3 de mai. de 2012

Vereador Edmundo da Santa visita comunidades afetadas pela seca

Redação Portal Clériston Silva PCS 

O vereador Edmundo Pio Araújo, o Edmundo da Santa (PP), visitou no último dia 29 de abril a comunidade de Cipó, em Serrinha, uma das mais afetadas pela seca. Na localidade os reservatórios estão secando e a única salvação é recorrer a um lago cuja água é esverdeada e imprópria para o consumo humano. 

“Aqui e em vários povoados pertencentes a Serrinha as pessoas têm bebido água que normalmente se dá somente para os bichos. “E olhe lá. Tem gado que não bebe isso, não”, diz Amaro da Paixão, morador da comunidade.

Como parta das ações emergenciais de combate aos efeitos da seca, o vereador disponibilizou um carro pipa para abastecer pequenas comunidades rurais da região de Cipó e outras localidades. “Essa situação me deixa muito triste. E como vereador me sinto na obrigação de lutar por aqueles que estão sofrendo porque sem água é impossível viver”, comentou Edmundo.

Em algumas comunidades já não há mais nem água para o consumo animal

Homem é morto dentro de casa em Pintadas

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Um homem foi assassinado na madrugada desta quarta-feira (2), em Pintadas, a 120 km de Serrinha. Segundo informações da Central de Polícia, Edson Silva de Oliveira, 27 anos, morador da comunidade de Pombas, na região da fazenda Umburanas foi encontrado dentro da casa onde morava com diversas marcas de tiros no rosto, peito e abdômen.

O crime aconteceu por volta de 00h20m. A polícia não informou a autoria do crime ou o que teria motivado a morte de Edson. O caso será investigado pela Delegacia Territorial (DT/Pintadas).

O corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana e sepultado na manhã desta quinta-feira (3).

Este é o segundo homicídio registrado no município em menos de 3 dias. Na noite de segunda feira (30), o agricultor Edinilson dos Santos, 52 anos, que morava na fazenda Campo Alegre, foi morto com um golpe de facão no pescoço. Neste caso o homicida foi identificado, porém está foragido.

Em Santaluz, cooperativa muda a realidade de um grupo de mulheres

Redação Portal Clériston Silva PCS 

A roda de ciranda reúne a luta e as conquistas de mulheres acostumadas com uma história que parecia ter sempre o mesmo ritmo. Unidas, hoje são as Mulheres de Fibra, uma cooperativa de produtoras rurais, que envolve 350 mulheres de 10 municípios.

Elas produzem artesanato e comidinhas gostosas. Se organizam em grupos e uma vez por mês se reúnem na sede em Feira de Santana para discutir os rumos da rede, como elas chamam a cooperativa. Águida Oliveira, de 55 anos, é fundadora, responsável por um dos grupos e explica que homem não entra na rede, apesar de não ter nada contra eles. Mas conquistar toda essa autoridade não foi fácil, convencer os companheiros então...

A rede de mulheres criou mais de 50 produtos, entre artesanato e alimentos, e está conseguindo aumentar a renda de cada uma com matéria-prima que sempre fez parte da rotina delas, mas que nunca resultou em bons salários ou orgulho. Até que elas perceberam que ali por perto havia tudo o que elas precisavam para mudar. A maioria das mulheres vive na região conhecida como o território do sisal.

Santaluz, a 73 quilômetros de Serrinha, é um dos municípios que empregam muitas trabalhadoras do sisal e que fazem parte da rede. O sisal é uma planta de origem mexicana, que se deu muito bem no sertão baiano e rende boa fibra. Ele é usado na fabricação, principalmente, de tapetes.

Depois que a palha é cortada, a planta rebrota naturalmente e as mulheres enfrentam com o facão afiado, uma vida que para muitas não foi uma escolha.

O corte do sisal é um trabalho tradicional na região, mas paga-se pouco por isso. Para conseguir R$ 60 por semana, cada mulher precisa produzir mil quilos de sisal, o que significa que elas precisam encher o lombo do jegue 80 vezes. Na hora de fazer arte com a fibra do sisal, as mulheres deixam o campo. Sentadas, agora bem mais descontraídas, elas reservam um dia da semana para o artesanato e fazem tudo com o fio da planta que colheram e ajudaram a beneficiar.

