3 de abr. de 2017

Morte de macaco por febre amarela é confirmada em Biritinga

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Mais duas mortes de macacos causadas por febre amarela foram confirmadas na manhã desta segunda-feira (3), na Bahia. Com os dois novos casos registrados, o número de mortes de macacos por febre amarela no estado sobe para 25. Os novos casos foram registrados nas cidades de Feira de Santana e Biritinga. As informações foram divulgadas pelo coordenador-geral do Núcleo Regional de Saúde de Feira de Santana e região, Edy Gomes.

É o segundo caso de morte de macaco por febre amarela em Feira de Santana. A morte confirmada nesta segunda ocorreu no bairro Papagaio. A primeira, confirmada no dia 30 de março, foi no bairro Sim.

Gomes disse que a informação dos novos registros em Feira e Biritinga já foi repassada à Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab), mas o órgão destacou que um novo boletim atualizado com número de casos confirmados só será divulgado no final da semana.

Os municípios que registraram mortes de animais causadas pela doença são Alagoinhas, Biritinga, Camaçari, Catu, Cordeiros, Feira de Santana, Ituberá, Nova Viçosa, Ouriçangas, Pedrão, Salvador, Santa Rita de Cássia, São Felipe e São Miguel das Matas.

Balanço - O último boletim oficial divulgado pela Sesab reúne dados colhidos somente até o dia 28 de março. O documento aponta que, até então, tinham sido notificados 104 casos suspeitos da doença em macacos, em 42 municípios do estado. Foram encaminhadas 51 amostras dos animais em condições de análise para o Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen) e, dos casos analisados.

Também conforme o último boletim da Sesab, a Bahia não possui nenhum caso confirmado de febre amarela em humanos, com infecção dentro do território do estado. Até o dia 28 de março, haviam sido notificados 16 casos suspeitos em humanos de 8 municípios. São eles: Coribe (4), Feira de Santana (1), Ilhéus (1); Itamaraju (2), Itiúba (1), Mucuri (1), Nova Viçosa (1), Teixeira de Freitas (3) e 2 casos com pessoas residentes no estado de Alagoas (que passaram por vários locais na Bahia).

Destes, sete casos foram descartados laboratorialmente (Coribe - 4; Mucuri – 1; Teixeira de Freitas – 2) e nove casos permanecem em investigação, aguardando resultados laboratoriais.

Sem condutor, moto e capacete ensanguentados são encontrados em São Domingos

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um acidente misterioso ocorreu nesta segunda-feira (3), às margens da BA 416, na altura do km 04, trecho que liga a BR-324 ao município de São Domingos, a 71 km de Serrinha. Uma motocicleta, com placa de Feira de Santana, foi encontrada caída dentro de uma vala.

De acordo com o site Calila Notícias, ao lado do veículo havia muito sangue e um capacete. Entretanto, não foram encontradas vítimas no local e até o momento, não tiveram novas entradas nos hospitais de cidades próximas como Nova Fátima e Gavião.

Informações extraoficiais apontam que a moto pertence a um morador da comunidade de Varginha, Gavião. Mas não se sabe se era ele quem conduzia o veículo.

Santaluz: Para matar a si e o próprio filho, homem ateia fogo em casa

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Um homem de 39 anos, com identidade ainda não divulgada, teria tentado se matar e assassinar o próprio filho ao atear fogo em casa. O caso aconteceu na noite do domingo (2), em Santaluz, na região sisaleira.

De acordo com o site Notícias de Santaluz, o homem se trancou na residência e ateou fogo na cama enquanto o filho de 15 anos estava dormindo. De acordo com o site Notícias de Santa Luz, informações extraoficiais apontam que o homem teria tentado impedir o jovem de sair da casa, afirmando que os dois iriam morrer.

Em seguida, vizinhos entraram na residência e controlaram as chamas. O adolescente não ficou ferido, mas o homem teve queimaduras de terceiro grau no braço, perna e no tórax. Ele teria sido socorrido por um hospital local e encaminhado para um hospital em Salvador.

Baianos são vítimas do conhecido golpe do falso sequestro

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Apesar das estratégias de fisgar as vítimas por meio de vírus maliciosos e fraudes utilizando aplicativos de mensagem, existem também os falsos sequestros. Apesar de antiga, a prática delituosa ainda é comum. Foi o que aconteceu com a lavradora Gisélia Santos, de 46 anos, moradora do município de São Felipe. Ela recebeu a ligação de bandidos informando que haviam sequestrado a filha dela, que estuda em Salvador.

