público de mais de 100 pessoas, eles pediam que a imprensa, família e advogados fossem ao local para que eles se entregassem. 

Prisão de homens armados ocorreu após horas de negociação com a PM

Maia diz que nota de recuo de Bolsonaro foi humilhação: "Frouxo e covarde"

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O deputado federal Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados e atual secretário de Projetos e Ações Estratégicas do Governo de São Paulo, criticou por meio das redes sociais nesta quinta-feira (9) o presidente Jair Bolsonaro após a divulgação de uma carta na qual o mandatário recua dos ataques e do tom golpista usado nos atos de 7 de Setembro.

"O evento de terça foi um desastre pro Bolsonaro, e a nota agora uma humilhação", apontou. Maia postou ainda o link com o conteúdo da carta e escreveu na legenda: "Frouxo e covarde", escreveu. Ele comentou ainda a informação de que o ex-presidente Michel Temer almoçou com o chefe do Executivo para aconselhá-lo sobre a crise e ressaltou que Bolsonaro constitui a crise em pessoa. "Manchete errada. Michel Temer não foi almoçar para discutir a crise. Ele almoçou com a própria crise".

Mais cedo, Maia comentou o áudio gravado pelo presidente pedindo aos caminhoneiros que liberem as estradas do país. “Ouvi agora o áudio do Bolsonaro falando para os caminheiros. Pelo tom, parece bastante deprimido com o resultado desastroso do seu discurso na terça”, atacou.

Em meio à crise entre o Executivo e o Judiciário, Bolsonaro, em um ato raro, voltou atrás em suas falas antidemocráticas após encontro com Michel Temer. Por meio de uma declaração publicada pelo Planalto nesta quinta-feira (9), o chefe do Executivo disse não teve a intenção de agredir qualquer um dos Poderes, que suas falas decorreram “do calor do momento” e que suas atitudes “sempre visaram o bem comum”.

Carta de recuo de Bolsonaro foi redigida por Michel Temer

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Já passava das 22 horas de quarta-feira, quando, preocupado com o movimento dos caminhoneiros, o presidente Jair Bolsonaro telefonou para Michel Temer, seu interlocutor há alguns meses, pedindo conselhos. Conversaram por quase 20 minutos e Temer aconselhou o presidente a editar um documento para, por escrito, restabelecer a harmonia entre os Poderes. Temer àquela altura já havia conversado com o ministro Alexandre de Moraes, seu amigo, a quem Bolsonaro havia chamado de “canalha” no Sete de Setembro. Temer avisou a Bolsonaro que havia conversado com Moraes e que o ministro do STF não tinha nada “pessoal” contra o governo ou contra o presidente e que suas preocupações eram jurídicas. Aconselhou ainda Bolsonaro a discutir as diferenças na Justiça. Na manhã desta quinta-feira (9), Bolsonaro voltou a telefonar a Temer, dizendo que mandaria um avião da FAB buscá-lo em São Paulo.

Temer desembarcou em Brasília por volta do meio-dia e já chegou com um esboço do documento divulgado há pouco pelo presidente Jair Bolsonaro, que fez apenas “alguns ajustes”. Durante a conversa com Bolsonaro, Temer foi enfático ao dizer que o documento precisava ter “peso” e deixar de lado os ataques pessoais e tudo o que  saiu da linha institucional no discurso de Sete de Setembro. Foi da lavra de Temer a expressão “no calor do momento”, usada na nota presidencial,  e a citação direta a Alexandre de Moraes, necessária para passar a limpo os xingamentos proferidos contra o ministro do STF. “Alexandre não é inimigo dele e é preciso restabelecer a relação dos Poderes”, disse Temer.

Temer ainda conseguiu colocar Bolsonaro e Moraes em contato, no sentido de tentar restabelecer a esperada “civilidade”. A conversa, porém, é mantida a sete chaves. O “bombeiro” Temer, tarimbado em paciência e diálogo na política, conseguiu esfriar o reator da República. Tanto é que, enquanto conversava com jornalistas, o ex-presidente foi avisado de que a bolsa voltou a subir. “Vamos olhar para o futuro. Fiz o meu papel”. 