Glória Maria do Carmo acha que vale a pena dedicar um dia ao artesanato. "Antes não dava nem para fazer uma feira, comprar uma roupa para um filho e agora já ajuda bastante", conta. Além do sisal, as mulheres resolveram aproveitar uma outra riqueza da região: as frutas. Muitas são nativas, como o umbu.

A colheita das frutas é feita também em grupo, nas terras de proprietários que dão permissão para a atividade sem cobrar por isso. A casa onde as polpas são preparadas é alugada. A cooperativa vende os produtos para a merenda de escolas do município e do estado e assim consegue renda extra durante quase o ano todo.

Nas feiras, o que faz sucesso é o beiju, feito com a fécula da mandioca. O trabalho é feito nas casas de farinha e rende R$ 12 por um dia inteiro na raspagem da mandioca. O beiju pode ser doce ou salgado e é vendido até por R$ 2, dependendo do recheio. Para montar as cozinhas, comprar equipamentos e material, a rede conseguiu financiamento através de linhas de crédito de programas sociais e recebe ajuda administrativa de uma ong, o MOC, Movimento de Organização Comunitária, que é muito atuante no fortalecimento da agricultura familiar do semiárido baiano. O objetivo é tornar as mulheres cada vez mais independentes.

Somando o salário do corte do sisal, da raspagem da mandioca, da venda do artesanato e dos alimentos, elas estão tirando de meio a um salário mínimo. Pode parecer pouco, mas muitas vezes é o dobro do que elas ganhavam antes. No fim do dia, as mulheres voltam para as comunidades onde moram e mostram o quanto a renda extra da cooperativa está fazendo a diferença.

Na casa de Maria da Paz e de todas as outras mulheres da rede, de mãos dadas, elas vão mudando o ritmo da ciranda. (G1)

Campanha de vacinação contra a gripe começa neste sábado

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Começa neste sábado (5), a Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza (gripe). Em Serrinha, o Centro de Saúde Luiz Eduardo Magalhães e outros postos entre fixos e volantes, estarão à disposição da população alvo para a vacinação.

Este ano, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), por meio do Programa Estadual de Imunizações, tem como meta imunizar, até o final da campanha no dia 25 deste mês, de forma indiscriminada, 80% ou mais da população alvo, que inclui idosos a partir dos 60 anos, crianças de seis meses a dois anos, pessoal da área de saúde, gestantes e indígenas.

No total devem ser vacinadas 2.219.596 pessoas, distribuídas da seguinte forma: 1.398.035 idosos com 60 anos ou mais, 190.283 trabalhadores da saúde, 332.535 crianças menores de dois anos, 273.510 gestantes e 25.233 indígenas. No ano passado, 250 municípios alcançaram a meta vacinal.

Com a realização de mais essa campanha, a Sesab pretende reduzir a morbimortalidade e as internações causadas pela Influenza (gripe), na população a partir dos 60 anos, crianças de seis meses a menores de dois anos, gestantes, profissionais de saúde e indígenas. Mais de 25 mil pessoas, entre profissionais e voluntários, estarão trabalhando neste sábado. Em 2011, 1.783.427 pessoas foram imunizadas durante a campanha.

Polícia registra um homicídio e um suicídio em menos de 3 horas em Cansanção

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Um homem foi assassinado a tiros na tarde da última terça-feira (1º), por volta das 15h10m, na zona rural do município de Cansanção, a 144 km de Serrinha.

Segundo informações da Polícia Militar (PM), Edmilson de Jesus Reis, 27 anos, estava dentro de um bar quando foi encurralado por três homens que estavam em um carro preto, demais dados ignorados. Ainda segundo a polícia, um homem entrou no estabelecimento e os outros dois comparsas ficaram esperando do lado de fora.

Edmilson foi morto com três tiros à queima roupa na altura do peito. Apesar do grande movimento de pessoas no local do crime a polícia não conseguiu identificar os assassinos.

Suicídio – Mariano Souza Dantas, 64 anos, foi encontrado enforcado dentro da casa onde morava na Rua Harmanio Barbosa, também em Cansanção.

De acordo com a polícia, a vítima cometeu suicídio por enforcamento utilizando uma corda de nylon. O corpo do aposentado foi encontrado por volta das 17h. Segundo parentes, ele morava sozinho, era depressivo e reclamava dos problemas causados pela diabetes e insuficiência renal crônica e dizia que queria morrer. O caso está sendo apurado.