“Era uma ligação de um número desconhecido. Ao atender, ouvi uma menina gritando, chorando e pedindo socorro. Ela falava: 'mãe, eles me pegaram aqui, estão apontando uma arma para minha cabeça'”, conta. Assustada, ela falou o nome da filha, o que deu mais munição para a ação dos criminosos, que pediram o pagamento de R$ 3 mil para o resgate. Ela chegou a informar que não tinha toda a quantia, mas a pessoa do outro lado da linha passou o número da conta e pediu que ela fizesse o depósito do dinheiro que tinha disponível.

“Como que eu moro na zona rural de São Felipe, a sete quilômetros de distância do centro da cidade, não encontrava ninguém para me levar à cidade. Nesse meio tempo, meu marido chegou e me viu desesperada. Ele começou a ligar para as pessoas da família, e ficou logo todo mundo desesperado”, conta Gisélia, que continua: “Meu irmão chegou a me alertar que isso poderia ser golpe, mas como eu não conseguia falar ou localizar minha filha, não estava disposta a pagar o preço”, lembra a lavradora. Só depois de muito tempo a família conseguiu falar com a filha dela e confirmar que estava tudo bem e que a história era um golpe.

Após o episódio, o mesmo número voltou a fazer ligações para a lavradora, mas ela passou a recusar as chamadas. “Recentemente, recebi uma ligação com as mesmas características: número desconhecido, uma menina gritando e pedindo socorro... mas nem esperei. Desliguei o telefone e liguei para a minha filha”, lembra.

Consumado - Quem não teve a mesma sorte de descobrir o crime antes de tomar o prejuízo foi a aposentada Maria da Conceição, de 71 anos. Há seis anos ela também recebeu uma ligação de um suposto sequestro. A vítima em questão seria a irmã dela. “Uma mulher me ligou se passando por minha irmã e dizendo que havia sido sequestrada. Um homem tomou o telefone e pediu para que eu colocasse crédito em dois celulares”, lembra.

Como não conseguiu falar com a irmã e os familiares, a aposentada acabou colocando R$ 500 em cada linha telefônica dos bandidos. Só depois de conseguir contato com os familiares e saber que a irmã estava visitando o ex-marido em um hospital ela percebeu que havia caído no golpe. “Eles deram 15 minutos para colocar o crédito e faziam ameaças a todo o momento. A voz da mulher parecia muito com a da minha irmã”, conta. Conceição lembra que na época o prejuízo foi grande, já que o dinheiro perdido seria utilizado para custear os tratamentos de radioterapia do marido. Ela conta que após o golpe não procurou a polícia pois teve medo de represália dos criminosos. De acordo com especialistas, em momentos como esse, o importante é tentar manter a calma, confirmar se o caso de sequestro é verdadeiro e entrar em contato com a polícia.

Na maioria dos casos, a estratégia dos criminosos é agredir psicologicamente a pessoa com frases fortes e proferir ameaças ao suposto refém, além de manter a vítima ao telefone, impedindo-a de desligar. “No momento de pressão eu não pensei duas vezes em fazer o que eles queriam”, lembra Maria da Conceição.

Gika Lopes e vereadores do PT solicitam universalização do acesso água na zona rural de Serrinha

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Por articulação do deputado estadual Gika Lopes, vereadores da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) de Serrinha, debateram a universalização do acesso à água em comunidades rurais em audiências na Cerb e Embasa.

Estamos localizados em uma região que sofre todos os anos com o período de estiagem, o nosso mandato está muito preocupado com a situação de falta e acesso á água, nesse sentido, o deputado Gika tem ido constantemente a Cerb e a Embasa buscar soluções que minimizem os efeitos da seca em Serrinha e região.

Os vereadores Jorge Gonçalves, Renildo Miranda (Nininho) e a vereadora Rose de João Grilo solicitaram extensões de rede água para universalizar o acesso à água em Serrinha, a última gestão municipal, que tinha a frente o ex-prefeito Osni Cardoso (PT), em parceria com o governo do Estado, garantiu para 22 mil famílias o acesso á água potável, restando apenas 5 mil pessoas para universalizar o município.