O ex-presidente Michel Temer (MDB) confirmou à emissora de televisão CNN que redigiu a declaração divulgada por Jair Bolsonaro. “Eu estou ajudando a pacificar o país. Até pelo tom da nota, ela é de harmonia entre os Poderes. Não fiz mais do que venho fazendo em toda a minha vida pública”, afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro recua após ameaças ao STF e diz que agiu no "calor do momento"

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em meio à escalada da crise entre os Poderes, o presidente da República, Jair Bolsonaro, em um ato raro, voltou atrás em suas falas antidemocráticas no 7 de Setembro. Por meio de uma declaração publicada pelo Planalto nesta quinta-feira (9/9), o chefe do Executivo disse não teve a intenção de agredir qualquer um dos Poderes.

“A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar”, disse Bolsonaro. Ele também lembrou que as divergências com o ministro Alexandre de Moraes iniciaram-se no âmbito do inquérito das fake news e, apesar de discordar das decisões, não as desobedecerá e fará as devidas contestações por meio das vias processuais.

Bolsonaro disse entender que as pessoas que têm vida pública não têm o direito de prejudicar a vida dos brasileiros. “Na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de ‘esticar a corda’, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia”.

Ele, então, disse que suas falas no dia 7 decorreram “do calor do momento” e que suas atitudes “sempre visaram o bem comum”. O presidente da República, portanto, colocou-se à disposição para contribuir com os demais Poderes e reestabelecer a harmonia entre eles.

A atitude deixou aliados bolsonaristas radicais desorientados. Em grupos de apoio ao presidente, aqueles que esperavam uma ação mais extrema do presidente Bolsonaro com relação ao ministro Alexandre de Moraes se disseram frustrados.

Em Brasília, os manifestantes que restaram esperam orientações. Os caminhoneiros, já pressionados pela Polícia Militar, dizem que só sairão do local se houver um pedido direto do presidente Jair Bolsonaro. O mesmo vale para outras estradas bloqueadas pelo país.

A nota, no entanto, não combina com o vocabulário do presidente da República, o que levantou dúvidas sobre sua autoria, inclusive gerando dúvidas entre apoiadores. O ex-presidente da República, Michel Temer (MDB), que se reuniu com Bolsonaro hoje, admitiu ter escrito o pronunciamento.
Leia a nota na íntegra:

Declaração à Nação

No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:

1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.

2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.

3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.

4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.

5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.

6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.

7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.

8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.

9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.

10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA

Jair Bolsonaro

Presidente da República federativa do Brasil

8 de set. de 2021

“Ou tem o impeachment de Bolsonaro ou tem o golpe e o povo vai ter que escolher”, defende Alex da Piatã

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Na avaliação do deputado estadual Alex da Piatã (PSD) é chegada a hora de colocar em curso o processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o pessedista, as recentes declarações do chefe do Planalto, durante as manifestações deste feriado de 7 de Setembro, escancaram o seu desejo pela desarmoniza constitucional, o descumprimento da civilidade no Estado Democrático de Direito o que representa a ultrapassagem do limite da sua atuação a frente de presidência.

“Se vendo numa situação em que está acuado, o presidente da República viu que no próximo ano ele não iria conseguir sequer chegar ao segundo turno eleição, hoje ele deu o seu tiro de misericórdia, foi pra o tudo ou nada, fez declarações dizendo que não vai obedecer uma decisão judicial do ministro Alexandre de Morais do Supremo, deu declarações de que só sai morto, de que não vai aceitar prisão, ou seja, deixou claro de que vai para o tudo ou nada”, comentou Alex na noite desta terça-feira (7), na Câmara de Vereadores de C. do Coité, durante participação da Conferência do PCdoB.

“Não vejo outra alternativa: a solução é o impeachment do presidente Bolsonaro. Não tem outra solução: ou tem o impeachment ou tem o golpe e o povo vai ter que escolher depois do dia de hoje. A gente vai ter que fazer esse enfrentamento e essa luta para evitar que o golpe aconteça. Infelizmente. Não imaginava que fosse chegar esse ponto. Ficou claro que ele vendo a sua popularidade diminuir e que não tem condições de resolver os problemas do País resolveu ir para o tudo ou nada”, completou.