Os corpos de Mariano e Edmilson foram encaminhados para realização de necropsia no Instituto Médico Legal (IML) de Senhor do Bonfim.

2 de mai. de 2012

Ônibus intermunicipal é assaltado na BR-116/Norte

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Os passageiros do ônibus da empresa Regional que partiram da cidade de Paulo Afonso com destino a Feira de Santana foram assaltados na madrugada desta quarta-feira, 2, por cinco homens ainda não identificados.

A abordagem aconteceu quando o motorista do veículo JQS- 5053 reduziu a velocidade para passar por um quebra-mola, na BR-116 próximo ao distrito de Maria Quitéria Encapuzados, os assaltantes roubaram os pertences de mão dos 49 passageiros, entre mochilas, celulares, tablets e jóias.

A Polícia Rodoviária Federal chegou a localizar os bandidos, houve troca de tiros, mas ninguém foi preso. Na fuga, os assaltantes abandonaram alguns objetos roubados. As informações e foto são do Acorda Cidade.

Alguns objetos roubados foram abandonados na fuga dos assaltantes

Donos de cacimba no meio da seca, irmãos oferecem água de graça para a população

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Tudo em volta é só beleza. Bem-te-vis, rolinhas e até um sofrê sorriem cantos de alegria. A vegetação, enfim, é pintada de verde. Estamos no centro da seca, em uma das regiões mais castigadas pela estiagem na Bahia, e o cenário aprazível parece zombar da falta de chuva. O motivo desse oásis de felicidade no meio do deserto é uma cacimba, um milagre em forma de minadouro d’água.

Instalada em um sítio isolado às margens da BA-381, a exatos oito quilômetros de Itiúba, semiárido baiano, a cacimba, e tudo o que está a alguns metros dela, é um impressionante contraste perto de todo o resto. Enquanto quase a totalidade dos rios, açudes e outras fontes está vazia naquela região, a cacimba permanece doando um bem precioso em qualquer tempo, principalmente em períodos como o atual.

Dali, sai água inesgotável para vários povoados, comunidades, fazendas e lugarejos próximos. E o melhor. A qualidade da água é considerada excelente. “É o mesmo que mineral”, repetem os romeiros da sede. Sim, o lugar é quase um ponto de romaria para os moradores que sofrem com a falta d´água. “Isso aqui é a nossa salvação, meu amigo. É água boa mesmo. Água de beber sem precisar nem filtrar”, garante João Barros de Souza, 78 anos, morador do povoado de Vasinha da Zoleira, a três quilômetros da fonte. Por lá, aparecem também gente de Jacuri, Taquara, Piaus, Camandaroba, Andorinha e muitos outros municípios e lugarejos.

Soberanos - Em terra de seca, quem tem uma cacimba é rei. Os irmãos Adão e André Carvalho, donos da propriedade onde fica a cacimba, reinam soberanos em pleno sertão. Mas, o que seria fonte de poder e dinheiro é um minadouro de solidariedade. No momento em que a água tá valendo ouro pelas bandas de Itiúba, os irmãos poderiam acumular uma boa quantia e até poderiam ficar ricos. Isso se cobrassem um valor pela ‘especiaria’.

Mas, Adão e André não cobram um centavo pelos mais de 45 mil litros de água retirados de sua cacimba. “Deus nos presenteou com essa água para ajudar o próximo. Seria um pecado cobrar por ela em um momento como esse”, diz André, 38 anos. Basta chegar a pé ou encostar o carro. Quem quiser pode levar água. Há apenas duas regras. A primeira é que não é permitido caminhões-pipa no local. A segunda é que cada pessoa pode carregar apenas 400 litros de água.

Infinita - Mas, o que faz dessa cacimba uma fonte infinita? Até o rio que passa pela mesma propriedade de Adão e André, um dos afluentes do rio Jacuriri, secou completamente nesse período. “Essa cacimba tem 32 minadouros d´água. Deve ser água subterrânea. Cai devagarinho e sempre”, explica Adão. No final das contas, a cacimba foi um verdadeiro achado para a equipe do CORREIO. O lugar acabou sendo encontrado por acaso.