“O nosso Estado é muito grande e não temos recursos para contemplar todos os projetos, entretanto, estamos buscando soluções imediatas para enfrentar a crise hídrica, o município de Serrinha, por exemplo, precisa de ações de ligação em parceria com a Embasa” afirmou o diretor de Saneamento da Cerb, Eduardo Matos.

Cerb - A Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) apresentou aos vereadores que das 8 comunidades solicitadas, quatro (Caracol, Palmeira, Tabuleiro da Vertente, Cana Verde) estão com o projeto de viabilidade prontos e já foram encaminhados para a Embasa.

Embasa - O presidente da Embasa, Rogério Cedraz, resaltou que “Serrinha é um dos municípios que mais avançou no acesso água potável na zona rural, vamos avaliar essas quatro comunidades que já possuem o projeto de viabilidade técnica, entrar em contato com a Cerb, e priorizar esses estudos”.

Outras pautas - O município de Nordestina vem passando por um sério problema de abastecimento, que se agrava nesse período de estiagem, o nosso mandato cobrou da Embasa uma medida emergencial para solucionar o problema que afeta a população, em resposta, a Embasa afirmou que vai disponibilizar mais água para o sistema integrado que faz a distribuição na região, resolvendo em até 60 dias o problema de Nordestina, Cansanção e Monte Santo.

Serrinha pode virar uma unidade regional da Embasa - O deputado Gika sempre defendeu a regionalização de unidades que venha a melhorar o atendimento e os serviços prestados a população, durante a reunião, o mandato e os vereadores do PT questionaram se existe um projeto de Serrinha se tornar uma unidade regional da Embasa, em resposta o presidente da Embasa afirmou, “esse é um projeto que está sendo debatido e elaborado, devido a uma reorganização geográfica, Serrinha pode sair de Alagoinhas e se torna uma unidade regional, é uma grande possibilidade” concluiu Rogério Cedraz.

Polícia diz que discussão motivou o assassinato de subtenente pelo namorado

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Após ser autuado por homicídio qualificado, o acusado da morte da subtenente da Polícia Militar Wagna Andrade Soares, 47 anos, foi encaminhado hoje para o Presídio Regional de Feira de Santana. Igor Tosta Lopes foi preso por uma equipe da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos ainda na noite de sexta, depois de ter sido encontrado em um quarto do Hotel Aracaju, localizado próximo à rodoviária da cidade.

À polícia, Igor confessou o crime e disse que uma briga por conta de "um prato sujo" teria motivado o assassinato da subtenente - o corpo dela foi enterrado neste sábado (01), em Feira. Ainda de acordo com a polícia, Igor teria roubado alguns pertences de Wagna como notebook, álbuns de fotografia e perfumes.

“Ela mantinha um relacionamento com ele há 4 anos. Eles não moravam juntos, mas Igor estava com ela em casa quando, por volta das 21h, começaram a discutir. Foi quando ele pegou uma barra de ferro que estava na área de serviço e matou a subtentente”, contou o coordenador do Serviço de Investigação, Joelton Vieira. “Por volta de meia-noite ele colocou o corpo no carro e jogou no despenhadeiro”, acrescentou.

O corpo foi encontrado dentro de dois sacos de lixo e enrolados em um edredom em meio ao matagal em Conceição de Feira, na Serra do Tapuma, na noite de sexta-feira (31). A polícia encontrou o carro, modelo HB20, de cor prata, no estacionamento de um supermercado.

Segundo Joelton Vieira, o suspeito tentou vender o carro antes. “Igor negou envolvimento, mas após acharmos a chave do HB20 na bolsa, ele indicou a localização do corpo”, disse o coordenador. Em nota, a PM informou que Wagna era lotada no Colégio da Polícia Militar (CPM) de Feira de Santana. De acordo com o delegado da Furtos e Roubos, André Ribeiro, o suspeito alegou problemas mentais. “Ele foi autuado por homicídio qualificado e encaminhado ao Presídio Regional de Feira”.

Igor Tosta Lopes mantinha um relacionamento há 4 anos com a vítima e disse que briga motivou o crime

Alex da Piatã critica cobertura do sinal da Claro na Bahia BA

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Em pronunciamento, nesta semana, na Assembleia Legislativa da Bahia, o deputado Alex da Piatã (PSD) chamou atenção e criticou o serviço prestado pela empresa de telefonia móvel Claro, responsável pela expansão do sinal na Bahia.

De acordo com Alex, a Claro não realiza o serviço que lhe fora contratado junto à secretaria de Infraestrutura e a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL).