O político também destacou o trabalho de unidade, a nível de Bahia, na base do governador Rui Costa (PT) para os enfrentamentos futuros da eleição de 2022. Disse acreditar em um grupo coeso com os partidos da atual conjuntura com o intuito de continuar um projeto que tem, na sua opinião, melhorado a vida do povo baiano.

Itiúba: Projeto pretende revitalizar açude e transformá-lo em atração local

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Moradores de Itiúba, na região sisaleira, iniciaram uma campanha para revitalizar o Açude do Coité. Construído pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), o açude fica a dez quilômetros da sede de Itiúba em uma propriedade pertencente ao estado.

No último domingo (5), membros do Projeto “Plantando Árvores” começaram a mobilização e usaram a hashtag #SomosTodosAçudeCoité. A ação prevê a limpeza da área do açude e a plantação de mudas nativas e frutíferas. O objetivo é que o local se transforme em uma área de lazer como um balneário e possa ser explorado para o turismo rural.

“Essa iniciativa contará com o apoio de toda a sociedade em geral para se tornar realidade e também das autoridades municipais constituídas, a exemplo, do prefeito, vice-prefeita, secretários municipais e vereadores”, diz trecho de nota da iniciativa popular.

Após ameaça de Bolsonaro, Fux diz que ninguém fechará o STF e que desprezar decisão judicial é crime de responsabilidade

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, declarou nesta quarta-feira (08) que qualquer chefe de de Poder que descumprir decisões judiciais estará cometendo um crime de responsabilidade.

Em manifestações convocadas pelo governo para o feriado da Independência, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  chegou a afirmar que não cumprirá mais determinações que partam do ministro Alexandre de Moraes, relator de processos envolvendo o presidente no STF.

“O Supremo Tribunal Federal também não tolerará ameaças à autoridade de suas decisões. Se o desprezo às decisões judiciais ocorre por iniciativa do Chefe de qualquer dos Poderes, essa atitude, além de representar atentado à democracia, configura crime de responsabilidade, a ser analisado pelo Congresso Nacional“, disse Fux em resposta.

“Ofender a honra dos ministros, incitar a população a propagar discursos de ódio contra a instituição do Supremo Tribunal Federal e incentivar o descumprimento de decisões judiciais são práticas antidemocráticas e ilícitas, que não podemos tolerar em respeito ao juramento constitucional que fizemos ao assumir uma cadeira na Corte”, complementou.

O presidente do STF também mencionou que os ministros estiveram “atentos” ao conteúdo das manifestações, que levaram faixas e conclames à prisão ou deposição de membros da Corte.

“Infelizmente, tem sido cada vez mais comum que alguns movimentos invoquem a democracia como pretexto para a promoção de ideias antidemocráticas”, disse. “Povo brasileiro, não caia na tentação das narrativas fáceis e messiânicas, que criam falsos inimigos da nação”.

Ao comentar sobre os atos, Fux citou também o trabalho das forças de segurança, as quais agiram para “a preservação da ordem e da incolumidade do patrimônio público, com integral respeito à dignidade dos manifestantes”.

“Policiais e demais agentes atuaram conscientes de que a democracia é importante não apenas para si, mas também para seus filhos, que crescerão ao pálio da normalidade institucional que seus pais contribuíram para manter”, continuou.

Ao fim do discurso, Fux enfaticamente afirmou que “ninguém fechará esta Corte” e conclamou aos outros poderes que se estabeleça uma união em torno de “problemas reais que assolam o nosso povo”, como a pandemia de coronavírus, o desemprego, a inflação e a crise hídrica.

Camisetas imprimem 'estética opressora' em passeata pró-Bolsonaro

“Esperança por dias melhores é o nosso desejo, mas continuamos firmes na exigência de narrativas verdadeiramente democráticas, à altura do que o povo brasileiro almeja e merece. Não temos tempo a perder”, concluiu. Leia o discurso na íntegra.