O fotógrafo Arisson Marinho resolveu descer do carro para registrar a miséria dos pastos sem capim e deu de cara com um grupo de vaqueiros a cavalo, que revelou o tesouro sem qualquer cerimônia. “Ali perto tem um lugar com água boa”, indicaram. “Como assim, água? Tá tudo seco por aí”, espantou-se o fotógrafo. “Mas lá tem água, sim. E não acaba nunca”. Voltamos uns 800 m pela estrada, descemos um barranco e lá estava o oásis, cercado de verde.

No dia em que encontramos a cacimba, porém, algumas pessoas não puderam levar água para casa. É que os irmãos decidiram lavar a fonte naquela manhã, o que não acontecia desde 1999. De tanto ser visitada e remexida, o barro que fica assentado no fundo subiu. Nesse caso, é preciso um mutirão para retirar a lama e dar um tempo para a sujeira descer novamente, enquanto os minadouros renovam a água limpa.

Filas - Por isso, quem ia ao local lamentava ter que sair com seus recipientes vazios. “É uma pena. Essa água tá me servindo muito. Vou ter que procurar outro lugar. Mas igual a esse vai ser difícil”, disse João Santos Oliveira, 57, com o carro cheio de vasos vazios. Muitos acabavam ficando para ajudar no mutirão. Em três horas, toda a lama seria retirada. Aí foi só esperar mais três dias e novas filas voltaram a se formar no belo sítio da família Carvalho. Ali, não falta água, nem vontade de ajudar quem precisa.

Avô deixou lição de solidariedade - Pode ser a seca que for e a cacimba da família Carvalho vai sempre oferecer água gratuita.“Toda seca é assim. A última, entre 1992 e 1996, o povo tirou água durante quatro anos e ela não esvaziou. Nunca cobramos um real”, diz Adão Carvalho. Lição de família transmitida pelo avô, Antônio Carvalho - já falecido - e pelo pai, seu Jorge Carvalho, que hoje é o verdadeiro dono do sítio. “Se meu avô e meu pai nunca cobraram, porque iríamos cobrar agora?”. A dupla tem mais um irmão, mas ele mora em Salvador.

No máximo, pelo fato de a cacimba estar colocada na descida de um barranco, os irmãos pensaram em instalar uma bomba para levar água direto para a pista. Serviria direitinho aos mais idosos ou outras pessoas que, por acaso, não quisessem se dar o trabalho de descer a pirambeira. Pela manutenção da estrutura, os irmãos pensam em cobrar R$ 1 real por pessoa. “Meu pai, inclusive, foi contra a instalação dessa bomba, porque seríamos obrigados a cobrar um valor. Mas as pessoas insistiram tanto que ele acabou se convencendo”.

Seu Batista caminha 5 km até a cacimba - Não parece, mas esse homem aí do lado é um gigante. “Minha altura? Um metro e um pouquinho”, diz ele, não aparentando ter mais de um metro e meio. Paulo Batista de Souza, 65 anos, caminhou 5 quilômetros com um recipiente quase dois terços do seu tamanho. Tudo para dar de beber a esposa, quatro filhos e dez galinhas. “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas”, estava escrito em sua camisa. Seu Batista não precisou dar a vida, mas enfrentou com muita disposição a estrada até a cacimba da família Carvalho. Morador do povoado de Camandaroba, distrito de Ramos Campos, ele deu sorte. Conseguiu encher o recipiente antes de os donos iniciarem a limpeza da fonte. “Logo depois eles começaram a limpeza. Aí resolvi ficar para ajudar. A gente tem que retribuir, né?”, disse seu Batista.

O problema seria carregar 80 litros de água, sozinho, por mais 5 quilômetros de volta. Batista pode ser pequeno, mas não é nem um pouco besta. “Acertei com o carro da feira e ele vai passar aqui para me pegar. Ele passa todo dia esse horário por essa estrada”. Desde que a seca começou a castigar, tem que voltar na cacimba de oito em oito dias. Em Camandaroba, não existe água encanada e as cisternas das casas estão todas vazias. Os açudes secaram e os rios não correm mais. “Essa cacimba é um paraíso, uma dádiva de Deus para o pessoal sofrido da região. A gente tem que agradecer primeiro a ele e depois a seu Jorge, Adão e André”. (Correio da Bahia)

Demonstrativo de Arrecadação do mês de abril dos municípios da região sisaleira

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Veja os valores transferidos pelo Governo Federal aos municípios da região do sisal, inclusive adicionais e acréscimos legais, no período de 01/04/12 a 30/04/12.