“Hoje você ter um sinal de telefone celular é essencial. Tem cidades da Bahia, principalmente distritos, nos quatro cantos, no qual o sinal inexiste. A Claro é a responsável pela expansão, até licitação venceu e o que vemos hoje é abandono do serviço. Se não tem interesse, abra mão para outra operadora”, disse. “Isso que a Claro faz é um praticamente um desrespeito com os baianos”, reforçou.

O pessedista informou que a operadora deveria ter feito a expansão para mais de 4.500 localidades no plano da abrangência do sinal, conforme edital de licitação.

Alex conclamou os colegas a chamarem, mais uma vez, a empresa para prestar esclarecimentos na AL-BA. “Não parece que o trabalho tem sido feito de forma satisfatória”, alega o parlamentar estadual.

Coité: Idoso de 77 anos é encontrado morto em casa com sinais de agressão

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Polícia Civil investiga a morte de um idoso de 77 anos em Conceição do Coité. O corpo dele foi encontrado na casa onde ele morava, na Fazenda Vitória, na região do distrito de Salgadália, na manhã deste domingo (2), após a Polícia Militar receber uma ligação de que o homem estava caído e ferido dentro da residência.

Policiais da 4ª Companhia foram até o local e encontram o idoso morto. Segundo a Polícia Militar, David Balbino de Oliveira apresentava ferimentos na cabeça, possivelmente provocados por uma barra de ferro ou facão.

Ainda segundo a polícia, o caso foi registrado como latrocínio, roubo seguido de morte, já que o quarto onde a vítima dormia estava todo revirado. Para a polícia, isso é sinal de que algo foi roubado. O idoso morava sozinho.

Idoso foi encontrado morto em casa, na Fazenda Vitória, região do distrito de Salgadália

2 de abr. de 2017

Seca transforma polo mundial de sisal em 'cemitério verde'

Redação Portal Cleriston Silva PCS

De eixo fino, tons rosados e aparência frágil, a "cebola-brava" crava uma raiz de esperança no solo seco do semiárido da Bahia. Resistente como o nordestino, a flor solitária que nasce de forma espaçada entre as roças do município de Valente, a cerca de 65 quilômetros de Serrinha, reacende a fé dos produtores rurais. “É sinal de que a chuva, enfim, pode chegar”, revela a técnica agrícola Tamires Lopes, da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb).






O anseio é iminente para uma população que tem a economia predominantemente baseada na produção do sisal, uma planta altamente tolerante ao clima seco, mas que não tem suportado o longo período de estiagem. “Eu mesmo não colho nada já tem dois anos. Está tudo morrendo e não tenho o que fazer”, admite o produtor José Maria Cunha Oliveira, que aos 52 anos de idade tem um “cemitério sisaleiro” no terreno que já abrigou 50 tarefas de plantação.

O cenário na região, segundo o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Bahia (Inema), é o pior já registrado desde a década de 1960, quando os dados sobre a seca no estado passaram a ser coletados de modo substancial. O órgão acrescenta que alguns centros meteorológicos já consideram a atual conjuntura a mais crítica dos últimos 100 anos.

Na roça de Zé Maria, como é conhecido o produtor valentense, os dados do Inema se concretizam em um solo seco antes nunca visto. “Eu comprei isso aqui há 15 anos. Plantei o sisal e deu muito certo. Até cinco atrás, ainda dava um jeitinho. A coisa começou a piorar e há uns três ficou assim. Está tudo morrendo”.

Zé Maria é dono da Fazenda Pau de Colher, na comunidade de Várzea dos Porcos. Ele percorre com nostalgia o terreno que há décadas também sustenta a esposa e dois filhos. De olhos fechados, sabe chegar ao local onde foram plantadas as primeiras sementes de sisal. Na mesma caminhada, vê os pés secos dentro de áreas que costumam se transformar em tanques a céu aberto em períodos de chuva.






“Aqui [aponta para o chão] fica tudo coberto de água. Há muito tempo que não se vê nada. Essa água que fica aqui que a gente usa para dar aos animais, para tomar banho, essas coisas. Agora, a gente tem que caçar onde tem água, onde tem tanque. A gente compra carro d'água, caminhão-pipa e aí bota na cisterna”.

Por conta da seca severa, o produtor não encontra opções de plantação. “Quando chove, você planta o milho, colhe o milho. Mas quando entra a seca, acaba tudo. Não tem chuva para você plantar outra coisa". A criação de ovinos garante uma renda alternativa, mas até o rebanho tem sido afetado pela falta de água.