Nova escalada de tensão - O posicionamento de Fux reflete uma postura conjunta dos ministros do Supremo, que se reuniram de forma remota na noite de terça-feira (07) – com a exceção de Dias Toffoli – após o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltar a atacar a Corte e seus membros.

“Não se pode permitir que um homem apenas turve a nossa liberdade. Dizer a esse ministro que ele tem tempo ainda para se redimir, tem tempo ainda para arquivar seus inquéritos. Saia, Alexandre de Moraes, deixa de ser canalha, deixa de oprimir o povo brasileiro, deixa de censurar”, disse Bolsonaro a apoiadores na Avenida Paulista, em São Paulo.

Em seu discurso, Bolsonaro também voltou a colocar em dúvida a integridade do sistema eleitoral brasileiro e citou o voto impresso, cujo projeto já foi rejeitado na Câmara dos Deputados.

O pronunciamento soma-se a uma série de respostas e discursos de repúdio a falas de Bolsonaro feitos pelo presidente do STF após o aumento da tensão entre o Executivo e o Judiciário.

No dia 12 de julho, Fux solicitou uma reunião com Bolsonaro no STF e pediu para que o presidente parasse com os ataques aos ministros do tribunal que integravam o TSE. Na reabertura dos trabalhos do Judiciário, no dia 2 de agosto, Fux disse que a independência entre os Poderes da República não implica impunidade.

Três dias depois, no dia 5 de agosto, cancelou uma reunião dos Poderes e disse que o presidente tinha reiterado ofensas e ataques de inverdades a ministros do tribunal.

No mais recente aviso, na última sessão antes do feriado, no dia 1º de setembro, Fux disse que liberdade de expressão não comporta violência e ameaça e que o STF estaria vigilante aos atos realizados em todo o país no dia 7 de setembro.

Presidente da Câmara pede "basta" às ofensivas de Bolsonaro contra o STF

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta quarta-feira (8), que é hora de dar um "basta" na escalada da crise entre o Executivo e o Judiciário. O parlamentar fez um pronunciamento um dia depois das manifestações pró-governo e das novas ameaças do presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Em um recado ao chefe do governo, o deputado afirmou que "bravatas em redes sociais, vídeos e um eterno palanque deixaram de ser um elemento virtual e passaram a impactar o dia a dia do Brasil de verdade".

"O Brasil que vê a gasolina chegar a R$ 7, o dólar valorizado em excesso e a redução de expectativas. Uma crise que, infelizmente, é superdimensionada pelas redes sociais, que apesar de amplificar a democracia estimula incitações e excessos", disse o presidente da Câmara.

Aliado do Planalto, Lira tem sofrido cada vez mais pressões, à medida que Bolsonaro intensifica a ofensiva contra o STF. Como presidente da Câmara, cabe a ele autorizar a tramitação de pedidos de impeachment contra o chefe do Executivo, que, durante as manifestações do 7 de Setembro, voltou ameaçar o Supremo e disse que não aceitará as decisões do ministro Alexandre de Moraes, membro da Corte.

"Diante dos acontecimentos de ontem, quando abrimos as comemorações de 200 anos como nação livre e independente, não vejo como possamos ter ainda mais espaço para radicalismo e excessos", afirmou o deputado. Ele disse também que "a Câmara não parou diante de crises que só fazem o Brasil perder tempo, perder vidas e perder oportunidades de progredir, de ser mais justo e de construir uma nação melhor para todos".

Lira ainda criticou a insistência de Bolsonaro em ameaçar a realização das eleições de 2022 para pressionar pela adoção do voto impresso. O deputado afirmou que a questão está superada desde que o plenário da Câmara rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que previa a impressão do voto registrado na urna eletrônica.

"Os Poderes têm delimitações — o tal quadrado, que deve circunscrever seu raio de atuação. Isso define respeito e harmonia. Não posso admitir questionamentos sobre decisões tomadas e superadas — como a do voto impresso. Uma vez definida, vira-se a página. Assim como também vou seguir defendendo o direito dos parlamentares à livre expressão — e a nossa prerrogativa de puni-los internamente se a Casa com sua soberania e independência entender que cruzaram a linha", disse o presidente da Câmara, reafirmando que a Casa é a ponte do diálogo entre os Poderes.