Serrinha – R$ 7.864.384,86
Monte Santo – R$ 7.146.469,30
Itiúba – R$ 4.481.205,55
Nordestina – R$ 2.060.024,40
Cansanção – R$ 4.678.767,91
Queimadas – R$ 3.463.758,42
Santaluz – R$ 4.255.955,20
Valente – R$ 2.869.103,25
Retirolândia – R$ 1.596.730,24
Nova Fátima – R$ 1.173.067,73
São Domingos – R$ 1.209.459,40
Conceição do Coité – R$ 6.145.796,45
Ichu – R$ 1.069.104,61
Candeal – R$ 1.231.837,71
Riachão do Jacuípe – R$ 3.224.160,01
Gavião – R$ 990.953,77
Capela do Alto Alegre – R$ 1.698.181,88
Pé de Serra - R$ 1.990.638,94 
Serra Preta - R$ 2.284.071,56
Feira de Santana – R$ 31.131.212,44
Tanquinho – R$ 1.026.719,74
Santa Bárbara – R$ 2.534.154,24
Irará – R$ 3.727.713,50
Água Fria – R$ 2.500.383,36
Lamarão – R$ 1.344.653,71
Biritinga – R$ 2.558.374,39
Sátiro Dias - R$ 2.848.219,33
Barrocas - R$ 2.690.067,76
Teofilândia – R$ 3.570.639,81
Euclides da Cunha – R$ 6.585.932,22
Araci – R$ 7.689.206,01
Tucano – R$ 6.446.440,62
Quijingue – R$ 3.822.411,28
Cipó – R$ 2.353.349,05
Nova Soure – R$ 3.452.564,51

1 de mai. de 2012

Na estiagem, até água suja e cheia de sal vira um tesouro valioso em Retirolândia

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Sozinha, uma lavadeira pousa à beira do açude. Parece indecisa. Arrisca um rápido sobrevoo e retorna à margem. Caminha um pouco mais pela lama dura e dá um novo rasante, mas torna a voltar, sem sequer triscar seu objetivo.

No mesmo instante, a lagoa rejeitada por um dos pássaros que mais gostam de água mata a sede de quatro caminhões-pipa. Bebem até se fartar de um líquido bastante esverdeado e nem um pouco insípido.

O ‘Açude de Maurício’, que aliás já morreu, àquela altura é visto como a salvação. Mas, mesmo os pequenos que fizeram festa ao verem a água entendem que aquilo é algo impróprio para o consumo humano.

Em Gitaí, e em vários outros vilarejos pertencentes a Retirolândia, as pessoas têm bebido água que normalmente se dá somente para os bichos. “E olhe lá. Tem gado que não bebe isso, não”, diz Roque Bispo, líder comunitário da localidade, cercado pela criançada. “Você vê, né? Água não tem aqui, mas menino tá saindo pelo ladrão”, consegue brincar Roque.

Grávida de cinco meses e sem suportar a sede, a dona de casa Balbina Oliveira dos Santos vai, assim mesmo, consumir o produto. Conhece técnica para ‘tratar’ a água. Em um instante, se aproxima do fogão a lenha e cata cinzas com um caneco. Joga dentro do balde. Depois, acrescenta água sanitária. “Pode ser cimento no lugar das cinzas”, ensina.

Micróbios Em uma semana ou dez dias, garante Balbina, a água vai estar quase transparente. “O cimento assenta a sujeira todinha e a Q´Boa mata os micróbios”. A água dos caminhões-pipa é enviada pela própria prefeitura. O prefeito, José Albérico, o Bequinho, é a cara da aflição. “Tem que ser essa água mesmo. Não temos outra alternativa”. Segundo diz, não há o que fazer diante de mais de três anos sem chuva de verdade. “Depois vou gastar dinheiro com saúde. O povo fica doente, né?”.

Pelos caminhos da seca, na mesma região de Retirolândia, dezenas de açudes naturais, rios, córregos e barragens foram chupados pelo sol. O retrato real do problema está na observação dos moradores mais antigos. “Aquele açude ali tem 20 anos que existe e nunca tinha secado. Aquele rio sempre teve água da boa. Agora tá tudo assim, sem uma gota”, é o que mais se ouve pelas estradas.