“Os animais dependem muito da lavoura sisaleira. No processo de produção da fibra, do desfibramento que a gente chama, se obtém a mucilagem, que é o resíduo popularmente conhecido aqui na região. Se aproveita a mucilagem para alimentar o rebanho”, explica o técnico agrícola da Apaeb, Cris Emanuel Bezerra. O produtor Zé Maria atesta que a falta de alimento já provocou a morte de ovelhas. “Já perdi muitas.”

Desemprego no campo - A morte de boa parte da plantação de sisal obrigou Zé Maria a parar a máquina responsável por desfibrar a planta, o que resultou na demissão de cinco pessoas que atuavam no serviço. Perto dali, na comunidade de Queimada do Curral, quem precisou tomar uma atitude semelhante foi o produtor Edílson Lima Gordino, de 54 anos.

“Nunca passou na minha roça uma estiagem como essa. Essa foi a primeira vez que parei a máquina. Isso afeta não só a mim, produtor. Você desemprega quatro ou cinco funcionários que trabalham na roça”, relata.






Casado e pai de quatro filhos, Edílson tem uma vida inteira dedicada aos trabalhos do campo. Desde a década de 1980, mantém com a família um terreno que comporta 63 tarefas de sisal, na Fazenda Sítio Velho. "O melhor momento [de colheita], eu acredito que foi de 1990 até 2000. A gente colhia 1,5 mil kg por tarefa. Daria em torno de 90 toneladas anual. Hoje, talvez, não feche 50 toneladas no ano. Agora é tocar o barco, trabalhar de novo, só que as perdas são irrecuperáveis. Morreu, perdeu".

Com o prolongamento da estiagem, as perdas na colheita de seu Edílson chegam a 40% da produção. Como opção de renda, assim como Zé Maria, ele também investe na criação de animais para dar conta das despejas em casa e do trabalho do campo. “A perda na produção é imensa. A gente complementa na criação dos ovinos. É a única fonte que a gente pode fazer o complemento. Quem tem uma poupança sobrevive com ela também”.

Impactos na indústria - A crise que afeta os produtores no campo atingiu em cheio a produção industrial. Na fábrica da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), que também fica no município de Valente, a baixa oferta de matéria-prima afetou a produção de itens que têm comercialização nacional e internacional, como tapetes, carpetes, capachos, fios, cordas, fibras e diversos outros itens domésticos.






O cenário fica mais claro quando os números da fábrica são apresentados. A produção a partir da matéria-prima, que já chegou a 100 toneladas por semana, agora não ultrapassa a margem de 15 toneladas. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a meta de R$ 3 milhões mensal em vendas foi atingida, mas a previsão final para o mês de março já é de um recuo de 30%.

Impactos na indústria - A crise que afeta os produtores no campo atingiu em cheio a produção industrial. Na fábrica da Associação de Desenvolvimento Sustentável e Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), que também fica no município de Valente, a baixa oferta de matéria-prima afetou a produção de itens que têm comercialização nacional e internacional, como tapetes, carpetes, capachos, fios, cordas, fibras e diversos outros itens domésticos.

O cenário fica mais claro quando os números da fábrica são apresentados. A produção a partir da matéria-prima, que já chegou a 100 toneladas por semana, agora não ultrapassa a margem de 15 toneladas. Nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, a meta de R$ 3 milhões mensal em vendas foi atingida, mas a previsão final para o mês de março já é de um recuo de 30%.






Gerente industrial da Apaeb, Juciano Santos Oliveira diz que a fábrica da associação não recebe matéria-prima desde outubro do ano passado e que tem se mantido com o estoque. Para lidar com a redução da produção, admite que já foram demitidos 30 colaboradores e concedidas férias coletivas para uma parcela da equipe. "Se não chover para regularizar isso aí, a situação vai ficar complicada. Mais 20 dias sem chuvas, vai paralisar”.

Além do sisal de Valente, a Apaeb compra a planta de outros municípios que também são destaque na produção, a exemplo de Conceição do Coité, Campo Formoso, Jacobina, Iraquara, Santaluz e Monte Santo. Todas as localidades estão inclusas no eixo da seca e integram um panorama de 218 municípios baianos que decretaram situação de emergência por conta da estiagem. Segundo dados da Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec), a situação já afeta mais de quatro milhões de pessoas no estado.