"E é este papel que queremos desempenhar agora. A Câmara dos Deputados está aberta a conversas e negociações para serenarmos. Para que todos possamos nos voltar ao Brasil real que sofre com o preço do gás, por exemplo", disse o deputado, frisando que, "na discórdia, todos perdem, mas o Brasil e a nossa história têm ainda mais o que perder".

O parlamentar disse também que as eleições do próximo ano estão asseguradas pela Constituição. "Por fim, vale lembrar que temos a nossa Constituição, que jamais será rasgada. O único compromisso inadiável e inquestionável que temos em nosso calendário está marcado para 3 de outubro de 2022, com as urnas eletrônicas. São nas cabines eleitorais, com sigilo e segurança, que o povo expressa sua soberania", disse. "Que até lá tenhamos todos, serenidade e respeito às leis, à ordem e, principalmente, à terra que todos nós amamos".

Bolsonaro: "Nada não está ruim que não possa piorar"

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (8) que “nada não está ruim que não possa piorar”. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada quando o mandatário voltou a colocar a culpa da inflação nos governadores por conta das medidas restritivas adotadas para conter o aumento de casos da covid-19. Segundo o chefe do Executivo, "caso fosse outro a vencer as eleições", teria "ajudado a fechar tudo e seria o fim do Brasil".

"Uma das consequências do fechamento de comércio é a inflação. E o pessoal me culpa agora pela inflação. É impressionante. Falta conhecimento, né? Se fosse o outro presidente ele tinha ajudado a fechar tudo. Seria o fim do Brasil. A Argentina tá meio complicado lá. Lá teve um lockdown decretado pelo presidente (Alberto Fernández). Eu não embarquei nessa, não", alegou.

“A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse, desacreditada, mas disse, esses dias, que temos que aprender a conviver com o vírus. Eu falei isso em março do ano passado, levei pancada até não poder mais. Não tem como fugir. Nego (SIC) achando que ficando dentro de casa o vírus vai embora. Vai embora é o emprego, a renda. Veio a inflação, um montão de coisa ruim junto aí”.

Foi então que o mandatário disse que "nada não está ruim que não possa piorar". “Isso é uma realidade. A Argentina reconduziu ao poder quem tinha colocado a Argentina no buraco”, alegou em referência indireta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá concorrer às eleições presidenciais no próximo ano.

Bolsonaro respondeu rispidamente a uma apoiadora que disse que "assina embaixo" nas decisões do presidente. "Olha só. Não é assina embaixo também, não, tá? Para fazer o futuro, é cada um de vocês. Pensar que eu tenho super poderes para levantar a espada e resolver as coisas: 'Ah, vai lá faz isso, faz aquilo'. Não é assim não que a banda toca. Isso que o Brasil vive é um somatório de décadas de desmandos apoiados por muitos de vocês de forma inconsciente", disparou.

Ele insinuou ainda que medidas como o lockdown foram tomadas a fim de "mexer na economia e derrubar o governo". "No ano passado, pela política do fecha tudo, até pensei, não posso afirmar, que é uma maneira de mexer na economia para tentar derrubar a gente".

Consequências - Ele também reclamou do posicionamento de partidos políticos contrários ao governo. "Dois partidos políticos fazendo nota agora me atacando e falando de preço de combustível , dos alimentos. Mas o que os partidos fizeram a não ser apoiar medidas dos governadores. Tem que ter uma consequência. 'Vai ficar em casa' tem uma consequência”, acrescentou.

"Como eu disse durante a pandemia tem que enfrentar os problemas, não adianta ficar chorando debaixo da cama, lamentando. Tem que tentar resolver". O Brasil já perdeu 584.171 vidas para a doença.