Na tentativa desesperada de descobrir água, buracos são abertos com enxadas e pás pelas próprias famílias das zonas rurais. Aventuram um minadouro ou uma chuva esparsa que resolva encher os açudes improvisados. Em um desses buracos, encontramos Nelson Lopes da Silva, morador do povoado de Lajinha. Apesar dos seus 38 anos, a pele encruada do rosto, lembrando um rio evaporado, o faz parecer ter mais de 50.

Usa um tonel para levar a água, na verdade a lama, até o recipiente com capacidade para 200 litros. Coloca sobre a carroça puxada por um jegue. Andou uns 4 quilômetros para chegar até ali. “É água para bicho?”, perguntamos ao rapaz. “É pra banho, cozinha e para os ‘bicho’. Mas a gente bebe também. Não tá chegando outra”, responde, enxergando a vida na lama.

Depois de seu Nelson, flagramos outros tantos retirando água dos buracos cheios de barro. Um pessoal sofrido, mas com os pés no chão. Sabem exatamente o que vão encontrar. Tanta experiência em seca transforma o sertanejo em meteorologista. E a previsão é pessimista. “Do jeito que eu tô vendo aí, chuva mesmo, de verdade, só em novembro”, diz Ananias Almeida, 82 anos e muitas estiagens.

A previsão quase bate com a dos órgãos oficiais, como o Inmet, que espera chuva para outubro. Mas, ainda que haja um pessimismo no ar, a esperança é, de longe, mais forte que a ciência. “Não mando em nada. Se Deus quiser, chove amanhã. Acredito muito que ele há de querer”, diz Ananias. Dona Balbina, seu Roque, Nelson do Jegue, o prefeito Bequinho e até a lavadeira esperam por isso.

Água também falta na cidade - A seca não prejudica só os moradores da zona rural. Na cidade de Andorinha, falta água no centro da cidade. Basta seguir o rastro dos caminhões-pipa que a todo momento entram no município. São 35 veículos por dia trazendo água de Senhor do Bonfim e descarregando em um reservatório central, de onde é bombeada para as casas. “Tá amenizando a situação, mas ainda é muito difícil”, diz a gerente de abastecimento da Embasa em Andorinha, Michele Cardoso. O perrengue vivido pela população de 15 mil habitantes tem uma explicação simples.

A barragem que abastece a cidade, construída em 1982, secou completamente. “É a primeira vez que esse açude seca. Não acreditei quando vi essa água toda desaparecendo”, disse um dos homens que trabalhavam no descargue da água. “É Senhor do Bonfim que tá salvando”, disse, sobre a cidade e o padroeiro. (Correio da Bahia)

Seca: Várzea Nova e Miguel Calmon cancelam São João

Redação Portal Clériston Silva PCS 

O prefeito de Várzea Nova, Érico Moreira de Araújo (PMDB), cancelou os festejos juninos do município do norte baiano este ano.

Em entrevista à rádio Jacobina FM nesta segunda-feira (29), o gestor justificou que o cancelamento da 4ª edição do "Arraiá Fibra Forte” foi por conta da seca que castiga a região. Além disso, segundo o alcaide, a administração perdeu R$ 100 mil do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O peemedebista pediu ainda que os varzeanovenses entendam a sua decisão, já que o dinheiro que seria gasto com os festejos será revertido no combate a seca.

Na sexta-feira (27), o município de Miguel Calmon também decidiu, em audiência pública, não realizar o São João. Já Serrolândia também deverá anunciar o cancelamento da festa. A prefeitura pretende reunir a população em audiência pública para decidir se o “Arraiá do Licuri” deverá ser realizado.

Outros municípios do Piemonte da Diamantina e do Território do Sisal, que também são castigados pela escassez de chuva, poderão anunciar ainda esta semana, o cancelamento dos festejos juninos.

Araci: Homem troca tiros com desconhecidos e é baleado

Redação Portal Clériston Silva PCS

Um homem foi baleado na manhã de segunda-feira (30), por volta das 9h, no povoado de Barreiros, em Araci, a 45 quilômetros de Serrinha, segundo a Polícia Militar.

José Rodrigues Dantas, 59 anos, morador da conhecida “rua da cachaça”, foi socorrido por populares no Hospital Municipal de Araci depois de se envolver em uma troca de tiros com dois indivíduos desconhecidos.

Depois do tiroteio os suspeitos fugiram tomando rumo ignorado. O estado de saúde da vítima não foi divulgado pelo hospital.