Desafios de mercado - O gerente de marketing e vendas da Apaeb, Uirã Santa Bárbara Oliveira, conta que as vendas na fábrica atendem equitativamente em 50% os mercados nacional e internacional. “Com a seca, a oferta acaba reduzindo e com isso há uma mão do mercado que acaba empurrando o preço para cima. Isso é complicador, principalmente a nível de mercado externo, porque a gente tem outros concorrentes e quando o preço sobe muito a gente perde mercado”, detalha.

Nacionalmente, 60% a 70% das vendas dos produtos da Apaeb estão concentradas em São Paulo, capital que detém as maiores redes de distribuição dos manufaturados produzidos em Valente. O resto do percentual se divide entre os demais estados da região sudeste, como também do sul. No mercado internacional, a comercialização atende os EUA, além de países da Europa, da África e da Ásia – especialmente a China.






A queda na produção tem afetado o acordo por encomendas. “Infelizmente, acaba tendo que perder alguns pedidos que estariam gerando emprego e renda aqui na cidade. A gente só vai poder normalizar quando voltar a chover e voltar a ter a fibra”, admite o gerente de vendas.

Incentivos - Com o agravamento da seca, a presidente da Apaeb, Iracema de Oliveira Nery, acredita que a economia do município de Valente fica comprometida. “Com essas secas constantes que vêm ocorrendo na nossa região, a gente vem perdendo muito a qualidade do sisal. E vem morrendo muito. A gente tem muito medo que esse sisal acabe. Se acabar, o produtor vai viver de qual cultura, já que o sisal é resistente à seca e que a gente vive no semiárido, que é seco?”.

A importância do sisal para a economia de Valente é destacada pela Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Econômico, que afirma que 85% de todos os recursos que circulam no município são oriundos da produção e comercialização da planta. A estimativa do órgão é de que ao menos 237 produtores vivam diretamente da lavoura sisaleira.

A presidente da Apaeb defende que o poder público garanta auxílio aos produtores para que tenham condições de replantar logo que o cenário melhore. “A gente tem uma deficiência muito grande que é a questão do incentivo para o plantio do sisal para o agricultor em si. Hoje ele tem uma quantidade de sisal e ele perde, vamos dizer, 50% ou 60% da sua plantação, e não tem um incentivo para que ele possa replantar esse sisal. É uma planta que também muito útil para a nossa região e que comanda a nossa economia, só que ela leva de três a quatro anos depois de plantada para o primeiro corte. Então, eles precisam ter um incentivo para isso”, afirma.






Seu Zé Maria, da comunidade de Várzea dos Porcos, há oito anos apostou em um financiamento por meio do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), projeto do governo federal que concede crédito a baixos juros a produtores para o trabalho no campo. “Quando fiz, tinha muito sisal. A gente pagava [as parcelas do financiamento] com a renda do sisal. Hoje, a gente tem que se desfazer de outra coisa para poder pagar. Por três anos, paguei da renda do sisal. De três anos para cá, tem que se desfazer do que tem, de um bichinho [animal], para poder pagar”, conta. O valor das parcelas é de R$ 2,5 mil anual.

Também enfrentando perdas, o produtor Edílson Lima, da comunidade de Queimada do Curral, espera um olhar mais atento do poder público aos produtores que convivem com seca. “A gente pede ao governo federal que olhe mais para o nordeste. Para o produtor, está difícil", lamenta.

Auxílio - Por meio de nota, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Sead), do governo federal, disse que possui um plano chamado de “Garantia Safra”, que auxilia agricultores que sofrem perdas em razão de estiagem ou excesso hídrico. O órgão destaca, entretanto, que a lei que garante o benefício (Nº 10.420/2002) não atende diretamente a produtores de sisal e que cobre as seguintes culturas: feijão, milho, arroz, mandioca e algodão.






No município de Valente, a Sead conta que 717 famílias aderiram ao Garantia Safra entre 2015 e 2016 e que 402 aderiram entre 2016 e 31 de março deste ano. “Entre estas famílias agricultoras pode ter produtores de sisal, desde que cumpram as outras regras, como terem renda familiar mensal média igual ou inferior a 1,5 salário mínimo”, detalha em nota. Além da plantação e da renda familiar, também são exigências do programa que a adesão ocorra antes do plantio e que a área total a ser plantada seja entre 0,6 hectares e 5 hectares.