Bolsonaro também comentou a abertura do Jornal Nacional de terça-feira (7) comandado pelo jornalista William Bonner, o qual destacou os ataques e ameaças de golpe do mandatário durante atos ocorridos no 7 de Setembro. "Ontem, o cara mandou um extrato da Globo para mim à noite. O que o Bonner falou é inacreditável, que 'nossos são atos antidemocráticos'". No entanto, o restante da fala foi editada pelo canal bolsonarista que publicou os vídeos.

Por fim, uma apoiadora questionou se o presidente "conseguiu aquela fotografia que queria", em relação ao número de manifestantes nos atos. "A gente vai buscar solução. Não é fácil você mudar uma coisa que está há décadas incrustada no poder. Ontem eu era mais um na multidão. Nada sobe à minha cabeça. Sei da responsabilidade e para onde o Brasil está marchando também, ok?", concluiu.

7 de set. de 2021

Homem é morto com tiro de 12 em via pública no bairro Cidade Nova, em Serrinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem de 36 anos foi morto a tiro no bairro Cidade Nova, em Serrinha, por volta das 6h30 desta terça-feira (7). Segundo informações colhidas pela reportagem do PCS, Thiago Andrade Freitas, conhecido como "Gato Seco", caminhava pela Rua Araci, quando homens em um carro se aproximaram e um dos ocupantes disparou contra a vítima com uma escopeta calibre 12.

A Polícia Militar chegou a realizar rondas em busca dos suspeitos, mas ninguém foi preso. A polícia isolou a área e acionou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para realizar a perícia e remoção do corpo. Até a publicação desta reportagem, não haviam informações sobre autoria e motivação do crime. O caso será investigado pela Polícia Civil. *Com a colaboração do repórter Reny Maia

Bolsonaro faz ameaça a ministros do STF em ato com milhares em Brasília

Redação Portal Cleriston Silva PCS

O presidente Jair Bolsonaro atacou, sem citar nomes, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux e Alexandre de Moraes, durante discurso que fez nesta terça-feira (7) em Brasília, para um grupo de apoiadores. "Não podemos continuar aceitando", disse, afirmando que não vai acatar decisões "fora das quatro linhas da Constituição".

"Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos Três Poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos", disse Bolsonaro. O recado é para Fux, presidente do STF, e Alexandre de Moraes, que tem tomado decisões contra bolsonaristas envolvidos em atos antidemocráticos.

As milhares de pessoas na plateia responderam à fala com gritos de "eu autorizo", apoiando uma possível tomada de poder de Bolsonaro. "Nós todos aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede para sair", acrescentou Bolsonaro.

Bolsonaro falou após uma solenidade de hasteamento da bandeira por conta do Sete de Setembro. Ele estava em um carro de som ao lado dos ministros da Defesa, Walter Braga Netto, e da Cidadania, Onyx Lorenzonni. À tarde, Bolsonaro vai participar do ato, que vem convocando há algum tempo, na Avenida Paulista, em São Paulo. Ele prometeu que fará um discurso mais "enérgico" na cidade.

6 de set. de 2021

Queimadas suspende aulas presenciais após morte de criança por Covid

Redação Portal Cleriston Silva PCS

As aulas das escolas públicas de Queimadas, na região do Sisal, foram suspensas nesta segunda-feira (6) e não têm prazo para a volta. A decisão foi tomada depois que uma garota de 6 anos morreu de covid-19 na cidade. Foi a primeira morte de criança pela pandemia no município, que registra 33 mortes por Covid. A menina Ana Vitória Oliveira Mercês morava no distrito de Espanta Gado com a família. A morte, que aconteceu na última sexta-feira (6), repercutiu bastante e emocionou a cidade.

Com o óbito, as autoridades municipais voltaram atrás na flexibilização de alguns decretos. As aulas presenciais foram suspensas e eventos e festas estão proibidos. No distrito onde a menina morava, também devem ficar fechados bares, restaurantes e estabelecimentos similares. A realização de uma feira da comunidade, sempre às segundas, fica suspensa também. Atividades esportivas coletivas também foram proibidas. A cidade tem cerca de 26 mil habitantes e 15.800 já se vacinaram contra Covid-19, segundo a prefeitura. A vacinação continua.