Homem é preso com arma de fogo em Riachão do Jacuípe

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Na tarde desta terça-feira (1º), em Riachão do Jacuípe, a 57 km de Serrinha, policiais militares pertencentes a 5ª Companhia do 16º Batalhão, prenderam Denis Dedian Santos de Jesus, 28 anos, acusado de porte ilegal de arma de fogo.

Os militares estavam efetuando policiamento em um bairro da cidade, quando receberam uma informação que havia um indivíduo armado na conhecida Barragem do Rio Jacuípe. Foram feitas algumas diligências e o acusado foi encontrado dirigindo um veículo Fiat Strada, placa JOG-3984. O mesmo estava portando uma pistola calibre 7,65 com sete munições intactas.

Denis Santos de Jesus, que é natural da cidade de Conceição do Coité, recebeu voz de prisão e em seguida foi encaminhado à Delegacia Territorial, para os devidos procedimentos.

Homem é morto e tem cabeça decepada com um facão em Pintadas

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Edinilson dos Santos (foto), 52 anos, que morava na fazenda Campo Alegre, no município de Pintadas, a 120 km de Serrinha, foi morto com um golpe de facão no pescoço na noite desta segunda-feira (30).

Segundo a polícia, o crime aconteceu próximo da casa onde a vítima morava e foi praticado por um homem identificado apenas como Edson. Ainda segundo a polícia, o acusado é usuário de drogas e teria atacado a vítima pelas costas decepando-lhe o pescoço. “Não teve briga nem discussão, o elemento chegou e matou meu pai e depois fugiu. Ninguém entendeu nada até agora’’, disse um filho de Edinilson à reportagem da Rádio Subaé.

O corpo do lavrador foi encaminhado ao Departamento de Policia Técnica (DPT) de Feira de Santana no final da manhã desta terça-feira (1) para ser necropsiado.

Polícia apreende mais de 160 kg de maconha em Abaré

Redação Portal Clériston Silva PCS 

Cerca de 162 quilos de maconha foram apreendidas na madrugada desta terça-feira (1º) pela polícia na cidade de Abaré, localizado a 352 km de Serrinha.

Segundo informações do site Voz da Bahia, a Companhia Independente de Policiamento Especializado da Caatinga informou que a droga estava guardada em 10 sacos de nylon, no interior de um veículo Uno.

De acordo com a polícia, o condutor conseguiu fugir correndo em direção à caatinga. Ainda segundo o site, policiais fazem diligência no local, à procura do suspeito. A droga e o carro foram encaminhados à Polícia Civil de Abaré, onde serão periciados.

Água fica 12,89% muito mais cara

Redação Portal Clériston Silva PCS 

A Embasa está autorizada a cobrar o reajuste, de acordo com publicação no Diário Oficial de 31 de março e 1º de abril, sendo 7,58% por conta do aumento das despesas da estatal e 5,3% referente à segunda parcela de revisão tarifária de 2011.

Com o novo reajuste, a tarifa residencial social vai passar de R$ 7,00 para R$ 7,90 ao mês para 10 mil litros de água consumidos; a tarifa residencial intermediária vai aumentar de R$ 13,80 para R$ 15,60 e a residencial normal ou veraneio será R$ 17,65 ao invés dos R$ 15,65 cobrados atualmente. Em 2011, o aumento na conta foi de 13,64%.

“Desse jeito vamos acabar tendo que economizar até na água de beber, porque gastos com roupas e limpezas dentro de casa estão ficando pela hora da morte”, comentou Maria dos Santos Ferreira, 45, que quase que diariamente lava roupas de dois casais de filhos. “Depois não quer que o povo faça gato. Cobrando a água cara desse jeito, o pião tem que fazer gato mesmo, senão o bicho pega”, disse o frentista Jorge de Jesus, 26. 

A Embasa alega que são repassados para os consumidores, os investimentos da empresa em ampliação de abastecimento e esgotamento sanitário. Para encarecer mais ainda a conta, o estado da Bahia é o único da federação que pratica a cobrança do ICMS sobre a tarifa de água. Todos os setores serão reajustados, mas será a população simples da cidade que sentirá mais o aumento.

 “O que eu ganho não tá dando nem para comer e essa gente ainda quer cobrar mais caro pela água. Vai ser difícil pagar a conta em dia”, declarou o pedreiro Antônio Carlos Silva, 36, pai de três filhos.