Além do Garantia Safra, que em caso de perdas garante aos inscritos o benefício anual de R$ 850, a Sead diz que os agricultores também podem aderir ao Seguro da Agricultura Familiar, por meio de contrato de financiamento a baixos juros no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) - o mesmo que teve a adesão do produtor Zé Maria.

O interessado deve ter acesso ao mercado de crédito e fazer contrato junto ao banco. Segundo a Sead, o objetivo do seguro é de proteger o agricultor contra eventos climáticos e possibilitar que ele plante com segurança. O órgão acrescenta que 340 mil empreendimentos possuem o contrato no país, mas afirma que não tem dados específicos sobre Valente.

Também por meio de nota, a Secretaria Municipal de Agricultura e Desenvolvimento Econômico de Valente afirmou que os produtores de sisal não têm, até o momento, nenhum tipo de benefício emergencial por conta das perdas provocadas pela seca. Entretanto, relatou que vem discutindo com os governos estadual e federal formas de apoio aos agricultores afetados, como também a criação de um programa que reestruture a cadeia sisaleira. (Matéria publicada originalmente no site G1/Bahia)

Animais também dependem do sisal como alimento no semiárido

Em diversas comunidades, máquinas que desfibram sisal estão paradas

Tanque da comunidade de Queimada do Curral quase seco

Sisal é transformado em produtos como tapetes, carpetes e capachos

Adolescente mata amiga a facadas em Terra Nova

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A Polícia Militar de Terra Nova (a 128 km de Serrinha) procura por uma adolescente de 15 anos que matou a amiga a facadas, na madrugada deste sábado (1), na após um desentendimento. De acordo com informações de populares, a vítima identificada como M. S. de 16 anos recebeu vários golpes de faca, por motivo ainda não esclarecido.

M.S chegou a ser socorrida e encaminhada ao hospital local, mas não resistiu e, posteriormente, veio a óbito. Depois do crime, a adolescente fugiu e não foi mais localizada. O caso será investigado pela Polícia Civil. O corpo da vítima foi levado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Santo Amaro.

Tromba d'água e inundações deixam 94 famílias desabrigadas em Lajedinho

Redação Portal Cleriston Silva PCS

A tromba d'água que inundou ruas na cidade de Lajedinho durante a noite da última sexta-feira (31) deixou 94 famílias desabrigadas. Segundo informações do jornal Correio, o prefeito da cidade, Marcos Mota (PSD), entrou em contato com a Caixa Econômica Federal, que disponibilizou 94 unidades de um conjunto habitacional do Minha Casa Minha Vida que estavam sendo finalizadas.

Os imóveis serão usados para abrigar as pessoas atingidas pelo fenômeno natural. De acordo com a Defesa Civil, choveu cerca de 150 milímetros em duas horas, volume esperado para três meses. o prefeito de Lajedinho estima que o trabalho de limpeza das ruas deve ser concluído já neste domingo (2).

"Foi uma noite de grande tensão, por conta das lembranças do que vivemos em 2013, com a chuva que praticamente destruiu a nossa cidade", relatou Mota. Em dezembro de 2013, chuvas intensas no município provocaram 17 mortes e deixaram 600 pessoas desabrigadas.


1 de abr. de 2017

Subtenente da PM é achada morta em Conceição da Feira; namorado confessou crime

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Vítima foi morta a golpes de barra de ferro
Uma subtenente da Polícia Militar da Bahia foi encontrada morta em um matagal na cidade de Conceição da Feira, a cerca de 100 km de Serrinha, na noite desta sexta-feira (31).

De acordo com a polícia, um homem que afirmou ser namorado da vítima confessou o crime e foi preso em flagrante. O corpo foi encontrado enrolado em um lençol, na Serra do Tapuma, local de difícil acesso. As informações são da 1ª Coordenação de Polícia do Interior (Feira de Santana).

Conforme a polícia, a PM Wagna Andrade Soares, de 47 anos, foi morta a golpes de barra de ferro. De acordo com a polícia, as informações iniciais são de que o suspeito, Igor Tosta Lopes, de idade não divulgada, e a vítima discutiram antes do crime. Ele teria colocado o veículo da policial à venda, o que pode ter motivado a briga, informou a polícia.

Igor confessou ter matado a PM
A subtenente Wagna desapareceu de Feira de Santana, município vizinho ao que o corpo dela foi encontrado, na manhã de sexta-feira. Ao ser informada por amigos da vítima, a polícia iniciou as investigações e encontrou o carro da PM no estacionamento de um supermercado, perto da rodoviária da cidade.

Os policiais apuraram que um homem havia estacionado o veículo da vítima no local e, com informações de características dele, foram em busca do suspeito. O namorado da PM, Igor, foi localizado em um hotel de Feira de Santana e confessou ter matado a subtenente. Ele indicou a localização do corpo.

Em uma casa em São Gonçalo dos Campos, município vizinho, foram encontrados objetos pessoais da vítima. O suspeito está preso na 1ª Coorpin, em Feira de Santana.

Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte da policial e informou que a subtenente trabalhava no Colégio da Polícia Militar de Feira de Santana. Não há informações sobre o sepultamento da vítima.

Subtenente Wagna foi achada morta em um matagal em Conceição da Feira

Carro da PM foi encontrado no estacionamento de um supermercado

Após procissão para pedir chuva, fiéis celebram temporal em Ichu

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Com 216 municípios em situação de emergência por conta da estiagem, a Bahia vive a expectativa de melhorias no cenário com a chegada de chuva nos últimos dias. Imagens mostram moradores comemorando os temporais em alguns municípios do estado.

Um exemplo ocorreu na zona rural do município de Ichu, no nordeste baiano, a 28 km de Serrinha, na quinta-feira (30). Fiéis que participavam de uma procissão pedindo chuva a São José foram surpreendidos com o temporal na volta do evento e comemoraram correndo sobre a poças de água.

Já em Jiquiriça, no centro sul do estado, a chuva encheu a barragem de Santa Inês. Segundo os moradores, há dois anos o reservatório não ficava tão cheio.

Homem é morto após tentar separar briga em Senhor do Bonfim

Redação Portal Cleriston Silva PCS

Casal suspeito é preso
Policiais da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin), com sede em Senhor do Bonfim, prenderam, nesta sexta-feira (31), o casal Antônio Pereira da Silva Neto, o Netinho, de 39 anos, e Adriana Maria da Silva, 34, que no domingo (26) matou a facadas Arlinson da Silva Souza, em uma festa no Parque da Cidade, naquele município.

Marido e mulher estavam com um mandado de prisão preventiva em aberto, solicitado pelo delegado Felipe Neri Neto, que apurou que no dia do crime, Arlinson tentou apartar uma briga em que Netinho se envolvera com outra pessoa, de nome Valdelito, no Parque e acabou agredindo o rapaz, que saiu da confusão sem esboçar qualquer reação.

Quando tudo parecia se acalmar, testemunhas disseram que a mulher de Netinho, Adriana, entregou uma faca para o marido e este imediatamente correu atrás da vítima, partiu para cima dela, desferindo-lhe uma facada no abdômen. Marido e mulher, agora, encontram-se custodiados na carceragem da unidade policial, à disposição da Justiça.

Dupla é presa após roubar picape cheia de roupas em Santo Antônio de Jesus

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Dois homens roubaram uma picape S10 com uma carga de roupas, no centro da cidade de Santo Antônio de Jesus, no recôncavo baiano. Igor Cardoso Leite Santana, de 20 anos, e Alex Silva dos Santos, 26, foram presos, na quinta-feira (30), por equipes da 4ª Coorpin (Coordenaria Regional de Polícia Militar), com sede naquela cidade. Também foi detida uma jovem de 18 anos que estava com as roupas.

As investigações levaram os policiais até Cruz das Almas, na mesma região. Na cidade, Igor foi encontrado e informou que a picape com a carga, tomada de assalto na quarta-feira (29), estava em um desmanche de carros que pertencia ao comparsa Alex, localizado em Muritiba.

Além da picape, os policiais encontraram no desmache diversas motocicletas, peças e placas de outras motos, furtadas e roubadas. Também estava no local o revólver calibre 32 utilizado no roubo do veículo.

Uma parte das roupas, que pertence a um comerciante, também foi encontrada no estabelecimento. A outra parte foi encontrada na zona rural de Muritiba com Beatriz Santos Nascimento, 18, que foi presa também.

Igor e Alex foram autuados em flagrante por roubo. Alex também vai responder por receptação de veículo roubado e posse de arma. Já Beatriz foi autuada pela receptação das roupas. As roupas e o veículo já foram devolvidos ao proprietário. Os três estão na carceragem da 4ª Coorpin, à disposição da Justiça.